O marido misterioso romance Capítulo 163

Vendo como a mãe não estava disposta a enxergar o lado de Irene, Edric bateu a porta e foi embora. Furiosa, Margaret ofegou: "Seu moleque ingrato, vai ver só. Com certeza vou processar a Irene! Saiba que sou a sua mãe, e vocês dois não podem mexer comigo".

Margaret confirmou com o advogado que ela desejava processar Irene. Com isso, a mulher logo recebeu uma carta dele. Assim que ficou sabendo disso, Jordan de imediato contratou um advogado para ela. Margaret pediu que o vídeo da câmera fosse entregue ao tribunal. O juiz concluiu que, embora Irene não tivesse a intenção de machucar a ex-sogra, ela havia de fato causado ferimentos graves a Margaret. Portanto, Irene deveria ser detida, além de pagar uma compensação.

No entanto, o juiz ainda recomendou que as duas chegassem a um acordo entre elas. Edric foi falar de novo com a mãe. "A Irene tá grávida. Mesmo que você não dê a mínima pra ela, pode por favor pelo menos pensar no bebê que ela tá carregando?"

Foi só então que Margaret se lembrou desse fato. Irene estava grávida nesse momento; ou seja, o outro neto dela estava se desenvolvendo no ventre da ex-nora. A intenção dela nunca foi que Irene fosse para a cadeia, para começo de conversa; ela só queria lhe dar uma lição. As palavras de Edric fizeram com que Margaret tentasse se justificar. "Eu posso perdoar aquela mulher se você mandar ela vir aqui no hospital me pedir desculpas de joelhos!"

"Você não tá sendo ridícula?" Edric deu um sorriso amargo. Irene nunca viria se ajoelhar e pedir desculpas a Margaret. Ele sequer conseguia imaginar isso acontecendo.

"Não quero saber. Olha como eu me machuquei. Qual é o problema de querer que ela se ajoelhe e peça desculpas? É isso que ela me deve. Não vou aceitar menos dessa vez. Ou ela me pede desculpas ou vai parar na cadeia; manda ela escolher uma dessas opções!" Rosnou Margaret.

Vendo que a mãe se recusava a chegar a um acordo com ele, Edric franziu a testa e foi embora de lá. A velha presumia que tinha encontrado o ponto fraco de Irene e enfim poderia usar isso para forçá-la a admitir que errou. No entanto, não esperava que o resultado fosse ser muito diferente do que ela estava imaginando.

Irene preferia assumir a responsabilidade pelo crime do que se desculpar com com a ex-sogra. Mas que maldita mulher! Como ela podia ser tão teimosa?! Margaret não estava pedindo para ela se matar, só queria ouvir um pedido de desculpas!

A velha murmurou para si mesmo: "Eu vou mesmo ter que mandar a Irene pra a cadeia? Ela tá carregando o meu neto. Se as pessoas descobrirem que eu fiz ela ser presa sabendo que ela tava grávida, elas com certeza vão me odiar".

No entanto, não havia outro jeito. Se Margaret voltasse atrás nas próprias palavras, teria que pensar em um jeito de não passar vergonha. Edric nunca mais a visitou, e ela não podia apenas ligar para ele e dizer o que estava pensando.

Enquanto a velha refletia sobre o assunto, o advogado que ela contratou veio visitá-la. Ele lhe disse que o advogado de Irene pediu que a pena dela fosse declarada extinta, o que significava que a mulher não precisava ir para a prisão porque estava grávida.

Embora Margaret não quisesse que a mulher fosse presa em primeiro lugar, Margaret não conseguia suportar um resultado tão humilhante. Ela perdeu a cabeça e ficou descontrolada a ponto de começar a quebrar as coisas na enfermaria.

Em seguida, descontou toda a raiva em Loraine outra vez. Ainda que a empregada parecesse dócil, por dentro estava xingando a patroa o tempo inteiro.

Depois disso, Margaret se reuniu com Marie para discutir um contra-ataque. A médica não esperava que o assunto fosse ser resolvido com tanta facilidade. A velha estava furiosa além da conta, além de estar irritada porque as coisas não correram conforme o plano dela. De repente, ela pensou na possibilidade de sequestrar Eden de novo.

Embora Marie não estivesse nem um pouco interessada no menino, ela não podia dizer isso à amiga. Afinal, até um idiota conseguiria perceber que Margaret estava determinada a conquistar o neto. De repente, Marie teve uma ideia. Irene sem dúvida não entregaria o filho, o que significava que ela pediria ajuda ao pai. Com a ajuda de Steven e considerando que Edric não queria lutar pela custódia de Eden, o plano de Margaret falharia com certeza.

Era evidente que, no fundo, Marie não queria que a amiga conseguisse tornar o neto parte da família Myers. Lily estava bem após a operação, e poderia se casar com Edric e dar dois netos para Margaret pouco depois.

Afinal, era de se imaginar que a garota ficaria desconfortável por ter que conviver com o filho de Irene. Marie tinha que tomar algumas precauções para que as coisas ocorressem conforme ela desejava. Irene precisava ganhar o caso no final. Desde que a mulher levasse Eden com ela e fosse embora de San Fetillo para sempre, o casamento entre Lily e Edric daria certo.

