O marido misterioso romance Capítulo 152

Quando Nathan terminou o que tinha para fazer na empresa e estava prestes a ir para casa, o celular tocou. Era o gerente de uma das fábricas dele. O homem disse a Nathan: "Aconteceu um acidente aqui na fábrica. Sr. White, por favor, venha para cá o quanto antes!"

Surpreso, Nathan se levantou de imediato e saiu com pressa. No meio do caminho, estava tão ansioso que não parava de pedir para o motorista acelerar. Eles estavam passando por uma rua tranquila quando o motorista exclamou de repente.

"Senhor, olhe!"

Ele pisou no freio logo em seguida. Nathan olhou na direção em que o motorista estava apontando e ficou chocado com o que viu. Na rua, a menos de dois metros do carro dele, estava uma mulher coberta de sangue. "Vamos descer e ajudar ela!" Nathan foi o primeiro a abrir a porta quando percebeu o que estava acontecendo.

"Parece que ela não está respirando." O motorista virou com cuidado a cabeça da mulher ferida e tentou verificar se ela estava respirando. Quando viu o rosto dela, Nathan ficou pasmo. "É ela?"

"O senhor conhece essa mulher?" Perguntou o motorista.

"Sim! O corpo dela ainda tá quente. Vamos levar ela pro hospital agora mesmo pra ver se dá tempo de salvar ela!" Ordenou Nathan.

Sem se incomodar se o sangue de Rowane o sujava, Nathan a carregou para dentro do carro com a ajuda do motorista, que deu a partida no veiculo e dirigiu até um hospital ali perto. Assim que chegaram lá, o médico levou Rowane para a sala de cirurgia o mais rápido possível. Nathan olhou para o relógio e pediu que o motorista a esperasse no hospital enquanto ele ia à fábrica.

O homem passou o caminho todo inquieto. Conhecia Rowane, apesar de tê-la encontrado uma única vez.

Há alguns anos, Nathan viajou para San Fetillo para ir a uma reunião. Naquele dia, ela estava com pressa, mas ficou preso em um engarrafamento, de forma que acabou chegando atrasado ao lugar. Assim que saiu do elevador, trombou em uma pessoa que estava esperando do lado de fora, fazendo com que ela caísse no chão.

Atordoado, ele parou de andar e viu que a pessoa com quem tinha esbarrado era uma mulher. Nathan foi rapidamente ajudá-la, mas ficou surpreso quando viu com clareza o rosto dela, que era lindo. O mais importante não era a beleza dela, mas sim o fato de a mulher se parecer um pouco com Irene. Essa foi a primeira vez que ele viu Rowane. 

Depois disso, Rowane, que estava no chão, começou a gemer de dor. O homem ficou com um pouco de vergonha. "Onde que você se machucou? Posso te levar pro hospital, pra alguém ver se tá tudo bem com você?"

O funcionário ao lado dele se apressou para lembrá-lo: "Sr. White, está ficando tarde. Todos estão esperando por você. Eu cuido dessa garota!" Ao ouvir isso, Nathan se lembrou do motivo de estar ali. O homem hesitou por um momento, mas acabou deixando o funcionário cuidar disso.

Mais tarde, após a reunião, ele perguntou sobre a garota. O fucionário que o acompanhava lhe disse que Rowane não foi ao hospital no fim, insistindo que estava bem e que precisava ir embora.

Desde então, Nathan se esqueceu do incidente. O que ele não esperava era que encontraria a mesma garota em Mencódia, em um estado tão crítico.

Enquanto lembrava-se do passado, o homem se viu no portão da fábrica. Como já estava lá, saiu do carro e entrou correndo no lugar.

Depois que lidou com os problemas, ele foi ao hospital visitar Rowane. Ela havia sido encaminhada para a unidade de tratamento intensivo logo após a operação. De acordo com o médico, a jovem não corria perigo por enquanto. Nathan mandou o motorista cuidar dela no hospital e voltou para casa.

Já era meia-noite quando ele chegou. Como tinha o costume de ir ao quarto de Eden para ver como ele estava, essa foi a primeira coisa que fez. No momento em que abriu a porta, viu Edric abraçado com a criança na cama. Vendo como os dois estavam em um sono profundo, Nathan se sentiu tocado.

O amor de Edric por Irene era genuíno. Nathan sabia que, se não fosse por Margaret, ela e o ex-marido com certeza ainda estariam juntos e felizes!

Ele saiu e fechou a porta bem devagar, mas então ouviu alguém se aproximando em silêncio. Era Irene; ela saiu da cama quando ouviu o barulho. "Você chegou! Vou preparar alguma coisa pra você comer."

Nathan a interrompeu: "Pode ir descansar. Eu peço pros criados me fazerem comida. Como você tá grávida, precisa ter uma boa noite de sono".

"Eu sei. Não se preocupa, não sou tão frágil assim!" Os dois desceram as escadas sem fazer barulho.

Edric também acabou acordando com os ruídos do lado de fora. Ele soltou Eden com cuidado, levantou-se e saiu do quarto. Quando viu Irene indo até a cozinha para fazer comida para Nathan, sentiu-se extremamente angustiado. No passado, quando ele voltava tarde do trabalho, ela também cozinhava para ele.

O coração estava latejando de dor. Ele voltou para o quarto de Eden, sentindo-se abatido. Quando olhou para o filho, que dormia como uma pedra, a tristeza passou aos poucos. Enquanto o menino estivesse ali com ele, tudo ficaria bem.

