O marido misterioso romance Capítulo 74

Irene ficou aborrecida ao ver Edric. Antes que ele abrisse a boca, ela gritou: "Sr. Myers, o que você quer de mim?"

"Irene!"

"Sabe como é chato você ficar aparecendo aqui todos os dias? Sabia que quase perdi o Eden por que você não tem vergonha na cara e fica me importunando?" Perguntou Irene.

"Irene, o que aconteceu com o Eden foi um acidente..." Ele parou de falar.

"Um acidente? Quem te disse isso? Edric, fique sabendo que foi tudo coisa da sua mãe. Foi a Margaret quem contratou um criminoso pra sequestrar o meu filho porque ela queria me ameaçar!" Disse Irene aos berros.

"Foi a minha mãe? Mas como isso é possível?" Perguntou Edric.

"Por que seria impossível? Ela já me ameaçou várias vezes. Tem alguma coisa que uma pessoa cruel como aquela mulher não pode fazer?" A voz de Irene estava se tornando cada vez mais aguda.

"Se foi mesmo ela quem fez isso, pode ter certeza que vou acertar as coisas pra você", prometeu Edric.

"Eu não preciso que você acerte nada por mim. Edric, por favor, eu te imploro, esquece de mim e do Eden. Eu não posso me dar ao luxo de me envolver com você ou com a sua família de jeito nenhum. Por favor, me dá uma chance de viver em paz!" Implorou Irene.

Edric ficou tão abatido quando viu como a mulher estava agitada. Ele não acreditava que sua própria mãe, Margaret, faria uma coisa dessas. Mas também percebeu que Irene não tinha outros inimigos. Quem mais trataria ela e Eden desse jeito?

Edric dirigiu para casa logo em seguida. Ele queria ficar cara a cara com a mãe para saber se foi ela quem fez aquilo.

Mas por que a mulher admitiria isso? Ela só disse que Irene estava contando mentiras, e os dois acabaram brigando feio.

No final, Edric saiu de casa furioso.

Margaret sentou-se na sala de estar, arquejando de raiva. Era tudo culpa de Irene. Era essa mulher que ficava fazendo com que ela e o filho brigassem. Margaret não aguentou mais e ordenou ao motorista que a levasse até onde Irene morava.

Em frente ao prédio dela, ela fez uma ligação para ex-nora. "Desce agora. Quero te perguntar uma coisa!"

Poucos minutos depois, a mulher apareceu na frente do carro de Margaret. A mãe de Edric foi direto ao ponto e a repreendeu: "Irene, que ótimo trabalho que você fez, hein. Provocou mesmo o Edric pra ele brigar comigo!"

"Eu provoquei ele pra vocês brigarem? Por que você não se pergunta se fez alguma coisa ilegal?" Zombou Irene. "Você é uma mãe, como pôde ser tão cruel e atrevida? Não tem coração?"

"Foi você quem me obrigou a fazer isso. Se não tivesse mexido com o Edric, eu precisaria fazer alguma coisa?" Retrucou Margaret.

Ela admitiu de verdade. Irene ficou tão irritada que o corpo todo começou a tremer. Ela perguntou: "Como pode ser tão horrorosa? Se você faz uma coisa dessas, qual é a diferença entre você e um animal? Que pessoa mais desprezível!"

Margaret ficou lá, furiosa, enquanto Irene lhe dava um sermão. "Irene, isso é o resultado das suas ações. Esse é só o começo. Se você não deixar de ser teimosa, não vai ser culpa minha, porque eu tô te avisando", sibilou ela.

"E o que exatamente você quer de mim?" Perguntou Irene.

"Meu pedido é simples. Fica longe do Edric e não estraga o noivado dele com a Lily", respondeu Margaret.

"Mas eu nunca cheguei perto dele!" berrou Irene.

"Se você não tá interessada no meu filho, aceita as minhas condições e sai de San Fetillo. Você já saiu da cidade antes, então por que voltou?"

"Não vou aceitar nada. É melhor você desistir!" Margaret cruzou os braços na frente do peito.

"É mesmo? Então vou ser bem clara. O sequestro do Eden foi só um aviso. Por isso, não posso garantir que nada de ruim vá acontecer no futuro", ameaçou Margaret. Suas palavras cortavam como uma faca recém-afiada.

"Eu vou te processar!" Gritou Irene, com a voz ficando cada vez mais aguda.

"E você tem provas de alguma coisa?" Zombou Margaret. "Irene, você não é capaz de bater de frente comigo."

"Eu me recuso a acreditar que você pode fugir da lei!" A voz estridente de Irene se assemelhava a um violino desafinado.

"Você tem razão, eu não consigo fazer uma coisa desse nível, mas tudo o que preciso fazeré manipular o seu mundo", disse Margaret com arrogância. "Claro, você pode tentar me enfrentar se não liga pra segurança do seu filho!"

