O marido misterioso romance Capítulo 63

Deborah ficou um pouco aliviada com a resposta da mulher. Muitos anos haviam se passado desde que tinham tramado para fazer Irene passar por um procedimento de esterilização sem que ela soubesse. Além disso, o médico que tinha operado nela já havia falecido em um acidente de carro. Mesmo se investigassem o assunto, seria considerado no máximo uma negligência médica. Ninguém nunca associaria Deborah e Lily a isso.

No entanto, não era esse o problema que estavam enfrentando agora. Se Edric soubesse que Irene podia ter filhos, a coisa ficaria complicada!

Vendo que a expressão da mãe tinha se tornado sombria, Lily não conseguiu evitar se sentir agitada e murmurou para si mesma: "Como que isso pôde acontecer? Mãe, o que a gente faz agora? O que eu faço se o filho for do Edric?"

Deborah não tinha tempo para confortar a filha. Ela sabia que as coisas já haviam saído do controle, mas não era hora de entrarem em pânico. Era necessário pensar em uma solução.

A mulher era diferente de Lily. Afinal, havia passado por muita coisa na vida. Sendo assim, em pouco tempo recuperou a calma. No momento, o que mais a preocupava não era que Irene fosse fértil, mas sim quem era o pai da criança.

Contanto que não fosse filho de Edric, as coisas ficaria bem. Do contrário, tudo o que haviam planejado iria pelo ralo.

Jordan ficou furioso por muitos dias depois que Edric arruinou a confissão de amor dele para Irene. No entanto, ele sempre foi uma pessoa que conseguia recuperar a determinação muito rápido. Assim, o homem manteve o sangue-frio e estava pronto para ir atrás dela outra vez.

Vendo que ela estava com Eden, ele soube que, para fazê-la feliz, não era necessário somente dar atenção para ela, mas também para o menino.

Contanto que a criança gostasse dele, Irene com certeza prestaria atenção nele também. Como resultado, Jordan começou a visitá-la com frequência.

Cada vez que ia lá, trazia consigo alguns brinquedos divertidos e comidas que Eden gostava. Crianças eram muito fáceis de persuadir. O menino logo começou a gostar dele.

Jordan aproveitou a oportunidade para perguntar ao garotinho se ele poderia se tornar seu pai. Eden hesitou e perguntou: "Mas se você virar o meu pai, o que acontece com o Nathan? Prefiro que ele seja o meu pai".

Quando o homem ouviu isso, sentiu-se muito magoado. Ele se perguntava como a criança ainda poderia estar pensando em Nathan, considerando quanto esforço ele havia feito para conquistar o coração do menino. No entanto, não se atreveu a dizer isso em voz alta. Apenas disse com calma: "A sua mãe não gosta do Nathan, ela gosta de mim. Entendeu?"

"A mamãe gosta mesmo de você?" Perguntou Eden, incrédulo.

"Claro! Olha pra mim! Eu sou muito mais bonito do que o Nathan. E o mais importante: eu sou mais inteligente. A sua mãe com certeza vai gostar de mim!" Disse Jordan, confiante.

"Você não é mais bonito do que o Nathan." O menino balançou a cabeça. Na opinião dele, Nathan era o mais bonito. "Mas se a mamãe gosta de você, posso te aceitar como meu pai."

Quando o homem ouviu Eden dizer que ele não era tão bonito quanto Nathan, quase fez cara feia para a criança. No entanto, as coisas que o garoto disse a seguir o deixaram satisfeito na mesma hora. "Eden, você é um menino tão bonzinho. Vou te levar no parque de diversões no domingo."

"Jura?" O garoto ficou entusiasmado no mesmo instante quando ouviu Jordan mencionar o parque de diversões. "A mamãe vai com a gente?" Perguntou ele.

"Claro que vai. Todos nós vamos! A gente é uma família." O homem estava nas nuvens.

No domingo, Jordan apareceu de novo de manhã cedo. Ignorando as reclamações de Irene, ele levaria o filho dela ao parque de diversões. Eden estava pulando de empolgação com a viagem, mas parou de sorrir quando viu que a mãe estava emburrada. Ele perguntou com hesitação: "Mamãe, eu queria ir ao parque de diversões. Você não quer ir junto comigo?"