Ele se abaixou e deu um beijo no rosto de Eden. "Meu filho, você precisa ficar do meu lado. Só assim a sua mãe vai mudar de ideia. Eu te imploro!"

Em San Fetillo, depois que anoiteceu, Marie e Lily foram escondidas ao hospital. Havia poucos funcionários ali, então o lugar estava bastante quieto. Enquanto elas estavam indo para a sala de cirurgia, Marie topou com uma enfermeira de plantão. "Dra. Walker, o que a senhora está fazendo aqui?"

Ela xingou a enfermeira em seus pensamentos. Que azar ter encontrado aquela mulher ali. O objetivo de estarem fazendo essa operação à noite era para evitar que as outras pessoas descobrissem a verdade. Embora Marie estivesse um tanto irritada, ainda sorria. "Esqueci uma coisa aqui. Vim pra pegar ela de volta."

A enfermeira acreditou na doutora e despediu-se dela com educação. Marie abriu com pressa a porta da sala de cirurgia e entrou. Poucos minutos depois, Lily também entrou lá, acompanhada por Deborah. "Você encontrou alguém pelo caminho?"

"Não", respondeu a mulher.

Marie ficou aliviada. Em seguida, pediu para Lily se deitar na mesa cirúrgica. Elas passaram muito tempo se preparando para esse dia. Lily já estava tomando um remédio para estimular a ovulação havia dois meses; não era possível que a operação desse errado. A primeiro coisa que Marie fez foi induzir os óvulos de Lily, para depois extraí-los. A operação foi mamão com açúcar. Assim ela que coletou o óvulo, colocou-o no fluido de cultura.

Várias horas depois, o óvulo de Lily foi colocado na placa junto com o esperma de Edric. Marie disse à jovem que o óvulo fertilizado poderia ser implantado no útero dela em três a cinco dias. Lily só precisava voltar para casa e ficar esperando Marie contatá-la.

Jordan já tinha uma noiva, mas não conseguia se esquecer de Irene. Edric ficou furioso quando pensou em como ela ficou tanto tempo com esse playboy. Além disso, a relutância de Jordan em aceitar o término deles dificultava as coisas para ele ainda mais.

Irene já tinha vindo até Mencódia, mas Jordan ainda teve coragem de ligar para ela. Isso era um ultraje. Vermelho de raiva, Edric atendeu sem hesitar e não se importou se seria indelicado fazer isso sem a permissão da mulher.

O tom de Jordan era de urgência: "Alô, Irene? É o Jordan. Ouvi dizer que o Edric foi pra Mencódia. Ele veio te procurar de novo ou te causar mais problemas?"

Edric deu um sorriso de escárnio e respondeu com mau-humor: "Por que você acha que eu tô aqui pra causar problemas?"

Jordan foi pego de surpresa, pois não esperava ouvir a voz do homem. "Por que você atendeu? Cadê a Irene?"

Edric olhou para a porta do banheiro, e um pensamento malicioso lhe ocorreu. Sorrindo, ele respondeu: "Ela tá no banho."

"Não acredito. Passa o celular pra ela. AGORA!" Jordan respirou fundo. As palavras de Edric deixavam implícito que ele estava com Irene, mas Jordan jamais acreditaria nisso.

Ele sabia muito bem que a mulher tinha decidido cortar laços com Edric antes de ir para Mencódia. Além disso, ela iria se casar com Nathan. Por que motivo ela teria se encontrado com o ex-marido? Entretanto, a pergunta que não queria calar era: por que o celular dela estava nas mãos de Edric?

"Já falei, ela tá tomando banho, então não tinha como atender à sua ligação." O desdém era claro no tom de Edric. Franzindo a testa, ele se aproximou lentamente da janela. Esse lugar ficava um pouco mais longe do banheiro. Ele não queria perturbar Irene e Eden, pois os dois estavam se divertindo muito juntos. Além disso, não queria que o homem do outro lado da linha ouvisse a criança cantando. Se isso acontecesse, Jordan descobriria que ele estava mentindo. Isso tudo valia a pena só para irritá-lo. No momento em que a oportunidade se apresentou, Edric a agarrou.

"Não acredito em b*sta nenhuma que você tá falando!" Jordan tinha perdido a cabeça. "Edric, você não tem um pingo de vergonha na cara? A Irene vai se casar com o Nathan, mas você aparece pra atormentar e assediar a mulher. O que vai te custar deixar ela em paz?

Rindo, Edric vociferou: "Quem disse que a Irene vai se casar com o Nathan? Ela é a minha esposa, e o Eden é o meu filho. Por que eu deixaria ela se casar com outro homem, que o Eden chamaria de pai?"

"Você... Como você sabia que ele é o seu filho?" Jordan foi pego de surpresa. Ele não imaginava que Edric soubesse sobre Eden. Antes, estava convencido de que o homem tinha ido para Mencódia somente para reconquistar Irene. Nunca lhe ocorreu que o menino seria o motivo.

Edric caiu na gargalhada. "Falando nisso, tenho que agradecer a sua noiva, a Joanne. Ela é uma mulher de bom coração. Não conseguia suportar ver o Nathan me separar da Irene, então ela se virou contra você e revelou a identidade do Eden pra mim."

Depois que parou de rir, acrescentou: "Você tem uma bela de uma sorte de ter uma noiva tão compreensiva, não acha? Trata ela bem no futuro. Não trai ela. Bom, a minha esposa vai sair do banho daqui a pouco. Então, adeus!"

Tendo dito isso, Edric desligou a ligação.