O marido misterioso romance Capítulo 114

A ovulação de Irene estava chegando. Ela nunca esperou tanto pela ligação de Edric quanto agora, mas as coisas não aconteceram como a mulher queria, pois ele desapareceu de repente e não ligou mais para ela.

Em vez de receber uma ligação de Edric, Irene recebeu a de um número desconhecido. Aparentemente, uma empresa ficou impressionada com o currículo dela e solicitou que ela comparecesse a uma entrevista.

A empresa para a qual a mulher se candidatou chamava-se Cloudboat Company e era bastante famosa em San Fetillo. Irene não tinha muitas esperanças quando se candidatou ao cargo, mas, para a surpresa dela, foi chamada.

Ela ficou encantada quando conseguiu o emprego, então ligou para Kinsey e lhe contou as boas notícias. Quando as ouviu, a amiga ficou muito feliz por ela e ofereceu lhe pagar um jantar para comemorarem. No entanto, Irene recusou a oferta, pois era o dever dela pagar um jantar para Kinsey, já que essa era uma ocasião alegre para ela própria. Depois que a amiga saiu do trabalho à noite, as duas foram juntas ao restaurante.

Enquanto comiam, Kinsey lembrou a Irene sobre as coisas nas quais ela deveria prestar atenção quando fosse para a nova empresa.

Em grandes empresas como a Cloudboat Company, era comum que os outros funcionários pegassem no pé dos recém-chegados. Se ela quisesse se estabelecer nesse emprego, teria que engolir tudo e dar sorrisos falsos para as pessoas sempre que as encontrasse. Diziam que as grandes empresas eram lugares cheios de política de escritório, então Kinsey aconselhou a amiga a tomar cuidado com os outros funcionários e a não confiar nas pessoas com tanta facilidade. Até o final da refeição, Irene recebeu muitos conselhos.

Chegou o dia em que ela foi trabalhar na nova empresa. Como era formada em gestão de marketing, foi colocada nesse departamento. Visto que havia acabado de assumir o cargo, Irene não sabia muito bem como as coisas funcionavam na empresa, então não conseguia evitar o medo de cometer erros.

Felizmente, o gerente do departamento de marketing, Wilson, tratou-a bem e pessoalmente lhe ensinou tudo o que ela precisaria saber. Os outros colegas do escritório também foram muito amigáveis com ela. A situação que Kinsey tinha descrito acabou não acontecendo. Irene ficou surpresa com aquele ambiente de trabalho incrível, e adaptou-se a ele aos poucos.

Um dia, Wilson pediu a ela que fosse junto com ele se encontrar com clientes, porque queria que a novata se familiarizasse com a forma como a empresa funcionava. Como ele já havia conversado de antemão com o cliente, a reunião foi muito tranquila dessa vez, e eles conseguiram fechar o negócio em pouco tempo.

Depois disso, Wilson disse que Irene já podia ir embora. Ela desceu de elevador, mas logo recebeu outra ligação dele. O homem disse que o cliente queria jantar com eles e propôs que ela fosse junto.

Irene voltou de novo ao saguão e ficou sentada no sofá assistindo TV enquanto esperava pelo gerente. "Senhorita Nelson?" Chamou uma voz atrás dela. Ela virou a cabeça e viu John; não sabia quanto tempo fazia que ele estava ali.

"Por quê a senhorita está aqui?" Perguntou ele.

"Tô esperando uma pessoa!" A resposta dela foi curta e grossa. A presença de John em qualquer lugar significava que Edric não estava longe. Ela olhou em volta por reflexo, mas não o avistou.

John era o subordinado de maior confiança de Edric, e com certeza tinha participado do último plano do chefe contra ela. Por mais que soubesse que era o trabalho dele, ela não conseguia ter uma boa impressão de alguém que traiu a confiança dela. Sendo assim, manteve-se com uma expressão gélida no rosto e continuou a assistir TV sem dar qualquer atenção a John.

Contudo, o homem não se importou com a indiferença dela. "O Sr. Myers está aqui hoje também", disse ele. Ela não respondeu, pois não lhe interessava se Edric estava lá ou não.

