— Certo, vou agilizar tudo. —
James desligou o telefone e pegou um táxi para a casa de Yosef, mesmo que já fosse tarde. O velho temia que o marido de Thea procurasse retaliação, então pediu a seu filho, Charlie Zaborowski, que arranjasse alguns amigos para fazer sua proteção e garantir que James apanhasse até ficar irreconhecível, caso aparecesse em sua casa.
— Venham, rapazes. Tomem uma bebida! —
O filho de Yosef, Charlie, recebeu bem os amigos, que eram um bando de brutamontes. Enquanto se enchiam de cerveja e carne assada, o homem mais jovem do grupo, que trajava uma camiseta preta, disse, confiante:
— Fica tranquilo, Charles. Eu vou moer esse James na porrada, sozinho. —
— Vai rolar grana depois, galera, então fiquem de boa. Vão sair daqui e curtir com a mulherada, assim que parecer que a barra tá limpa. Só precisamos esperar porque meu velho está achando que esse cara pode aparecer e arrumar problema. — Charlie sorriu e ficou aliviado por ter seus amigos presentes.
— Traz a outra caixa de cerveja aí, seu Yosef! —
O homem chegou com o engradado, para a alegria dos rapazes. De repente, ouviram pancadas na porta do apartamento. Todos fizeram silêncio na mesma hora.
— Vou dar uma olhada. — Charlie se levantou.
Quando abriu a porta, deu de cara com um homem cuja presença o fez rir. Tentando conter a excitação que sentia, certo de que espancaria o general, o rapaz fingiu alguma simpatia, com um sorriso debochado.
— Hahaha! James, você realmente veio! Eu estive esperando por você. —
— Ah, é mesmo? Você estava esperando por mim? Bom saber. —
James olhou para Charlie, parado na porta. O rapaz deveria ser só um pouco mais novo do que o Dragão Negro. Além da tatuagem de dragão azul que lhe subia enrolando o braço e terminava em seu peito, o único outro detalhe memorável no homem era a camiseta justa que usava, na certa para evidenciar a musculatura.
— Você estava esperando por mim? —
— A rapaziada aqui estava ansiosa para te conhecer, na verdade. — Charlie se virou, de braços abertos, chamando seus amigos.
Os homens, nitidamente mal-intencionados, levantaram-se prontos para a agressão. Ao todo, oito pessoas pretendiam participar do linchamento. Um deles tinha um pé de cabra, enquanto outros dois portavam porretes. Um outro, menos parrudo que os demais, sacou um canivete. Todos encaravam James e faziam cara de deboche. Yosef, cheio de confiança, também se aproximou da porta e provocou:
— Pois é, seu fodido! Você nunca imaginaria que eu estaria esperando, não é? Vi do que um louco como você é capaz, mas quero ver se é macho agora com os rapazes doidos para te quebrar na porrada! Inclusive, um dos meus convidados aqui é Nick, que conhece gente barra-pesada, já que está envolvido com esquemas do submundo criminoso da cidade. Você se meteu num problemão, James. —
— Então você se preparou mesmo, não foi? —
James sorriu, jocoso. Sua reação despreocupada irritou Charlie, que imaginava que veria um homem se ajoelhando e implorando por misericórdia.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Lendário Dragão General
Bom dia, muito top a leitura, quando serão lançados novos capítulos. grato....