O marido misterioso romance Capítulo 41

Steven estava de mau humor, e Jordan também. Ainda mais quando viu Irene sorrindo ao atender uma ligação de Bert, ficou ainda pior. Por conta disso, começou a descontar a raiva nela e a torturá-la sempre que podia.

Até mesmo David não aguentava mais. Em segredo, ele a aconselhou: "Você vai ter que aguentar por alguns dias. A doença do Sr. Reed tá piorando de novo".

Os surtos do homem não diminuíram mesmo depois de alguns dias. Já havia passado uma semana, e ele ainda continuava olhando feio para Irene e a tratando com desprezo. No momento em que ela atendia uma ligação de Kent, a doença piorava por um tempo.

Claro, Irene não discutia com Jordan por causa disso. Kinsey não estava muito otimista em relação a Bert no início, mas depois de se dar bem com ele algumas vezes, descobriu que o homem era educado, gentil e atencioso, então ela também elogiou a escolha da amiga.

Thomas também teve uma excelente impressão de Bert. Todas as pessoas em volta dela também pareciam ter. A mulher ficou aliviada e começou a namorá-lo formalmente.

Assim como homens e mulheres em relacionamentos normais, eles saíam para comer e para assistir filmes. Bert parecia não ter nenhum problema. Irene começou a se sentir ainda mais aliviada.

Ela planejava se dar bem com ele por um tempo antes de trazer Eden de volta. Aí, os dois poderiam se casar se a criança gostasse dele.

Hoje, quando Irene e Bert estavam comendo juntos, ele disse que o amigo dele iria fazer aniversário amanhã e gostaria que ela o acompanhasse. Sabendo que o homem pretendia apresentá-la aos amigos, ela concordou depois de pensar um pouco.

Na manhã seguinte, começou a garoar assim que Irene se levantou. Isso durou o dia inteiro. Quando a mulher estava saindo do trabalho, Bert ligou para ela e disse que estava esperando lá embaixo.

Irene viu que já tinha dado a hora, então arrumou suas coisas e se preparou para ir embora. No entanto, Jordan teve um surto e a obrigou a ficar por mais de uma hora até que não houvesse mais nada que ele pudesse pedir para ela fazer. Ressentido, enfim a deixou ir.

No momento em que saiu apressada da empresa, Bert já estava esperando lá embaixo havia mais de uma hora. Ela se desculpou várias vezes, mas o homem não parecia nem um pouco aborrecido. Disse que era o trabalho dela e que, portanto, deveria ser priorizado.

Ao ver como o homem era atencioso e generoso, Irene ficou muito emocionada. Bert deu partida no carro e disse a ela que a casa do amigo dele ficava a uma hora da cidade. Ele tinha pegado algumas bebidas e petiscos para ela comer antes. Como sentia fome, a mulher aceitou e começou a comer.

Os dois ficaram conversando no caminho. Pouco a pouco, Irene começou a sentir sono. Ela esfregou os olhos para ver se ficava mais alerta, mas sentia as pálpebras pesadas.

Bert disse com consideração: "Você tá muito cansada. Dorme um pouco. Te chamo quando a gente chegar".

Ela sabia que seria grosseira, mas estava com muito sono. Não conseguiu nem mesmo ouvir o que ele disse em seguida.

Quando acordou, ouviu a chuva caindo lá fora. Então, abriu os olhos e se viu deitada em uma cama. Estava muito escuro no lugar. Ela tentou se mexer um pouco e percebeu que os membros estavam pesados.

A memória começou a se clarear. Ela não estava indo com Bert para a festa de aniversário do amigo dele? O que estava fazendo nesse lugar?

Será que era a casa do tal amigo? Mas onde estava o namorado dela?

"Bert!" Gritou ela.

Mas não ouviu nenhuma resposta. Gritou mais algumas vezes, até que abriram a porta. Vários homens desconhecidos entraram ali. "Tá acordada?"

"Quem são vocês? Cadê o Bert?" Irene se assustou ao ver os estranhos que surgiram de repente.

"Não importa quem a gente é. O que importa é que você é a nossa convidada hoje à noite", disse um dos homens, com malícia. "Você é a mulher mais linda que já vi. Que pena que não faz pornô!"

"O que foi que você disse?"

"Acende as luzes!" Ordenou o homem. Quando o lugar foi iluminado, Irene viu com clareza o ambiente em que estava. Era uma sala cheia de câmeras, e as paredes tinham fotos obscenas penduradas nelas.

