O marido misterioso romance Capítulo 73

Alguns dias depois, enquanto Irene estava trabalhando na empresa, ela recebeu uma ligação de Thomas. "Irene, o Eden sumiu!"

"Que horas ele sumiu?" A mulher estava chocada.

"Agora há pouco! Levei ele pra brincar no parque, e ele me disse que queria tomar sorvete. Fui lá e comprei um, mas, quando voltei, o menino tinha desaparecido!" Explicou o tio.

"Como isso aconteceu?" O coração dela estava a mil. Irene pegou o celular e foi correndo até o escritório de Jordan. Ignorando todos as outras pessoas no caminho, ela entrou lá e o chamou direto pelo nome: "Jordan, aconteceu uma coisa, e eu vou precisar sair mais cedo. Prometo que faço o resto do trabalho amanhã".

Vendo como a mulher estava pálida, ele entendeu na mesma hora que algo sério devia ter ocorrido. "Irene, o que aconteceu?"

"Meu filho desapareceu no parque! Eu preciso encontrar ele!" Explicou ela.

"Eu vou com você!" Jordan de imediato se levantou e a seguiu para fora da empresa. Os dois entraram no carro e foram direto para o parque onde o menino tinha desaparecido.

No caminho, dava para ver o pânico estampado no rosto de Irene. Ela ficava murmurando: "Meu Senhor, por favor, não deixe nada de ruim acontecer com ele. Se acontecer alguma coisa com o meu menino, como vou continuar vivendo essa minha vida patética?"

"Não se preocupa. Não vai acontecer nada com o Eden!" Confortou-a Jordan.

Em pouco tempo, eles chegaram ao parque onde a criança havia desaparecido. Irene saiu do carro e foi correndo até o lugar. Então, encontrou Thomas, que estava suando muito.

"Tio Thomas, você encontrou o Eden?" Perguntou Irene.

"Não, não encontrei, Irene. Até agora, todas as pessoas pra quem eu perguntei não viram ele antes", respondeu o homem. Os lábios dele tremiam.

"O que a gente faz? Ai, Eden, por que você saiu andando por aí? Não sabe como me deixa preocupada?" Exclamou Irene, que estava exasperada e sentia-se impotente.

Jordan também estava preocupado. Então, pegou o celular e ligou para um policial que ele conhecia: "Ronald, o meu filho desapareceu em Southlake Park. Por favor, arranje algumas pessoas pra me ajudar a achar ele".

Assim que desligou a ligação, Jordan se juntou a Irene para procurar o filho dela no parque, mas não encontraram nenhum sinal do menino. O homem estava achando que Eden não tinha simplesmente saído sozinho por aí.

Irene se sentia tão ansiosa que estava prestes a chorar. Por isso, ele não se atreveu a contar a ela sobre as suas suspeitas. Então, pegou a mão dela e foi direto para a sala de monitoramento, que pertencia à equipe de gestão do parque.

Assim que passaram pela porta, ele ordenou aos funcionários lá dentro: "Perdi uma criança. Me ajudem a checar as câmeras de segurança agora mesmo!"

As pessoas na sala de monitoramento olharam para o casal que invadiu o lugar de repente. À princípio, queriam recusar a ordem, mas, vendo o olhar intenso de Jordan, eles não conseguiram rejeitá-la.

Rapidamente encontraram a câmera que mostrava o lugar onde Eden desapareceu. Thomas estava na fila para pegar um sorvete na sorveteria, enquanto o garoto estava esperando lá perto.

Do nada, um homem de óculos escuros e de máscara se aproximou. Ele tinha trazido um brinquedo para tentar a criança. Curioso, Eden chegou perto dele. Depois disso, o homem de repente agarrou o menino e cobriu a boca dele, antes de fugir com pressa.

Tudo aconteceu tão rápido que quase ninguém percebeu.

Depois de assistir à filmagem, Irene começou a chorar muito. Suas lágrimas pareciam a água vazando de um cano estourado. "O que eu faço? O que eu faço?"

Jordan ficou angustiado ao vê-la chorar. Era a primeira vez que se sentia assim na vida.

