"Edric, sei que o seu cérebro é pequeno, mas que tal usar ele pra pensar um pouco?" Provocou Irene. "Por que você acha que tem o direito de tomar essa decisão?"
"Porque eu sou o pai biológico do Eden!" Respondeu Edric, em um tom de voz quase tão alto quanto um berro.
"Como você tem coragem de se chamar de pai? Não se lembra de que foi você quem me expulsou de casa naquele ano? A partir do momento em que se divorciou de mim e me abandonou, cortou todos os laços comigo e com o Eden!" Retrucou Irene.
"Eu já te expliquei o que aconteceu naquele ano. Te deixar nunca foi a minha intenção!" Gritou Edric. Ele cerrou os punhos, de forma que as veias nos antebraços tornaram-se visíveis. Para ele, o que aconteceu no passado não deixou nada além de dor. Não houve um único momento em que o homem não se sentiu culpado pelo que aconteceu.
"Sim, você teve os seus motivos e desculpas, mas e daí? Isso significa que eu devo te perdoar? A lei perdoa um assassino só porque ele teve um motivo válido pra cometer um crime?" Questionou Irene, incapaz de controlar as próprias emoções.
"Irene, eu sei que errei, mas quero mudar. Tô disposto a passar o resto da minha vida pagando pelos meus pecados, tá bom?" Murmurou Edric.
"Não, não tá bom!" Rugiu Irene. "Edric, nem todos os erros podem ser perdoados!"
"Não me força a fazer coisas que eu não quero!" Edric olhou feio para ela e acrescentou: "Já disse que não vou deixar meus filhos chamarem outro homem de pai!"
"Pai? O que foi que você fez pelo Eden além de ajudar a botar ele no mundo? Sr. Myers, pensa um pouco se você merece de verdade ser o pai dele", interrompeu Nathan.
"Vou compensar ele por isso! Vou fazer tudo o que eu puder pra compensar ele!" Insistiu Edric.
"Mas o Eden não quer que você faça isso. Você não passa de um estranho pro meu filho, e ele não quer saber de ser compensado ou não!" Sibilou a mulher.
"Irene, é você que não quer saber, não o Eden. Você é a mãe dele, mas que direito tem de impedir que eu veja os meus filhos?" Questionou Edric.
“Você me expulsou de casa e trouxe a sua amante grávida pra morar lá! A sua mãe me espancou quando eu já tava grávida! Você se divorciou de mim e me deixou sem nada! Tudo isso me dá esse direito! Eu ainda tenho lembranças vívidas do dia em que caí de uma montanha e quebrei a minha perna. Eu e o Eden vagamos sem rumo pela rua, em busca de abrigo. Quando o Eden ficou doente, eu te liguei, mas você se recusou a atender às minhas ligações. Edric Myers, posso continuar listando todas as razões pelas quais você não merece ser o pai do Eden. Então, quem você pensa que é pra vir aqui questionar as minhas decisões?" Atacou Irene.
"Eu..." Edric continuou a encará-la, porém estava sem palavras. Ele sabia que havia ido longe demais e que tinha machucado muito a mulher. Tudo o que ela falou era verdade, e ele sabia que jamais seria capaz de se redimir por todas essas crueldades.
Vendo que o ex-marido estava em silêncio, Irene respirou fundo para se acalmar. Nathan também não sentia pena de Edric, pois havia visto com os próprios olhos o quanto a mulher sofreu por todos aqueles anos.
Britney, que estava lá em cima, prestava atenção na conversa ocorrendo no andar de baixo. Percebendo que a situação havia chegado a um impasse, ela saiu do quarto para encerrar a disputa. "Irene, já tá ficando tarde. Vem colocar o Eden na cama!"
Depois de dizer isso, olhou para Edric e disse: "Sr. Myers, pode passar a noite aqui se quiser!"
"Vovó!" Gritaram Irene e Nathan ao mesmo tempo. Era evidente que não concordavam com a decisão dela de convidar Edric para dormir ali. A velha acenou com a mão, sinalizando para os dois se acalmarem. Em seguida, ordenou que o mordomo preparasse um quarto para Edric ficar.
O mordomo deu um passo à frente e educadamente pediu: "Sr. Myers, por favor, me acompanhe!"
Edric agradeceu a Britney pelo convite: "Muito obrigado, madame Britney!"
Então, saiu junto com o mordomo. Insatisfeito, Nathan encarou a avó e perguntou: "Vovó, por que você tá deixando ele ficar aqui?"