"Margaret, quem semeia vento, colhe tempestade. Você é uma pessoa tão ruim que o karma vai te fazer pagar!" Praguejou Irene.

"Não tenho medo de nada disso. Eu faria qualquer coisa pela felicidade do Edric!" A mulher não se importou nem um pouco e continuou: "Não esquece do que eu te disse e não chega perto do Edric! Caso contrário, não vou ser responsável pela minha crueldade! Posso fazer qualquer coisa pelo meu filho!"

Margaret deu meia volta e saiu de nariz empinado. Irene ficou plantada ali mesmo, atordoada.

As palavras de Margaret não eram somente ameaças. As coisas eram exatamente como ela disse; a mulher nunca teria que levantar um único dedo para lidar com Irene. Afinal, sabia o ponto fraco dela: Eden. Portanto, Irene não poderia brigar por causa de Edric com alguém como Margaret.

Ela não sabia quanto tempo passou colada ao chão. De repente, uma mão tocou seu ombro, e alguém perguntou: "Por que você tá aqui sozinha a essa hora?"

Irene se virou e viu Jordan. O homem sorria e estava parado ao lado dela.

"Por quê você tá aqui?" Perguntou ela.

"Tava com saudades, então passei aqui pra ver como você tá!" Ele foi direto como sempre.

"Jordan, não tô a fim de brincadeiras", respondeu Irene.

"Não é uma brincadeira. Tô falando sério. Irene, não consigo evitar vir pra cá. Tô com muita saudade de você", confessou Jordan.

Ele abaixou a cabeça e olhou para ela. Os olhos dele brilhavam de sinceridade. A mulher não ousava encará-lo, portanto desviou o olhar de imediato.

Ele pegou a mão dela. "Irene, deixa eu cuidar de você e do Eden."

Ao ouvir isso, ela levantou a cabeça no mesmo instante. Não conseguia acreditar que Jordan diria algo assim para ela.

"Gosto de você e não consigo resistir à sua atração. Irene, não tô fazendo isso por impulso. Pensei muito no assunto antes de te dizer essas palavras. Confia em mim. Eu não vou te decepcionar!" Jordan confessou mais uma vez o amor dele pela mulher.

Atordoada, ela o fitava. Quando estava em seu pior momento, foi ele quem lhe confortou e lhe deu forças. Irene, que se sentiu vulnerável por tantos anos, conseguia mesmo se sentir segura nos braços dele.

Mas será que ele poderia mesmo ser sua fonte de conforto? Jordan não era apenas bonito e rico, mas também talentoso. Além disso, vinha de uma família poderosa. Ela temia que não fosse uma parceira adequada para ele.

Um homem desses era muita areia para o caminhãozinho dela, e Irene tinha medo de que o passado fosse se repetir.

"Quero dar um lar pra você e pro Eden. Irene, você pode tentar me aceitar e me amar?" Perguntou Jordan.

A voz do homem era perigosamente magnética. Confusa, Irene olhou para ele. No momento em que estava mais desesperada, que foi quando quase perdeu Eden, foi ele quem a segurou em seus braços. Foi o abraço dele que a confortou.

"Jordan, você tá falando sério sobre a gente? Você vai sempre me tratar bem?" Sussurrou Irene.

Ele assentiu. "Tudo o que eu te digo é sincero, e sempre vou te tratar bem! Juro!"

As lágrimas brotaram dos olhos de Irene. Ela colocou a mão em cima da boca de Jordan. "Não preciso de promessas ou votos!"

"Tudo bem! Não vou te jurar nada. Vou é te mostrar que tô falando sério!" Ele agarrou a mão da mulher, puxou o corpo delicado dela para perto e abraçou-a.

"Irene, eu costumava ser um playboy e sempre saía com várias mulheres. Mas isso era porque não tinha encontrado nenhuma digna do meu amor. Agora que achei você, nunca vou te largar. Não importa que dificuldades me aguardem no futuro, nunca vou te largar!"

Irene, que sentia o calor do forte abraço do homem, refletia sobre os próprios sentimentos confusos. Embora Jordan fosse um playboy, ela sabia que ele tinha um coração de ouro.

"Jordan, se você gosta mesmo de mim, vou tentar te aceitar e te amar. Vamos dar uma chance um pro outro!"

Nesse momento, Edric estava sentado no carro, olhando para o belo veículo à sua frente. Dentro desse veículo, Irene parecia radiante e muito feliz enquanto conversava com Jordan.

O sorriso dela o deixava nervoso. Edric costumava ver homens levando Irene para casa antes, mas nunca a viu com um sorriso tão alegre.

O que diabos tinha acontecido? Por que a mulher estava tão feliz?

