O segurança lhe deu passagem e James entrou, apressado. Os Callahan se reuniam no corredor principal do hospital, com alguns tão preocupados que andavam de um lado para o outro. O general se aproximou e perguntou:
— O que rolou? —
Com uma voz chorosa, Thea tentou explicar:
— Nós também não sabemos. Um monte de gente apareceu do nada e o protesto começou. Disseram que alguém morreu aqui e estão exigindo indenizações. Fizeram um alarde tão grande, que até repórteres vieram para cá. Não tivemos escolha a não ser fechar o hospital, temporariamente, deixando só os internados. —
Lex tagarelava ao telefone, contatando qualquer um que pudesse ajudar a resolver a crise.
— Você fede a álcool, James. Por que está aqui? Em que você poderia ajudar? — Gladys repreendeu o genro ao sentir cheiro de bebida no hálito do recém-chegado.
— Papai, vovô, isso é ruim! Tem mais gente chegando lá fora. Na internet estão dizendo que há algo errado com as medicações. — Tommy entrou em pânico.
Correndo para mostrar o celular ao pai, tropeçou e caiu. Ouvindo isso, todos ficaram em absoluto silêncio.
— Mas que porra está acontecendo? — Howard não entendia. — Este hospital funciona há anos e nunca houve um incidente desse tipo! Senhor Chase, você esteve no comando deste lugar, sabe bem que um único problema assim seria inaceitável! Diga-me, como diabos ocorreriam tantos ao mesmo tempo? —
Howard olhou para o homem, que tinha em torno de sessenta anos. Zeke Chase tinha um longo cabelo grisalho, era um médico distinto e membro da Associação dos Médicos da cidade. Há anos, era um profissional bem remunerado e muito renomado, responsável pela administração dos trâmites da área de saúde do hospital do grupo Eternality.
— Eu também não sei! — O homem se mostrou intrigado.
Nenhum acidente ocorreu desde que ocupava o cargo de comando da instituição. Além disso, todos os médicos passavam por um rigoroso processo de seleção antes da contratação. Os medicamentos manipulados eram administrados por um laboratório interno, que passava por vistorias regulares. Os demais, que o hospital por vezes prescrevia, vinham de outras instituições, mas nunca houve problema com as substâncias. Não fazia sentido que qualquer pessoa viesse a falecer por algo do tipo, porque o erro seria grotesco demais.
— O que devemos fazer, querido? — Thea puxou o braço de James.
James acenou levemente e a consolou:
— Abrir a porta. Fechar o hospital não serve para nada além de declarar que somos mesmo culpados. Abra a porta e vamos conversar com os manifestantes. —
— Conversar? COMO? — Tommy gritou: — James, você está aqui para ferrar com a gente, porra? Você não viu como estamos cercados de trogloditas? Se abrirmos a porta, essa gente toda vai tentar nos matar! —
— Exatamente! A gente precisa mesmo é chamar a polícia! — Concordaram.
— Não adianta chamar a polícia! Um acidente desses vai cair na nossa conta, de qualquer jeito. Vamos dar um jeito de fazer um empréstimo, pagar as indenizações e jogar essa porra nas costas do governo. Arruma um contador competente e dá um jeito nisso! Se der merda, a gente desmantela o hospital e reorganiza com uns laranjas. De qualquer jeito, se a reputação disso aqui for arruinada, não vai dar para manter nada funcionando! —
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Lendário Dragão General
Bom dia, muito top a leitura, quando serão lançados novos capítulos. grato....