O Lendário Dragão General romance Capítulo 78

James ouviu as sirenes ficando mais altas. Sabia que a polícia chegaria logo. No entanto, não queria que todos soubessem sobre as coisas que aconteceram. Thea era apenas uma jovem e já sofrera abusos demais. O general não queria que a polícia se envolvesse, porque a notícia se espalharia e o caos estouraria na cidade. Embora a moça estivesse bem, uma notícia correndo geraria rumores. Ela não merecia mais ser o centro das fofocas. James não queria que o assunto lhe causasse mais problemas, por isso ligou para o Rei Alegre.

Após a ligação, levou de volta Thea, desacordada, até o escritório e se sentou no sofá com sua amada em seu colo. Achou que seria mais discreto aguardar lá, agora que curiosos se amontoavam em frente ao prédio. Enquanto isso, vários de seguranças continuavam seguindo seus passos, sem saber o que fazer. Seus rostos estavam cobertos de suor e eles empunhavam cassetetes e pistolas, mas tinham medo de entrar na sala. O corpo sem vida de Hank estava caído em uma poça de sangue.

O Rei Alegre estava em uma reunião quando recebeu a ligação de James. Ouviu falar, diversas vezes, sobre o temperamento do homem e ficou preocupado com a possibilidade de que o Dragão Negro realmente fizesse uma chacina. Cancelou a reunião e emitiu uma ordem:

— Mande a polícia supervisionar a situação na Corporação Ella, mas informe que os militares cuidarão disso. Prepare o carro, imediatamente. Irei até lá. —

Já passava muito do horário de expediente, mas, em alguns andares, alguns funcionários ainda cumpriam hora extras. No térreo, mais de uma dúzia de seguranças estava caída, a maioria com ossos quebrados. Quatro deles desmaiaram por conta da dor intensa.

A polícia chegou, acompanhada de uma ambulância. Mandaram especialistas em situações com reféns, porque a denúncia dizia que um gerente da empresa estaria em apuros. Ao ver uma cena tão selvagem, eles ficaram duplamente alertas, acreditando apenas um grande grupo derrubaria tantos seguranças. Depois de saber que o único responsável ainda estava no prédio, rapidamente traçaram uma estratégia.

De repente, o capitão da equipe recebeu um telefonema dos superiores, informando-o para não intervir no assunto da Ella. Os militares assumiriam e a polícia deveria, apenas, prestar auxílio. Logo, dois veículos militares chegaram.

Os jipes se aproximaram do prédio e cinco soldados fortemente armados desceram de cada um. O Rei Alegre chegou em outro carro, logo atrás. Imediatamente, expulsaram os curiosos do lado de fora do prédio. Em seguida ordenaram a remoção dos seguranças caídos no térreo e a retirada da equipe policial. James esperou no escritório por cerca de dez minutos antes que os militares finalmente aparecessem e expulsassem os seguranças do corredor.

Uma figura corpulenta entrou no escritório e olhou para o corpo sem vida de Hank. Então, olhou para James, que se sentava no sofá com Thea em seus braços. Ele se aproximou do casal e o repreendeu com uma pitada de insatisfação em seu rosto:

— James, você está em Cansington, não no meio de um campo de batalha. Como você pode ser tão inconsequente? —

— Por favor, só não cause mais problemas. Esse tipo de incidente fica sob minha responsabilidade. Não dificulte para mim. Estou te implorando, tudo bem? —

— Se ninguém mais causar problemas para mim. Afinal, olho por olho e dente por dente. —

James se virou e saiu. James não temia a ninguém e praticamente desprezava as leis. O Rei Alegre se enfurecia por isso, mas era impotente diante do homem. Não tinha autoridade para prender o Dragão Negro, mesmo diante de um crime hediondo. Precisaria de uma ordem direta do governo para fazer isso. Respirou fundo e instruiu a um subordinado:

— Mande um carro até os fundos e leve o senhor Caden até sua casa. —

— Entendido. —