Com isso em mente, Marie teve uma ideia. Ela planejava ir até Steven e lhe contar a verdade, fazendo com que o homem tivesse que fazer uma escolha.

Como era de se esperar, Steven sabia que a filha tinha ido embora de San Fetillo, e que Edric a havia seguido até Mencódia logo depois. Marie supunha que Steven não tinha se envolvido por pensar que Edric e Irene estavam somente tendo uma briga de casal.

Só depois que Margaret processou Irene é que ele soube de todos os detalhes. Quando ouviu que Eden era filho de Edric, o homem ficou incrédulo. Sabendo disso, começou a odiar Margaret ainda mais.

A razão pela qual a velha tinha forçado Irene a se divorciar de Edric no passado era por julgar que a nora era infértil. Portanto, agora que sabia que Eden era o neto dela, não fazia mais sentido aceitar Irene de volta do que continuar tratando a mulher desse jeito?

Como Margaret estava decidida a processar Irene, Steven decidiu que iria se envolver, pois já estava cansado dessa história. Ele foi atrás do juiz para conversar sobre o assunto. O juiz recomendou que ambas as partes entrassem em um acordo entre si ou que o homem pagasse a fiança.

Então, Steven ligou para Edric e pediu-lhe que convencesse Margaret a resolver o assunto fora do tribunal. Edric suspirou e afirmou que já havia discutido com a mãe, mas que ela não lhe dava ouvidos. Margaret insistia que Irene se ajoelhasse e admitisse que errou. No momento, ele estava tentando pensar em uma solução...

Steven ficou furioso ao ouvir isso. Como Margaret era detestável! Ela ousava pedir que Irene se ajoelhasse? Quanta arrogância! Com raiva, ele desligou a ligação.

Irene era a filha dele, e o homem não conseguia perdoar Margaret, já que a velha agia de forma tão arrogante apesar de saber dos fatos. Ela estava cavando a própria cova! Qualquer idiota sabia que pessoas normais não deveriam bater de frente com ele. Afinal, Steven era um político!

Querendo que Margaret entendesse que ele não era um político à toa, na mesma hora ligou para o juiz e pediu-lhe que o ajudasse com a fiança. Era óbvio que o juiz não recusaria o pedido de Steven, então o ajudou a pagar a fiança de Irene no mesmo instante.

No final, a mulher ficou bem. Quando Steven estava prestes a ir se encontrar com Irene e Eden, Marie ligou para ele e disse que tinha algo para lhe contar.

Portanto, Steven foi se encontrar com Marie antes. Ele perguntou: "Sobre o que você quer falar?"

"Além disso, eu também queria te dizer que Margaret quer de todo jeito brigar com a Irene pela custódia do Eden. Você precisa pensar em um jeito de ajudar a sua filha", concluiu Marie.

"A Margaret não é uma amiga sua? Ao fazer isso, você não tá traindo ela?" Steven não acreditava na gentileza da mulher.

"Por que você tá duvidando de mim quando eu só tô fazendo isso sem segundas intenções?" Marie fingiu ficar ofendida. "A Irene é a minha sobrinha, apesar de tudo. Eu só não consigo ficar de braços cruzados enquanto a Margaret tira o Eden dela."

"Nesse caso, obrigado!" Steven deu um sorriso falso. "Vou investigar isso. Enquanto eu estiver aqui, ninguém vai tirar o meu neto da minha filha!"

Marie ficou aliviada ao ouvir essas palavras. Como havia cumprido o objetivo dela, a mulher se levantou e saiu do café.

No caminho, ela esbarrou em um garçom que estava levando chá, e ele acabou derramando a bebida em cima dela. As roupas da mulher ficaram encharcadas com o chá quente, que a escaldou. Irritada, ela deu um tapa na cara do garçom e sibilou: "Você não olha por onde anda?"

"Me desculpe, me desculpe!" O homem implorou pelo perdão dela. A confusão atraiu a atenção dos outros clientes. Vendo que todos estavam olhando, Marie preferiu não discutir com o garçom e saiu com pressa da casa de chá, já que Steven ainda estava na sala particular na qual eles se encontraram agora há pouco.

Após alguns minutos, Steven fez o mesmo e saiu do lugar.

"Ei, aquele não é o sr. Cook?" Um colega de Kinsey, que estava tomando chá com ela, apontou para Steven enquanto o homem saía.

Kinsey se virou e olhou para ele. "É sim."

"Por que você acha que ele tá aqui?" Perguntou o colega.

"O sr. Cook também é um ser humano, né? Ele também tem uma vida. O fato de ter vindo aqui pra tomar chá não é nada demais", respondeu Kinsey.

"Não, eu acho que não é uma situação tão simples assim. Aquela mulher irritada que deu um tapa no garçom também saiu da mesma sala."

Kinsey também tinha visto o tapa que Marie deu no garçom mais cedo, mas não prestou muita atenção no resto. Mas, agora que o colega havia tocado no assunto, Kinsey também ficou um tanto perplexa. Por que Marie tinha se encontrado com Steven?