O marido misterioso romance Capítulo 194

Ouvindo a discussão acalorada entre Irene e Edric na sala de estar, Lorraine deu um sorriso malicioso. A julgar pela situação, o homem havia caído na mentira. Ele acreditava que Irene era responsável pelo estado de Margaret. Ela antecipou que as coisas se desenrolariam assim.

Com o sangue fervendo, Irene abriu com violência a porta e saiu com pressa da casa.

"Como ela pode ser tão cruel e se fazer de vítima, apesar do que fez? Essa mulher acha mesmo que eu não vou chamar a polícia? John, chama a polícia agora mesmo! Quero ver ela continuar agindo como se fosse inocente!" Edric estava fora e si. Ele pegou uma xícara e a atirou no chão enquanto gritava.

Loraine sentiu um nó na garganta devido ao medo, quando ouviu que o patrão estava falando sério. Edric ia mesmo ligar para a polícia? Se o fizesse, as coisas Ficariam complicadas. A polícia tinha se tornado mais experiente em resolver crimes. As coisas ficariam feias se descobrissem que Deborah tinha vindo.

Loraine entrou em pânico quando pensou nisso. Ela de imediato foi até a sala de estar e se agachou para limpar a bagunça que Edric tinha feito enquanto ela ouvia a conversa deles.

"Sr. Myers, por favor, acalme-se! Esse não é o melhor momento para agir com imprudência!" Aconselhou-o John. "Embora a testemunha diga que a Irene é a culpada, não temos nenhuma outra evidência para provar esse ponto de vista. Além disso, não acho que ela seja uma pessoa cruel a esse ponto."

O assistente estava tomando o lado de Irene, como de costume. Por mais que isso deixasse Loraine ressentida, ela esperava que a conversa entre os dois a ajudaria a entender o que Edric estava pensando.

"Me acalmar? Como eu poderia me acalmar? Ela não demonstra o menor remorso. Olha pra minha mãe. Como filho dela, devo só ficar parado, de braços cruzados?" Vociferou Edric. "Quero botar aquela mulher na cadeia! Ela foi longe demais!"

"A senhorita Nelson está grávida. Você não pode tratá-la assim."

"Sim, a senhorita Nelson está grávida. Mandá-la para a prisão seria ruim para a saúde dela", interrompeu Lorraine.

"Não quero saber. E daí se ela me ameaçar com o filho dela? Tem tantas mulheres por aí que tão dispostas a se casar e ter filhos comigo. Por que eu deveria tolerar o que ela fez? Vocês viram como ela é cruel, né? Não tem motivo nenhum pra eu pegar leve com ela. Me casar com ela foi um erro!" Exclamou o homem, extravasando a raiva.

"Eu entendo a sua preocupação, mas você precisa pensar no menino. O Eden ainda tá doente, e ele é inocente nessa história toda. Isso não diz respeito só à senhorita Nelson, pois há três outras pessoas que dependem dela também." John estava em pânico. Ele temia que o chefe fosse mesmo fazer mal a Irene. Portanto, ele mencionou Eden, na esperança de que Edric recuperasse o juízo. Embora o assistente não soubesse a verdade, ele acreditou em Irene por instinto ao ver a angústia nos olhos dela. Ele não tinha dúvida de que a mulher não era a culpada.

"Eu concordo. Acho que a senhorita Nelson não fez isso de propósito. Ela deve estar arrependida agora", acrescentou Loraine. "Ou não, né. Vai saber". Ainda que quisesse convencer o patrão a desistir da ideia de chamar a polícia, ela também queria que ele continuasse culpando Irene pelo estado da mãe dele.

"Vocês tão me dizendo que eu não deveria fazer nada?" Frustrado, Edric socou a mesa. "Impossível! Não vou deixar isso barato com tanta facilidade!"

"Que tal esperarmos um pouco para ver o que acontece? A sra. Myers ainda está passando pelo tratamento, e talvez ela se recupere em breve. Vamos esperar para ver como ela está. Seja paciente por enquanto." Vendo a fúria quase tomando conta do homem, John tentou persuadi-lo.

"Como que ela vai se recuperar? O médico já disse que essa é a melhor possibilidade que a gente pode esperar. A minha mãe... nunca mais vai acordar", Edric conteve o choro.

Assim que Loraine ouviu John falar que a sra. Myers poderia se recuperar, ficou surpresa. Depois, deu um suspiro de alívio ao ouvir a resposta de Edric. "Mesmo que a situação seja ruim, você não pode desistir. Por enquanto, aguente pelo bem de Eden e do bebê. Vamos esperar até ela ter o filho e o Eden ficar melhor."

Edric cerrou os punhos: "Você tá certo. Vamos esperar até o outro bebê nascer. Aí, eu vou fazer essa mulher pagar pelos pecados dela. Como ela é cruel! Olha como tratou a minha mãe. Não vou deixar ela ficar com os filhos dela de jeito nenhum. Vou fazer ela experimentar do próprio veneno".

Edric e John foram para o hospital outra vez. Loraine deu mais um suspiro de alívio, voltou para o quarto e ligou para Deborah. Ao saber do que aconteceu, a mulher ficou encantada e a lembrou de tomar cuidado, para que o plano fosse executado sem problemas.

Thomas estava brincando com Eden quando Irene chegou em casa. Percebendo que algo estava errado, ele perguntou, ansioso: "Como tá a Margaret?"

"Bem mal. O médico disse que é possível que ela nunca mais acorde", suspirou a mulher.

Embora não gostasse de Margaret, ainda assim tinha simpatia pela velha, pois ninguém merecia estar naquele estado. Ele perguntou: "O que aconteceu? Como que ela ficou assim?"

"Não tenho ideia. Ela já tava desmaiada quando cheguei na casa deles", explicou Irene. Lembrando-se de como Loraine a incriminou, ela ficou furiosa e descarregou a frustração: "Como a Loraine se atreve a dizer pro Edric que eu fui a responsável pelos machucados da mãe dele? Ela me incriminou e disse que fui eu quem empurrou a Margaret. A pior parte é que o Edric acreditou nela. Isso foi tão frustrante que eu até comecei a brigar com ele".

"Vocês brigaram?" Thomas ficou surpreso.

"Sim, fiquei tão brava que perdi a paciência. Tio Thomas, por que aquela mulher me incriminou? Eu nunca ofendi ela antes."

"Talvez não tenha sido intencional?"

"Não, acho que ela fez de propósito. Parecia que ela queria que o Edric suspeitasse de mim."

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