"Não se preocupa, A gente vai encontrar ele! Eu tô aqui! Não precisa se preocupar!" Ele tentava consolar Irene. Enquanto isso, o homem ligou para um delegado da polícia, Ronald Brown. "Você já providenciou o pessoal pra vir ao parque? O meu filho foi sequestrado aqui. Pode ter relação com tráfico de pessoas. Espero que você arranje pessoas pra começar a investigar as câmeras nas ruas AGORA MESMO."

Do outro lado da linha, Ronald concordou prontamente. Jordan desligou a ligação e fez mais uma logo em seguida. "Traz alguém pra cá de imediato. O Eden desapareceu."

A pessoa do outro lado da linha era o assistente, David.

A administração do parque não tinha levado o caso a sério no início. Contudo, quando viram que Jordan tinha ligado para Ronald e tinha a capacidade de mobilizar as forças policiais para ajudá-lo a encontrar a criança, eles ficaram nervosos e pediram de imediato para a equipe do parque procurar Eden.

Jordan pediu ao segurança que mostrasse o vídeo de outra câmera. No monitor, era possível ver que o sequestrador havia entrado com a criança em um ponto cego da câmera. Depois disso, ele não aparecia mais.

Jordan franziu a testa e ordenou ao segurança que mostrasse o vídeo da câmera de vigilância na entrada do parque. Ele olhou para a tela com muito cuidado e, depois de um tempo, gritou de repente: "Pera aí!"

O segurança pausou o vídeo na mesma hora. Jordan apontou no monitor para um homem que tinha saído de uma van, e perguntou: "Acha que esse cara se parece com o homem que sequestrou a criança?"

"Pra mim, não parece", respondeu o segurança. A pessoa que tinha sequestrado Eden usava um casaco, um chapéu e óculos escuros, enquanto o homem na tela estava de camiseta.

"Olha pros sapatos dele!" Jordan apontou para os sapatos do homem. Ele poderia tirar a jaqueta, o chapéu e os óculos escuros em um instante, mas não poderia trocar os sapatos.

O segurança olhou bem para os sapatos do homem e concordou. "Eles estão usando os mesmos sapatos!"

"Dá zoom na placa da van dele!" Ordenou Jordan.

O segurança obedeceu. Jordan fez mais uma ligação. "Ronald, por favor, manda alguém prestar atenção na van que tem a placa com esse número. Suspeito que foi ele quem sequestrou o meu filho."

Enquanto conversava ao celular, ele saiu da sala. Nesse momento, Irene agarrou a mão dele e perguntou: "Jordan, pra onde você tá indo?"

"Me espera aqui. Vou sair pra dar uma olhada!" Respondeu o homem.

"Não quero esperar aqui. Quero encontrar o meu filho!" As pernas da mulher tremiam. O medo estava tomando conta do coração dela. E se não conseguissem encontrar Eden? O que ela faria?

Ai, pobre Eden! O que ela faria se seu filho adorável e obediente desaparecesse?

Vendo a reação de Irene, ele suspirou. "Tudo bem. Vamos procurar ele juntos!"

Jordan ajudou a mulher, que cambaleava, a sair de lá. Eles foram direto para o estacionamento do lado de fora do parque. Ele abriu a porta do carro e ajudou Irene a entrar. Depois, sentou-se no banco do motorista e deu a partida.

Assim que o carro passou pela entrada do parque, o celular de Jordan tocou. Era uma ligação de Ronald. "Sr. Reed, nós encontramos a placa que você está procurando. Ela apareceu na West Stream Road, e já estou enviando alguém para bloquear a rua enquanto conversamos."

"Obrigado, Ronald!" Depois de desligar a ligação, o homem acelerou no mesmo instante e foi direto para a West Stream Road.

Ele estava dirigindo um carro de luxo de edição limitada, que tinha um desempenho excelente. Em um instante, o veículo acelerou e saiu em alta velocidade, fazendo um barulho estridente e alto.

Em menos de meia hora, Jordan chegou até a West Stream Road. Quando o suspeito apareceu no lugar, a polícia que estava ali perto já havia vindo bloquear a rua.