De repente, a porta do elevador se abriu, e Wilson saiu com vários homens. Ao ver John e Irene, o gerente ficou surpreso e o cumprimentou: "John!" Um deles educadamente se aproximou e fez o mesmo.

A pessoa com quem se encontraram naquele dia era um gerente da empresa do cliente. Nesse momento, os outros homens também se aproximaram, inclusive Wilson.

Todos cumprimentaram John de maneira calorosa. Como o subordinado de maior confiança de Edric, ele era muito respeitado por essas pessoas. Irene sentiu desprezo dele.

Depois que Wilson tinha cumprimentado o homem, ele sussurrou a Irene: "Você conhece o John?"

"Bem pouco", respondeu ela. Dava para ver a surpresa estampada no rosto do gerente. Era bom conhecer as pessoas ao redor de Edric, pois eles teriam muito contato com a empresa dele no futuro. Portanto, seria mais fácil para eles negociarem com Edric se tivessem conhecidos dele na empresa. Wilson estava prestes a falar alguma coisa, mas a porta do elevador se abriu mais uma vez. Uma pessoa alta saiu de lá, e todos exclamaram: "Sr. Myers!"

Quando Irene avistou Edric parado ali, quis fugir por instinto. De repente, viu com o canto do olho uma mulher usando um vestido amarelo-damasco; era Rowane, que saiu do elevador por trás do homem.

Edric olhou na direção deles. Por mais que houvesse muitas pessoas lá, Irene teve a impressão de que o homem parecia estar olhando para ela. Depois disso, ele caminhou até o grupo. As poucas pessoas ao redor de John se viraram para o outro lado e se aproximaram de Edric.

Era uma honra ficar cara a cara e falar com uma pessoa de alto escalão como ele.

As pessoas ao redor dele o cumprimentaram, chamando-o de "Sr. Myers". Edric apertou com gentileza a mão de cada homem na multidão, um por um, antes de virar de leve a cabeça na direção de Irene e cruzar o olhar com o dela. Ela desviou com indiferença o olhar e pensou em como Edric era, de fato, nojento. Até esse momento, a mulher ainda estava se perguntando por que ele não havia ligado para ela por tanto tempo. No fim, era só que estava muito ocupado!

Rowane, que estava ao lado de Edric, também notou a presença de Irene. Com um sorriso no rosto, aproximou-se e a cumprimentou de forma calorosa: "Oi, Srta. Nelson!"

"Bom te ver, Srta. Wood", cumprimentou-a Irene, respondendo com um leve sorriso a Rowane.

“Eu tô trabalhando no Grupo Myers agora”, disse Rowane, para explicar o motivo de ter aparecido junto com o homem.

Irene sentiu muito desprezo por dentro. Edric sabia mesmo como se divertir; para ter Rowane ao lado dele o tempo todo, ele fez questão de encontrar uma boa desculpa para contratá-la. No fundo, ela sentia ainda mais nojo dele.

Então, ela olhou com frieza para aquelas pessoas de novo e viu que todas elas admiravam muito Edric. Os cantos dos lábios dela se ergueram um pouco, e ela deu um sorriso de escárnio.

Wilson estava observando Irene em segredo, pois pensava que ela devia vir de uma família rica. Caso contrário, por que a matriz ligaria e pediria a alguém para cuidar dela, no primeiro dia em que a mulher apareceu para trabalhar?

Entretanto, ela era modesta e estava ansiosa para aprender, tal que não parecia existir alguém apoiando-a nos bastidores. Por isso, o gerente pensou que havia tido uma impressão errada dela. Porém, depois de ver que ela conhecia John, teve certeza de que a mulher não era qualquer um. Parecia que ele teria que tratá-la melhor no futuro...

"Já que nos reunimos, o jantar de hoje fica por minha conta!" Disse Edric com tranquilidade após cumprimentar todos. Os homens ali ficaram surpresos, com exceção de Irene. Afinal, não era qualquer pessoa que tinha a sorte de fazer uma refeição com Edric.

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