Vendo que os olhos do menino brilhavam e que ele estava fazendo cara de pidão, Irene deu um longo suspiro e concordou.

Chegando lá, Eden estava de muito bom humor e pediu para ir uma vez na montanha-russa. "Mãe, mãe, eu queria ir na montanha-russa. Você pode ir comigo?"

Irene tinha medo de altura, então balançou a cabeça e recusou: "Você vai com o Jordan. Eu não vou!"

Vendo como o menino estava desapontado, Jordan o pegou no colo. "A sua mãe tem medo de altura. Mas não tem problema, nós dois podemos ir juntos!"

Irene viu como o homem era charmoso e ficou um pouco pensativa.

Se ele não viesse de uma família tão rica, até que daria um bom parceiro.

Eles se divertiram muito no parque de diversões até o meio-dia. Antes de irem embora, Eden pediu para comer em um restaurante. Irene e Jordan com certeza concordariam. O homem o tratava tão bem que os levou ao melhor restaurante da cidade.

Quando chegaram ao lugar, encontraram Margaret por coincidência. Quando a mulher os viu, ficou completamente surpresa. Achou Eden uma criança tão bonita, mas por que ele parecia tão familiar? Por reflexo, ela acariciou a cabeça do menino. "Que bonitinho!"

Jordan respondeu em um tom vitorioso: "Ele é o meu filho!"

Ela pensava que Edric se afastaria de Irene uma vez depois que Lily estivesse grávida dele. No entanto, o homem não mudou de ideia mesmo depois disso.

Uma das maiores razões para Lily concordar em ser a barriga de aluguel era que Margaret tinha certeza de que o filho se divorciaria da esposa. Ela nunca esperava que ele estivesse determinado a continuar com Irene, mesmo depois de tudo que Margaret orquestrou.

Mesmo com tantos problemas, algo aconteceu. Irene havia encontrado Lily no hospital e a empurrou, fazendo com que ela sofresse um aborto espontâneo.

Tendo perdido o neto, Margaret ficou tão furiosa que não conseguiu se controlar e espancou a nora. Em seguida, ameaçou se suicidar se o filho não se divorciasse da mulher.

Ao lembrar do passado, Margaret perdeu o apetite no mesmo instante. Aproveitando que Jordan havia levado a criança ao banheiro, ela se aproximou de Irene e perguntou: "Aquele menino é o seu filho?"

Irene ergueu os olhos para a mulher e respondeu com indiferença: "Sim!"

"E foi você que concebeu ele?" Continuou ela.

"Sim!" Irene era muito concisa.

"Como foi possível?" Margaret não conseguia acreditar. Ela fez essas perguntas à outra mulher porque pensava que o menino era adotado. Não diziam que os filhos adotados se pareceriam com os pais adotivos à medida que crescessem com eles?

"Por que não seria?" Retrucou Irene com desprezo. "Será que você não queria que eu tivesse um filho pelo resto da minha vida, Sra. Myers? Ou é porque eu, uma mulher infértil, te deixei muito inquieta por enfim ter conseguido engravidar?"

Margaret corou de raiva ao ouvir o sarcasmo da mulher. Era ela quem costumava ser má e insultar Irene, então não esperava que a ex-nora fosse tratá-la assim um dia também. Com o sangue fervendo e o rosto vermelho, ela saiu do restaurante.

No elevador, a única coisa que Margaret sentia era amargura. Ela se perguntava como Irene, que não devia poder ter filhos, tinha concebido um menino? O fato da ex-nora tê-la tratado com desprezo não era importante. O que mais a preocupava agora era Edric. Se ele soubesse que Irene era fértil, seria problemático.

Ela precisava perguntar a Marie o que estava acontecendo, portanto dirigiu até o hospital em que a médica trabalhava.

Entrando lá, foi direto para o Departamento de Ginecologia. Havia muitas pessoas esperando na fila para serem atendidas pela doutora, mas, mesmo assim, Margaret empurrou a porta e entrou sem ser chamada.