De repente, ouviu-se o som de sirenes por toda aquela região. Logo em seguida, o celular de Jordan tocou, e era Ronald mais uma vez.

Ele disse que haviam encontrado a van em um pequeno beco no cruzamento da West Stream Road com a Yellow Ocean Road. O motorista tinha desaparecido, e a polícia estava procurando por ele nas proximidades. A criança foi encontrada em um sono profundo no veículo, e não havia nenhum ferimento aparente em seu corpo.

Ao ouvir a notícia, Irene ficou muito aliviada. Logo, eles chegaram à entrada do beco.

Antes mesmo de o carro ter parado direito, Irene já havia descido correndo. "Eden! Eden!"

A polícia a entregou o menino, e ela o segurou com força em seus braços. As lágrimas escorriam por suas bochechas. O medo, que há pouco a dominava, agora se condensava em lágrimas de alegria.

Jordan também abraçou Irene e Eden. Ele os confortou com carinho: "Tá tudo bem agora! Tá tudo bem agora!"

O choque quase havia matado Irene por dentro. Ela continuou segurando com força o filho e estava relutante em soltá-lo.

Jordan olhou para a mulher, que ainda tremia um pouco, e suspirou. "Vou levar ele pro hospital."

Irene assentiu. Carregando o filho, ela seguiu Jordan e entrou no carro. Lá dentro, ainda tremia como vara verde.

A mulher não conseguia imaginar o que faria se não tivesse conseguido encontrar seu pequeno Eden bem naquela hora. Ela não poderia continuar vivendo sem ele!

Jordan levou a criança ao hospital. O médico a examinou e disse que não era nada demais, mas o homem insistiu que eles deixassem o menino descansar lá para ficarem de olho nele por mais um tempo antes de lhe darem alta.

Eden ficou dormindo o tempo todo. Depois de esperarem muito, ele ainda não havia acordado. Vendo isso, Jordan ficou ansioso e foi de novo procurar um médico.

Irene estava em silêncio, sentada ao lado do garoto, e o observava; ele era seu filho, sua alegria, seu amor, aquele que ela carregou no ventre por nove meses. A mãe abaixou a cabeça e deu um beijo em Eden.

Nesse momento, dois policiais entraram. Depois de se apresentarem a Irene, eles se sentaram e disseram: "Pegamos o suspeito".

"Por que ele sequestrouo meu filho?" Perguntou a mulher.

“Ele disse que não era um sequestro. Alguém o pagou e pediu que ele escondesse a criança e a devolvesse depois de alguns dias”, explicou um policial.

"E quem pediu isso pra ele?" Gritou Irene, incrédula.

"Ele também não sabe. A outra pessoa o encontrou à noite e estava muito bem disfarçada. Ela estava usando um chapéu, uma máscara e um par de óculos escuros, então o suspeito não conseguiu ver a cara da outra pessoa. Os dois se encontraram na periferia da cidade, por isso também não havia nenhuma câmera de vigilância em volta. Sendo assim, gostaríamos de perguntar se você ofendeu ou brigou com alguém?"

Irene balançou a cabeça. Ela nunca havia ofendido ninguém em San Fetillo. Se tivesse que dizer com quem havia se desentendido antes, havia algumas pessoas, como Lily, Deborah e Margaret.

Porém, será que tinha sido uma delas? Irene não se atrevia a dizer esses nomes sem ter evidências, então apenas balançou a cabeça.

Os policiais perceberam que ela não tinha mais informações para dar, portanto, deixaram a enfermaria após fazer mais algumas perguntas.

Irene os acompanhou para fora do quarto. No elevador, encontrou-se com Edric, que tinha vindo com pressa. "Irene, me disseram que aconteceu alguma coisa com o Eden!"

"Aconteceu", respondeu ela com indiferença.

"E como ele tá agora?" Perguntou Edric, ofegando.

"Bem", disse Irene, com ainda mais indiferença dessa vez.

"Posso ver ele?"

"Não precisa", recusou Irene. "Sr. Myers, eu acho que é melhor você passar mais tempo com a sua noiva."