"Irene, você fica linda quando sorri. Por que não mostra o seu sorriso mais vezes daqui pra frente?" Jordan encarava o lindo rosto da mulher e a elogiou. Essa era a verdadeira Irene. Era uma mulher assim que ele queria; Linda, não só apenas inocente. Pensando em como poderia ver esse sorriso deslumbrante todos os dias no futuro, Jordan estava nas nuvens.

"Isso depende de você. Se eu não estiver feliz, como vou sorrir?" Riu ela.

"Eu vou te fazer feliz", prometeu ele.

Jordan estacionou o carro na frente do prédio, e Thomas se aproximou com Eden. "Mamãe!" O menino se jogou nos braços de Irene e ficou lá um tempo, depois foi até o homem.

"Jordan!" Cumprimentou-o Eden.

"Me chama de 'papai'!" Jordan olhou feio para o garoto, que olhou para a mãe e viu o sorriso no rosto dela. A criança o chamou com doçura: "Papai!"

"Bom menino!" Jordan ergueu Eden bem alto. O menino riu e exclamou: "Mais alto! Mais alto!"

Thomas também ficou encantado. "A janta tá pronta. Vamos comer!"

Durante a refeição, Thomas tocou no assunto da escola de Eden. "Os professores vieram hoje e disseram que ele precisaria ser alguns meses mais velho pra se matricular no jardim de infância nesse ano. Falaram que é melhor matricular ele no ano que vem."

"Mamãe, quero ir pra escola e brincar com os meus amigos", choramingou Eden, olhando para a mãe.

Ao ouvir isso, Jordan olhou para Irene e perguntou: "Tem um limite de idade pra matricular uma criança no jardim de infância?"

"Nessa escola, sim. O Eden não pode entrar até ter três anos de idade", respondeu Irene.

“Por que tem que ser nessa escola? Você pode matricular ele em uma que seja bilíngue. Eles têm instalações ótimas, e a qualidade do ensino também é melhor”, sugeriu Jordan. Percebendo que a mulher evitava o olhar dele, ele entendeu de imediato qual era a preocupação dela. "Eu pago!"

"Com o seu dinheiro? A minha... A minha consciência vai ficar pesada", recusou Irene.

"Você é tão boba e fofa!" Riu Jordan, acariciando o rosto da mulher. "A gente vai ter que dividir as contas mesmo depois de nos casarmos? Olha, de agora em diante, tudo o que tenho também é seu!"

O rosto dela corou de repente. Ela não conseguiu evitar olhar nos olhos de Jordan. Diziam que eles eram as janelas da alma. E os olhos dele exprimiam uma sinceridade infinita. Ela abaixou a cabeça por reflexo, mas por dentro estava muito feliz.

Mesmo depois que Eden havia adormecido, Jordan ainda não havia ido embora. Irene colocou o filho na cama e o cobriu. De repente, o homem chegou por trás e envolveu a cintura dela. Em seguida, deu um beijo suave em seu pescoço.

Ela ficou tensa. Apesar de ele já tê-la beijado antes, estava bêbado quando o fez. Os dois nunca haviam se beijado em uma situação em que ambos estivessem sóbrios.

O instinto dela dizia para afastá-lo, mas ela não o colocou em ação. Jordan vinha de uma boa família e era o homem mais bonito aos olhos dela. Além disso, ele tratava ela e Eden tão bem. Portanto, a mulher não tinha motivo para recusar.

Jordan a virou bem devagar e roçou os lábios dele nos dela, já que ela não estava demonstrando resistência. Apoiando-se no peito do homem, Irene permitiu que ele a tomasse...

Depois de um tempo, Jordan a soltou, abraçou-a com força e sussurrou: "Irene, não quero ir embora hoje!"

O rosto dela ficou vermelho de repente. Ela bateu na cabeça dele e o avisou: "Ei, não me trata como se eu fosse uma mulher qualquer!"

"Me escuta!" Jordan agarrou a mão dela e olhou nos olhos da mulher. "Nunca vou te deixar, tá bom? Irene, casa comigo!"

"Casar?" Repetiu ela.

"Sim, vamos nos casar! Agora mesmo, aí você pode se mudar pra minha casa. Assim, eu posso dormir com você do jeito certo!" Ele riu baixinho.

"Você é tão safado!" Irene olhou feio para ele. Casar-se não era uma coisa tão simples assim. E ela com certeza não deixaria Jordan decidir isso sozinho. "Deixa eu pensar", respondeu a mulher.

Ela estava insinuando que ele também deveria refletir sobre isso.

O homem colocou a mão sobre os lábios vermelhos de Irene. "Como você é boba!" Era evidente que ela ainda tinha dúvidas. O coração dele doeu um pouco, e ele se perguntou o que poderia fazer para que ela tivesse mais confiança nele.

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