Ao ver aquelas fotos vulgares de pessoas nuas, Irene virou o rosto por instinto e, em seguida, levantou-se de um pulo por reflexo. Quando a viram correr direto para a porta, um dos homens agarrou a mão dela e a jogou com força no chão.

"Ei cara, seja gentil com essa mulher bonita. É a primeira vez dela, então é claro que tá um pouco tímida. Vamos drogar ela um pouco", ordenou um homem.

"Eu não quero ficar drogada!" Irene empurrou o comprimido que estavam prestes a colocar na boca dela.

"Seja obediente. Você vai ficar muito confortável depois de tomar isso aqui." O homem forçou a boca dela a ficar aberta e enfiou o comprimido lá dentro. Logo em seguida, derramou água ali para forçá-la a engolir.

Irene tossiu desesperada. Então, enfiou o dedo na garganta e vomitou o comprimido.

"Gatinha, se você tomar isso, vai se sentir como se estivesse nas nuvens. Mas, se não tomar, vai ser uma tortura pra você, já que vai ter que satisfazer mais de uma pessoa agora à noite. O tema de hoje é uma festa de aniversário. Quantos homens vão te pegar ao mesmo tempo quando chegar a hora? Tem certeza de que aguenta todos eles?"

"Eu imploro pra vocês me deixarem ir embora!" Suplicou Irene.

"Te deixar ir embora? Impossível!" O homem balançou a cabeça. "Já recebemos o dinheiro. Como que a gente poderia não fazer nada?"

"Quem te pagou pra fazerem isso comigo? Foi o Bert?" Irene estava ressentida e com raiva.

Do nada, um vulto com uma capa de chuva saiu de trás da parede e deu um soco na cara de Irene. Ela começou a ouvir um zunido e a ver estrelas. O corpo dela se estatelou no chão.

Quando acordou, já estava claro lá fora. Sua cabeça latejava, e ela não conseguia abrir os olhos. Sentiu-se ainda mais desconfortável depois de ver a luz ofuscante.

Isso a fez apertar um pouco os olhos. Nesse momento, a mente dela ainda estava um tanto confusa. Ela sentiu um leve cheiro de perfume de almíscar. Por que ele era tão familiar?

Tentou se lembrar, mas não sabia onde havia sentido o cheiro. Sua cabeça ainda doía muito. Ela levantou a mão para esfregar a testa, mas tocou sem querer em algo duro.

O objeto sólido emitia o calor de um corpo humano, o que a deixou tensa na mesma hora. As memórias da noite passada voltaram de repente, e ela abriu os olhos.

Um belo rosto estava bem na frente dela. Tinha feições equilibradas, um nariz bem definido, e os olhos eram tão apaixonados que pareciam querer derretê-la. A mulher gritou ao ver isso tudo com clareza.

Ah!

"Por que você tá gritando?" Perguntou a voz familiar de Edric, e o homem lançou um olhar provocante a ela.

"Você... Por que você tá aqui? Edric? O que você tá fazendo aqui?" Irene ficou tão chocada que não conseguia falar com clareza.

Ele colocou uma das mãos na nuca da mulher e a outra na cintura dela. Ela sentiu o hálito quente dele no próprio rosto. "Por que eu tô aqui? Essa é a minha casa, não é?"

"Sua casa?" Irene o encarou, incrédula. Os olhos do homem demonstravam muita alegria. Ele olhou descaradamente para o corpo dela, branco como a neve. "Irene, depois de tantos anos, você continua a mesma de antes!"

De repente, ela sentiu o rosto queimando. Costumava gostar de dormir nos braços dele, e, agora, estavam bem próximos como no passado.

Conseguia até sentir o calor emanando do corpo dele, o tipo de calor do corpo humano. Eles não estavam usando nenhuma roupa!

Irene ficou com vergonha e com raiva, depois tentou dar um tapa na cara dele. Edric, entretanto, foi rápido e agarrou a mão dela, de forma que ela não conseguia se livrar. A única opção da mulher foi xingar com raiva: "Edric, o que você fez comigo? Seu desgraçado! Como pode ser tão sem-vergonha?"

Edric franziu um pouco a testa e segurou com força as mãos dela. "O que você acha que vamos fazer se a gente estiver no mesmo quarto? Melhor, na mesma cama?"

Irene ficou desolada. Não havia nada que ela pudesse fazer agora! "Edric, você é tão desumano! Como tem coragem de me tratar assim?"