A palavra "noiva" mudou a expressão de Edric no mesmo instante. Parecia que a mulher não havia percebido a mudança no rosto dele. Ela acrescentou: "Como homem, você tem que ser mais responsável. Se ficar com a sua ex-mulher pelas costas da sua noiva, vai pegar mal pra você. Claro, Sr. Myers, talvez você não se importe com a sua reputação, mas eu me importo com a minha. Pra não me prejudicar, por favor, não vem mais me ver!"

Edric ficou parado no lugar, observando a mulher, fria, ir embora. Ele não conseguia descrever o que estava sentindo nesse momento.

Enquanto isso, Margaret já sabia que seus planos haviam fracassado. O objetivo dela não era sequestrar Eden, mas sim assustar Irene. Assim, quando soube que as coisas não tinham dado certo, ela não se incomodou.

À tarde, Marie foi vê-la. As duas não tinham nada a esconder uma da outra, por isso conversaram abertamente sobre o sequestro.

Marie suspirou e disse: "Acho que, dessa vez, eu fui uma idiota".

"Por que você tá dizendo isso?" Margaret estava confusa.

"Queria que você soubesse que acabei de ver o Edric no hospital. Ele tinha ido visitar a Irene e a criança, mas os dois ficaram do lado de fora e discutiram. Ela até deu um tapa na cara dele." Marie sabia que a amiga era uma mãe protetora. Margaret sentiria mais dor se alguém batesse em Edric do que nela própria.

Como era de se esperar, a mulher ficou furiosa quando ouviu isso. "O quê? Por que essa filha da p*ta bateu no meu filho?"

"Acho que a Irene já sabe a verdade. Afinal, você é a única que tem a motivação", explicou Marie.

"Então o que a gente faz agora?" Afinal, Margaret tinha feito uma coisa errada e se sentia culpada também.

"E daí se a Irene souber a verdade? Não tem nenhuma prova, de qualquer jeito. O que ela pode fazer a respeito?" Respondeu Marie.

"Eu sei. Mas isso não significa que ela ainda vai ter um motivo pra ver o Edric? É isso que me preocupa."

"Eu tenho um plano..." Sussurrou Marie. A outra mulher suspirou e disse: "Me conta. Vamos continuar tentando!"

Como um incidente tão grande havia acontecido, Jordan deu alguns dias de folga a Irene e pediu que ela passasse um tempo em casa com Eden.

A mulher também estava preocupada que o incidente tivesse traumatizado o filho, então ficou com ele em casa por dois dias. Ao meio-dia, Kinsey foi visitá-los.

Ela trouxe comida e brinquedos para o menino. Eden e Thomas foram brincar juntos na sala de estar. Então, Kinsey puxou a amiga para o quarto, fechou a porta, e murmurou: "Irene, encontrei a Lily e a Freya em um café hoje. Sabe do que aquelas duas babacas tavam falando? Foi a Margaret que mandou sequestrar o Eden".

"O quê?" Irene estava completamente chocada.

"Ela queria te forçar a sair de San Fetillo. Aquela p*ta velha pediu pra alguém sequestrar o Eden pra te ameaçar. Que mulher cruel!" Rosnou Kinsey.

"Como ela pôde fazer isso?" Irene estava tremendo de raiva.

"Eu ouvi aquela desgraçada, a Lily, dizer que a Margaret tava com medo de que você fosse ficar com o Edric de novo, foi por isso que fez aquilo. Irene, você precisa ficar longe dele no futuro", concluiu Kinsey.

"Você acha que eu não quero? Quando voltei, não pensei em ter nenhum contato com ele. Mas, nos últimos dias, ele sempre aparece na minha frente", suspirou Irene.

"O que que esse idiota de m*rda tá pensando?" sibilou Kinsey.

"Vai saber", respondeu Irene.

"Se ele vier te ver de novo, você precisa deixar claro pra esse homem que não existe nenhuma esperança de vocês se reconciliarem. O Edric é tão conhecido; eu me recuso a acreditar que ele ainda vai ter a cara de pau de aparecer na sua frente depois disso", explicou Kinsey.

Depois que a amiga foi embora, Irene, confusa e pensativa, foi fazer compras no mercado. Quando ela voltou, deparou-se com Edric.

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