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O filho secreto do bilionário romance Capítulo 57

Alessia sabia que sozinha não tinha força o suficiente para lidar com Benjamim, mas ela conhecia quem podia não só resolver o problema dela, como acelerar as coisas.

— O Benjamim insiste em manter a minha irmã na empresa dele, mesmo sabendo que ela se empenha muito para destruir nosso relacionamento.

Entorpecida pelas palavras de Alessia, imaginou ter visto cenas assim apenas em filmes, onde a irmã se tornava amante do ex noivo por vingança. Vendo o desespero de Alessia, enquanto as lagrimas escorria pelo seu rosto, Carlota soube que precisava fazer algo.

— Não se preocupe, querida, eu vou resolver isso – reagiu Carlota, seus grandes olhos azuis se estreitando e seu rosto escurecendo – você não deve passar por fortes emoções, precisamos cuidar da segurança desse bebê.

Alessia mal percebia que a única e real preocupação de Carlota era com o herdeiro que ela sonhava por tanto tempo. Um sorriso repuxou os lábios dela, enquanto imaginou Antonela sendo arrastada pelos cabelos para fora da empresa.

— Aliás, devemos marcar uma consulta urgentemente para saber como está a saúde do meu neto – os olhos de Alessia perderam instantaneamente o brilho e o sorriso genuíno desapareceram de seus lábios – mas veremos isso depois do casamento.

Alessia ficou petrificada no lugar como uma estátua de gesso. Ela não havia pensado naquela possibilidade, embora fosse bastante ingenuidade de sua parte levar uma gravidez falsa, tão tranquilamente, até o fim.

Carlota iria querer acompanhar cada passo da gestação, mas como ela faria aquilo se em seu ventre não havia bebê algum?

Ficou com as palavras presas na garganta, sabendo que deveria convencê-la imediatamente de desistir daquela ideia ou ao menos adiá-la, mas Alessia não conseguiu formular uma frase sequer.

— Quero que se apresse com o vestido de noiva e eu cuidarei do resto – seus olhos se arredondaram em raiva e Carlota mal percebeu a reação de Alessia ao ouvir suas palavras – farei você se casar com o Benjamim mais rápido do que imagina.

Os olhos de Alessia voltaram a brilhar, como uma esperança guiando seus passos. Observou Carlota girar os calcanhares e se despedindo dela, sair em direção ao elevador. O que Carlota tinha em mente, Alessia não fazia a menor ideia, mas ela sabia do poder que Carlota exercia sobre benjamim e se ela decidisse não teria como ele fugir.

Ela dirigiu até a empresa onde o filho trabalhava, a qual também lhe pertencia. Há muitos anos, desde a morte do seu marido, Carlota não pisava os pés naquele lugar. Havia confiado todos os negócios a benjamim, mas diante da situação que acontecia, ela começava a rever suas futuras decisões.

Chegou no andar principal, reencontrando Caroline, a secretária de Benjamim, e cumprimentando-a, precisou ouvi-la dizer.

— O Benjamim não está, senhora.

— Eu não vim para falar com o meu filho – ergueu o queixo presunçosamente e, olhando ao redor, buscou por Antonela, na esperança de ao menos reconhecê-la – preciso conversar com a senhorita Antonela. Sabe onde posso encontrá-la?

Caroline a olhou com certa resistência, porque de algum modo conhecia bem o temperamento de Carlota. Temeu até mesmo pela reputação de Antonela. Aquele encontro não seria nada bom.

— A senhorita Antonela, está no RH. – Informou ela.

A informação deixou Carlota curiosa. Será que Benjamim havia demitido-a?

— Ela foi demitida? – seus pensamentos ganharam voz e Caroline até mesmo sorriu da pergunta, deixando Carlota com dúvidas, do que de fato a secretária havia achado graça.

Antonela sentiu os olhos arderem com as lágrimas que insistiam em brotar deles e incapaz de se defender, ela apenas ouviu os insultos.

— Por que você continua aqui? Quer causar problemas? – Carlota gritou, enquanto apontava o dedo para Antonela – você vai pegar suas coisas imediatamente e vai embora daqui.

Mas Carlota, percebendo que os funcionários observavam toda a cena, agarrou pelo braço de Antonela e a compeliu em direção ao elevador. Ela mesmo expulsaria aquela mulher e a jogaria no meio da rua, obrigando-a em seguida a ir embora para sempre daquela cidade.

Nem mesmo um passo foi dado em direção ao seu destino, quando Benjamim parou em frente a elas duas, com o semblante transtornado com tudo o que acontecia.

— Solte a Antonela imediatamente – Benjamim lançou a Carlota um olhar mortal e esperou que ela fizesse o que ele havia ordenado.

Mas Carlota não recuou.

—Essa empresa é minha, Benjamim e eu decido quem trabalha ou não dentro dela.

— Quer tomar as decisões, mãe? – ele levantou a mão e agarrou a de Carlota, obrigando-a soltar Antonela – reúna os sócios e peça a eles a cadeira da presidência. Até isso acontecer, quem manda aqui sou eu.

Ele, delicadamente, segurou na mão de Antonela e a levou para dentro do seu escritório. Os murmurinhos do lado de fora se intensificaram, mas Carlota, ignorando a todos, caminhou até o escritório de Benjamim disposta a tornar aquela discussão em uma verdadeira guerra.

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