O Lendário Dragão General romance Capítulo 106

A aparição do Rei Alegre não abalou James nem um pouco. Desde que resolveu o problema com Xander, o homem só pensava em voltar para sua amada. Ele estava de bom humor, porque a esposa já o telefonara pedindo seu retorno. Por isso, como numa comédia romântica, guiava a motocicleta enquanto cantarolava uma música alegre. Chegou à casa e bateu à porta, e então a própria Thea foi quem o recebeu.

Vendo o marido, a moça caiu em seus braços e chorou. O próprio James não pôde deixar de se emocionar com o abraço dela, que acompanhava seu doce e inesquecível perfume. Em seguida, ele a envolveu com o braço ao redor de seus ombros e sorriu.

— Tudo bem. Está tudo bem agora, meu bem. Não precisa chorar. Vamos ficar juntos. —

Thea enxugou o rosto e puxou o esposo para até o aposento em que os demais moradores se encontravam. Era perceptível que o clima no lugar estava esquisito. James, sem ligar, cumprimentou a todos.

— Boa noite, pessoal. —

Gladys assentiu, visivelmente envergonhada.

— Não nos culpe, James. Não tivemos escolha. —

— Minha sogra, eu não te culpo. Se eu estivesse presente, as coisas seriam diferentes. —

James simplesmente sorria. Com sinceridade, não culpava ninguém ali. Além disso, em relação a Thea, ainda que a moça desejasse, de fato, a separação, James não se ofenderia. Não importa o que aquela moça fizesse, o homem aceitaria porque se sentiria eternamente em dívida por seu salvamento há dez anos. Assim, como se nada tivesse acontecido, James se sentou, pegou os dois convites que recebeu mais cedo e entregou a Thea.

— Querida, você sabe quem é Yuna Lawson? —

— Como? —

Thea pegou os convites, mas parecia confusa.

— Eu acho que posso dizer que sim. Ou não? Talvez? Lembro que ela estava na universidade na mesma época em que eu estive. Seguia o estereótipo de aluna incrivelmente bela, mas pouco dedicada aos estudos, sabe? Ela era a beldade do campus! Sempre rendia comentários e fofocas, talvez até por ser herdeira de uma família importante da Capital. Mas o que é isso? — referia-se aos convites.

James disse:

— Eu não tenho certeza, na verdade. Dei de cara com essa tal Yuna no caminho, aí ela me deu os convites e disse para irmos a sua festa de aniversário amanhã, no Cansington Hotel. —

Thea desdobrou os pequenos envelopes. Eram convites direcionados aos dois, assinados pela aniversariante, como se fosse algo planejado. A moça ficou realmente confusa.

— Nesse caso, eu não posso dizer que a conheço o suficiente para isso. Por que isso, do nada? —

James abriu as mãos, com as palmas voltadas para cima, dizendo:

— E eu sei? A mulher me entregou os convites pessoalmente, então achei que recusar seria grosseria, caso ela dissesse a verdade sobre ser sua amiga. —

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