O Lendário Dragão General romance Capítulo 117

— É mesmo? — James franziu a testa.

— Não se preocupe! Vou garantir que sua gatinha chegue em casa em segurança. — Yuna sorriu.

James olhou para Thea, mas a moça não sabia por que Yuna era tão amigável. Desconfiava que tivesse algo a ver com o homem da máscara de fantasma. Resolveu aceitar porque queria saber mais sobre a pessoa que salvara do incêndio e que a libertou das garras de Trent. Por isso, disse:

— Jamie, pode ir! Vou mesmo aproveitar um tempo com Yuna. —

Como Thea concordou, James cedeu, assentindo.

— Certo, querida. Tome cuidado. Se precisar, me ligue. —

Yuna agarrou Thea e as duas se afastaram. Quando já estavam distantes, Yuna sorriu para James e erguei a mão esguia para acenar um tchauzinho. James não pensou muito sobre isso. Imaginou que com Yuna por perto, Thea ficaria bem. Não achou que tivesse motivos para desconfiar da moça, que era, na verdade, muito simpática. Assim, o homem deixou a loja e saiu em sua motocicleta elétrica.

No entanto, não foi para casa. Em vez disso, colocou-se a caminho da Clínica Common. Quando chegou, encontrou a porta fechada, mas usou sua cópia da chave para entrar. Pretendia continuar aquele cochilo no quarto dos fundos. Durante a noite, Henry e Black Rose retornaram. James ouviu barulhos e acordou, saindo da sala dos fundos.

— Ah, James, você também está aqui? — Scarlett ficou um pouco surpresa ao ver James.

— Sim. Como vão as coisas? —

Henry sorriu.

— Estávamos resolvendo tudo. Como sei que odeia burocracia, não vou explicar os detalhes. Em resumo: Trade City está em seu nome. Quer dizer, está em nome de Scarlett, mas você entendeu. Já pode começar a procurar investidores. —

— Entendi. —

James se sentou e acendeu um cigarro.

— Ah, sim, algum dos Quatro Grandes apareceu no cemitério de Caden? —

Henry balançou a cabeça.

— Deixei gente de olho, mas nenhum deles apareceu. —

James fechou a cara.

— Chefe... — Henry não tinha certeza se deveria falar.

— Fala. —

— Quem mais estava lá? —

Henry disse:

— James, todo o nosso poder e recursos estão nas Planícies do Sul. Agora que o Rei Alegre é o comandante em chefe, não tenho autoridade para acessar a rede de inteligência de Cansington. Não posso descobrir quem participou da coisa toda. —

— O Rei Alegre, é? — James refletiu sobre isso. Com certeza o homem o impediria. — Mantenha tudo isso longe das mãos daquele rato do governo, entendeu? —

— Nesse caso, só uma pessoa pode nos ajudar. —

— Quem? — James não conseguia imaginar.

— Jake Graham, conhecido como Chefão. O cara negocia informações. Se tem alguém que pode saber, com certeza é Jake. Olhos e ouvidos por toda parte, em todas as regiões. Ladrões, traficantes, putas, mendigos, policiais e a porra toda que der, o cara controla. Dá para dizer que o homem é um barão da informação, com sua própria rede de inteligência clandestina. Tem gente infiltrada na polícia, mas também tem hackers trabalhando por fora. Dá para conseguir informações que mesmo alguns oficiais não podem acessar. —

— Entra em contato com o Chefão, então. Preciso saber quem mais vai entrar para minha lista. —

— Certo, vou cuidar disso. —

James se recostou na cadeira, dando uma tragada no cigarro. Ele não esperava que a história de sua família se complicasse cada vez mais. No entanto, não importava quantos fossem, todos os envolvidos teriam o mesmo fim.