"Já que o Edric se deu o trabalho de vir até aqui pra visitar, não podemos forçar ele a ir embora desse jeito, né? Em vez dar mais motivos pra ele odiar a gente, talvez devêssemos tratar o homem com um pouco de gentileza pra ele se sentir minimamente endividado com a gente. Daí, podemos encontrar uma solução juntos", disse Britney. Com isso, ela se dirigiu a Irene. "É ruim que as coisas tenham acabado assim. O problema é que o Edric é de fato o pai biológico do Eden. Se ele envolver a lei nessa história, as consequências não vão ser boas pra nós", explicou a velha.
Irene ficou pensativa. Britney tinha muita experiência de vida, e o que ela disse fazia sentido. Realmente, se Edric utilizasse meios legais para resolver essa disputa, as consequências seriam desastrosas.
Irene entrou no quarto de Eden e viu que ele já estava dormindo. Ela suspirou, caminhou até a cabeceira da cama dele e, com carinho, cobriu o menino. Então, sentou-se na cama e olhou para o rostinho dele.
Edric sem dúvida não desistiria de Eden agora que ele sabia a verdade. O que ela poderia fazer para que o homem os deixasse em paz?
A porta foi aberta devagarinho e Nathan entrou. Vendo que as sobrancelhas de Irene estavam franzidas, ele a confortou: "Não se preocupa, eu tô aqui! Vou cuidar de você e do Eden".
Irene sorriu para ele. "Obrigada, Nathan! Fico tão feliz de ter você ao meu lado!"
"O Edric não é uma pessoa com más intenções. Ele só não consegue aceitar isso ainda. Quando ele tiver pensado bem no assunto, vai ficar tudo bem", acrescentou o homem.
"Eu sei. Nathan, você passou o dia todo ocupado, então deve estar exausto. Vai descansar. Eu vou ficar bem." Ao ver que ele estava disposto a ajudá-la e a confortá-la mesmo que estivesse cansado, Irene se sentiu muito grata a ele. Nathan tinha que cuidar da própria empresa e de Eden ao mesmo tempo. O homem devia estar acabado nas últimas semanas. Agora que ela estava de volta, cuidaria do filho por conta própria.
"Ok, vou lá descansar, então. Você também deveria ir dormir cedo!" Disse Nathan.
Pouco depois de o homem ter saído, Edric entrou no quarto de Eden. Quando Irene o viu, pareceu ficar irritada e perguntou: "O que você tá fazendo aqui?"
"Vim aqui pra ver o Eden", respondeu ele com calma, para a surpresa dela.
Tendo dito isso, sentou-se na cama e olhou com ternura para o filho. Irene queria tirá-lo de lá, mas percebeu que não tinha coragem de fazê-lo. Apesar de tudo que aconteceu, Edric ainda era o pai de Eden. Ela não tinha o direito de impedi-lo de interagir com a criança.
Edric nunca sonhou que teria um filho com Irene depois que os dois já tivessem se divorciado. De início, não acreditou nas palavras de Joanne, mas decidiu depositar suas últimas esperanças nisso e descobriu que Eden era de fato o filho dele!
Ele colocou com carinho a mão na testa da criança e a beijou. Eden era o filho dele! Isso o deixava radiante e desolado ao mesmo tempo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O marido misterioso
Esse Edric é um pamonha perante a mãe dele e ela é uma cobra canina. Esse livro está sendo o primeiro livro que torço pra protagonista ficar ou com Natan ou com Jordan. Eles cuidam dela realmente....
Cadê o capítulo 141?...
Finalmente Edric conseguiu abrir os olhos contra as bruxas...
Quem é Edric afinal, até agora não consigo simpatizar com ele, acho ele fraco, manipulável e totalmente sem noção, apesar de tudo ,pelo menos Irene vai se dar bem nesta de engravidar sem problemas...
Eu não disse, estou com certeza torcendo para o Jordan, dez a zero para ele contra o Edric....
Gente que romance, definitivamente está história de amor entre Irene e Edric, da muito pano pra manga, primeiro já começaram tudo errado casando e indo viver com a sogra que é um demônio depois ele se mostra além de um fantoche um homem completamente dominado e comandado pelas artimanhas dos outros invejosos,nunca li um romance que não torcesse pelo casal principal mas este infelizmente vou torcer para que a personagem Irene fique com o outro apaixonado por ela no caso o Jordan que demonstrou sim enfrentar tudo e a todos por ela....
Gostaria de saber se tem o finaL AQUI ?...
Tem mais capítulos?...