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O filho secreto do bilionário romance Capítulo 8

— Você já pensou em buscar emprego na cidade? – Dominique perguntou abruptamente após ouvir o relato de Antonela sobre perder o emprego de garçonete.

Antonela piscou surpresa antes de balançar a cabeça em discordância e responder.

— Não – a verdade é que ela não ousou pensar em trabalhar ali, afinal ela não tinha ideia de como manter Adam longe de Benjamim, permanecendo na cidade.

Percebendo que Antonela não estava pensando direito nisso, a próxima frase ficou presa na garganta de Dominique. De fato, houve várias ocasiões em que ela se questionou qual a necessidade que havia para que Antonela mantivesse a existência de Adam em segredo, tendo um pai Bilionário que poderia oferecer uma vida digna ao filho. Dominique não entendia por que Antonela não explorava essa possibilidade e tirava proveito da situação. Adam merecia saber que tinha um pai e merecia ser o herdeiro de Benjamim Dylon.

— O Adam estará seguro na fazenda – ela resolveu concordar com a loucura de Antonela, para talvez assim fazê-la mudar de ideia – a fazenda é isolada da cidade, ninguém vai descobrir da existência dessa criança enquanto ela estiver aqui.

— Está tentando me convencer a ficar – virando-se, ela olhou na direção de Adam, que estava feliz. O coração dela se apertou, deixando em um abismo duvidoso – eu não sei o que fazer, Dominique, pela primeira vez na vida, estou com medo de tomar a decisão errada.

— Eu, no seu lugar, já teria contado ao Benjamim que ele é pai do Adam – observou Antonela se apressar para obrigá-la a abaixar o tom de voz – O menino tem direito de saber que é filho de um bilionário.

— Está sendo estupida na sua conclusão - respondeu Antonela com um sussurro, quando precisou parar e se acalmar se quisesse encontrar uma solução - não está me ajudando em nada fazendo esse tipo de comentário.

— O que você quer que eu diga? – Por vários motivos, sua voz estava baixa e em pânico enquanto sibilava – se não quer contar a ele a verdade, fique na cidade e arrume um emprego melhor. Sabe que só aqui tem as melhores oportunidades.

Dominique estava completamente certa. Mas, por algum motivo, Antonela se lembrou das palavras de Henrico anos atrás, quando disse que, com a formação que ela tinha, não conseguiria um emprego melhor do que uma simples garçonete. Tentou não deixar que as lembranças do passado influenciassem em suas decisões, mas demorou a decidir o que faria, deixando Dominique completamente inquieta.

— Você não precisa se preocupar com isso – agarrou pelo braço de Antonela e a arrastou para fora da fazenda – pegue o meu carro, vá para a cidade e imprima alguns currículos. Eu te ajudarei a conseguir o melhor emprego.

Quanto mais Antonela pensava sobre isso, mais aterrorizada ela se sentia e ficava mais determinada a fugir daquele lugar. Mas perecia um beco sem saída. Olhou para as chaves estendidas em sua direção e então as segurou, disposta a fazer o que Dominique dizia.

— Carmélia cuidará bem do Adam enquanto nós duas trabalhamos – ela disse com um sorriso ao perceber que Antonela faria o que ela dizia – você poderá usar o dinheiro para pagar uma faculdade e quando estiver formada, poderá ir embora e finalmente ser feliz com o seu segredo.

Antonela revirou os olhos com o comentário dela, enquanto Dominique a empurrava até o carro. Seus lábios cor de rubi se contraíram em um sorriso debochado, quando ela finalmente entrou no Chevette e deu a partida.

— Espero que esse seu plano dê certo – olhou para ela mais uma vez – cuide do Adam por mim.

Dominique apenas concordou, observando Antonela dirigir seu velho carro de volta a cidade. Não fazia nem vinte e quatro horas que sua mãe havia sido enterrada e ela já estava sendo obrigada a seguir em frente sem nem passar o luto.

Estacionou em frente à papelaria, percebendo que a cidade estava movimentada mais do que ela costumava se lembrar. Pediu algumas cópias do documento e, quando saiu com os currículos em mãos, não soube o que fazer. Olhou ao redor como se estivesse perdida e então se concentrou no celular para mandar uma mensagem a Dominique.

— Está perdida, Antonela?

— Achei que não se casar comigo tivesse sido um grande livramento – o coração de Antonela disparou ao ouvir as palavras dele – mas se quiser, podemos conversar sobre isso.

— O que você pretende, relembrando disso? – perguntou sem demonstrar nenhum nervosismo.

— Senhorita Bianchi, aposto que muitas mulheres nessa cidade fariam qualquer coisa para se casar comigo, só fiquei pensando sobre o que disse.

— Você é muito metido mesmo – ela decidiu pegar o cartão que ele incansavelmente ainda mantinha estendido na direção dela – mas precisa saber que eu não sou igual a todas as mulheres dessa cidade.

— Me pareceu bem triste quando a encontrei no bar naquela noite.

— Fui forçada a me casar com você, Benjamim – como esperado, o rosto do homem ficou pálido – eu precisava me embriagar para me esquecer de que o Henrico ficaria furioso quando soubesse daquilo. Sua decisão foi insignificante para mim.

Ela girou os calcanhares para partir, mas antes lançou a ele um último olhar, observando sua reação, a qual não foi das melhores. Benjamim parecia ter levado isso para o lado pessoal, pois estava furioso.

— Por favor, pare de me seguir, eu não quero a sua ajuda – ele ergueu as sobrancelhas enquanto olhava para ela, se afastando – você vai se casar com a minha irmã, Benjamim, imagine como ela se sentirá quando descobrir que você transou comigo.

Ele arqueou uma das sobrancelhas enquanto via ela desaparecendo no meio da multidão. Aquela mulher era muito corajosa para desafiá-lo daquela forma e Benjamim gostou disso.

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