O Lendário Dragão General romance Capítulo 118

Ao descobrir que, além dos Quatro Grandes, forças do submundo também se envolveram no assassinato dos Caden, James se enfureceu. Henry tomaria providências imediatamente. A questão era simples, porque havia sempre um caminho, mesmo que escuso, até as respostas. Assim, logo os arranjos foram feitos.

— James, marquei um encontro com Jake Graham, na Oficina do Povo, nos subúrbios, hoje à noite. —

— Certo. — James assentiu.

— Chefe, Jake vende a informação, e bem caro. Devemos levar algum dinheiro? —

James encarou Henry e perguntou:

— Você trabalha comigo há quanto tempo? —

— Quase oito anos. — Henry respondeu.

— Não. Mais do que oito anos. Você deveria me conhecer. Eu preciso de dinheiro para lidar com chefe de território, Henry? —

— Tem razão. — o subordinado concordou.

James olhou para o relógio. Ainda era cedo, mas chegar aos subúrbios, por si só, demoraria. Tudo indicava que a noite seria longa, por isso ligou para Thea.

— Querida, você já está em casa? Estou ocupado com algo, então posso me atrasar esta noite. Na verdade, talvez só consiga chegar amanhã. —

A postura e o tom de James se alteravam completamente ao falar com a esposa. Scarlett não sabia do contexto, por isso não conseguia acreditar no que seus olhos e ouvidos testemunhavam. Por que o lendário Ares das Planícies do Sul se comportava daquela maneira durante uma chamada telefônica? Um largo sorriso estampava o rosto de James enquanto conversava com Thea, mas a saqueadora achava que o homem nem saberia fazer aquela expressão. Curiosa, Black Rose puxou Henry e fez sinal para que saíssem. Henry entendeu e caminhou até a porta. Do lado de fora, a moça perguntou:

— Henry, com quem James está conversando? Ele parece um cara completamente diferente. —

— Esposa. — Henry suspirou. — Provavelmente a pessoa que ele mais protegeria no mundo. —

— Esposa? Eu ouvi vocês comentarem, mas achei que fosse brincadeira! —

— Sim, mas veja: James não gosta de fofoca, então não pergunte muito. —

Ao encerrar sua ligação com Thea, James saiu da sala e encontrou os companheiros sussurrando. Pigarreando antes, para chamar a atenção deles, indagou:

— Estou atrapalhando? —

A tosse pegou Scarlett desprevenida e ela se assustou. Henry riu da moça e disse:

— Nos seus sonhos! — James deu um tapa na cabeça dele. — Um cabeça-dura como você é um bom lutador, mas correr atrás de uma paixão? Duvido! Você precisa sair mais, antes de tudo. Conhecer moças bonitas e aproveitar o máximo que puder. —

Scarlett, que estava ao lado, sentiu-se incomodada ao ouvir a conversa tipicamente machista e se retirou do recinto. Os homens continuaram a conversar, até que saíram, para ficar no sereno.

À porta da Clínica Common, James e Henry se sentaram em um lance de escadas. Os dois fumavam cigarros enquanto conversavam sobre histórias com mulheres. Depois de algum tempo, o assunto da discussão mudou.

— James, o que aconteceu com os Caden há dez anos não foi tão simples. Não apenas os Quatro Grandes, mas até as forças do submundo estavam envolvidas. Eles tiveram que ir tão longe apenas para lidar com os Caden? —

— Como assim? — James olhou para Henry. — O que você acha? —

Henry pensou um pouco antes de responder:

— Bom, eu investiguei muito sobre o crime. Trent Xavier era na verdade da Capital, não do exército ocidental. Ele só foi migrou para a fronteira ocidental após o assassinato dos Caden. Não há como os Quatro Grandes serem o cérebro por trás do incidente, porque estariam melhor estruturados até hoje. O verdadeiro mentor deve ser alguém extremamente influente e com muitos recursos logísticos. Afinal, quem quer que seja, tinha como financiar um movimento tão arriscado para quatro famílias tão poderosas e para o submundo criminoso de Cansington. —

James perguntou, com olhos semicerrados:

— De quanto poder estamos falando? —