O Lendário Dragão General romance Capítulo 74

Tudo se emaranhava na cabeça de James. O mausoléu do Príncipe da Montanha das Orquídeas, um baú ornamentado, uma chave para um segredo, o Moonlit Flowers on Cliffside's Edge, Black Rose e a herança da família Caden. Seu cérebro fervilhava. James olhava para a mulher, mas estava perdido em seus pensamentos. Era uma coincidência ou tudo fazia parte de um plano maior?

— General, por favor, ajude-me! — Black Rose pediu, novamente, suplicante.

James desconfiou.

— Você acabou de me dizer que alguém assassinou todos os seus companheiros. Agora, você está pedindo minha proteção? Conseguiu escapar do mausoléu, mas seguiu o culpado até Cansington. Onde estava esse medo? —

Black Rose se explicou:

— Jamais arriscaria ir diretamente até eles, mas, pelo que parece, o assassino não está agindo em grupo. Ele está escondido, provavelmente pensando em ficar com o segredo. Pensei que pudesse ser um esquema do contratante: nos apagar e tomar a caixa, sem testemunhas. Acho que o mercenário traiu o peixe grande. Como ele está sozinho, acreditei que poderia recuperar o espólio, furtivamente, mas precisaria encontrar a melhor oportunidade possível. É por isso que acabei em Cansington... Não tive uma boa oportunidade, até agora. Além disso, ainda tenho a chave do baú, que é praticamente impossível de arrombar. —

— Quem é o contratante? —

Black Rose balançou a cabeça.

— Eu não tenho certeza. Eu nunca lidei com eles. Sempre foi meu irmão mais velho, mas ele está morto agora. —

— Alguma ideia de quem possa ser o assassino? —

— Eu também não sei. Era puro caos na tumba. Eu consegui correr, mas estava escuro demais para enxergar. Ou olhava para ele ou sobrevivia. —

James estendeu a mão.

— E a chave? —

Black Rose deu a ele uma chave que tirou do bolso.

— H-Hank? —

— Thea, o tempo está quente. Beba um pouco de água, relaxe. Temos bastante tempo para conversar, não é? —

O homem, mal-intencionado, já não tirava os olhos do corpo dela. De pé, um pouco afastado, contava os botões da camisa que ela usava, imaginando o que planejava fazer, em breve. Ele ficava mais excitado com a expectativa. Tinha certeza de que nada o impediria, já que drogara a água. Só alguns goles e logo o assediador faria o que desejava.

— Beba, Thea! Beba! — insistiu.

Hank não podia mais esperar. Fantasiava sobre o que estava por vir. Olhando para a silhueta perfeita de Thea, sua boca secou. Thea começou a beber de uma vez a água, buscando iniciar logo a conversa. O criminoso soltou um suspiro de alívio quando a viu beber. Sentou-se em frente a ela e começou uma conversa fingida. Agora, só precisava enrolar até que as drogas fizessem efeito.

— Thea, você é a mulher mais bonita e elegante que já vi na vida. —