O marido misterioso romance Capítulo 87

Edric correu para dentro de casa e se deparou com o caos. Primeiro, separou Kinsey e Loraine, que estavam brigando uma com a outra.

Então, viu Irene, que estava em cima de Margaret e tinha as mãos em volta do pescoço dela. A mulher estava sufocando, e seus olhos estavam revirando para trás. Horrorizado, Edric se aproximou a empurrou Irene para trás.

Antes, Margaret estava lutando para respirar enquanto era estrangulada pela ex-nora. Por um segundo, pensou que fosse morrer. Quando enfim conseguiu respirar, estava ofegante e inspirava com força.

"Mãe, você tá bem?" Edric foi ajudá-la a recuperar o fôlego na mesma hora. Margaret ainda arquejava enquanto olhava para ele. Seu salvador tinha vindo!

"Edric, você veio bem na hora. Olha só o que essa p*tinha fez! Ela entrou na minha casa pra me atacar, e tentou me matar!" Chorou Margaret.

Ao ver o cabelo desgrenhado da mãe e a marca vermelha no pescoço dela, Edric ficou furioso. Ele se virou e olhou feio para a ex-esposa. "Irene Nelson, o que você tá fazendo? Hein?"

"Edric Myers, por que você não pergunta pra sua mãe o que ela fez?" Bufou Irene, lançando um olhar feroz para Margaret, como se quisesse esmagá-la.

"O que você fez agora?" Edric olhou de volta para a mãe.

"Eu não fiz nada. Essa v*diazinha invadiu a casa e começou a me bater de repente. Ai, minha cabeça! Como eu tô tonta!" Choramingou Margaret.

"Você ainda tá se fazendo de sonsa! Não foi você que sequestrou o meu filho? Margaret Moore, Deus tá vendo. Vai ser punida pelo que fez!" Declarou Irene.

"Eu não sequestrei o filho dela. Edric, acredita em mim, eu juro que não sequestrei o filho dela!" Insistiu Margaret.

"Para de fingir. Da última vez, você pagou alguém pra sequestrar ele. Deve ter feito a mesma coisa hoje. Se alguma coisa acontecer com ele, vou garantir que você pague com a sua vida!"

Enquanto eles discutiam, o celular de Kinsey tocou. "Você encontrou o Eden? Tudo bem. A gente volta daqui a pouco." A surpresa estava estampada no rosto dela.

Todo mundo tinha ouvido Kinsey. Irene ficou pasma, mas estava muito feliz. "É verdade mesmo que encontraram o meu filho?"

"Sim, é verdade. Aparentemente, ele caiu em algum lugar perto do hospital." Kinsey puxou a amiga e se dirigiu para a porta. "Vamos lá ver!"

Margaret se levantou de um salto e deteve Irene. "Edric, você ouviu isso? Encontraram o filho dela; ou seja, eu não fiz nada dessa vez. Mas ela entrou aqui e me bateu. Eu não vou só aceitar isso! Chama a polícia agora mesmo pra ensinar uma lição pra essa vagabunda, que invadiu a nossa propriedade e me agrediu! Não vou descansar até ela ir pra prisão!

"Irene, você tem que se desculpar com a minha mãe!" Ele agarrou a mão da ex-esposa. A mulher tinha, de fato, feito essas coisas. Se Margaret levasse mesmo esse assunto à polícia, essa história não acabaria bem para Irene.

"Por que eu deveria me desculpar?" Bufou ela. "Mesmo que não tenha sido culpa dela dessa vez, ela realmente pagou alguém pra sequestrar o meu filho antes. Ainda por cima, me ligou e me ameaçou pra eu ir embora de San Fetillo. Você quer que eu peça desculpas pra alguém que colocou o meu filho em risco?"

"Cadê as suas provas?" Vociferou Margaret. "Filho, essa mulher tá mentindo. Nunca fiz nada parecido."

"Irene, não importa o que aconteceu da última vez, você errou ao invadir a casa e bater na minha mãe. Quero que se desculpe agora mesmo!" Ele a encarava.

"Edric, eu nunca vou me desculpar com ela!" Bufou Irene, desvencilhando-se da mão do homem. Ele a agarrou de novo e falou: "Não vou te deixar ir embora se não fizer isso!"

"Edric, tia Margaret, por favor, me escutem. A Irene só tava ansiosa porque ficou desesperada pra encontrar o filho dela. Ela não tinha a intenção de machucar você, tia Margaret. Por favor, perdoa ela só dessa vez!" Lily, que havia ficado em silêncio até esse momento, de repente ficou do lado da meia-irmã.

Irene bufou ao ver Lily fingindo. "Eu não preciso que você me defenda. Guarda a sua falsa bondade pra você mesma."

"Olha pra ela! Olha como é arrogante! Isso é inaceitável!" Margaret estava tão exasperada que tremia.

"Lily, você é boazinha demais! Não precisa defender essa p*ta. Três anos atrás, eu quis botar ela na cadeia por ter causado o seu aborto, mas você me impediu. Mesmo agora, eu ainda consigo sentir o sangue fervendo só de lembrar. Se essa desgraçada não tivesse te empurrado, o meu neto estaria com três anos hoje. Essa maldita é uma pessoa tão horrível! Ela não só nunca se arrependeu, como também veio aqui em casa pra me atacar. Vou ligar pra polícia, pois quero ela na cadeia!"

Margaret pegou o celular e estava prestes a ligar para a polícia. Lily se aproximou e a deteve. "Tia Margaret, por favor, perdoa ela só dessa vez! Eu imploro!"

Depois, virou-se para Edric e disse: "Edric, me ajuda a conversar com ela!"

"Mãe, esquece isso. Deixa pra lá, vai", afirmou ele. "É melhor vocês irem embora agora!"

Irene estava preocupada com Eden, então ela e Kinsey se viraram para sair. No entanto, Margaret se aproximou com pressa e a agarrou. "Não! Ela não vai embora! Eu exijo uma explicação."

Lily se aproximou rapidamente, segurou Margaret e pediu, "Por favor, deixa isso pra lá!" Mesmo assim, a velha ainda estava furiosa com Irene. No meio da confusão, Lily pisou sem querer no pé da meia-irmã. Doeu tanto que Irene achou que o salto alto de Lily fosse quebrar os dedos dela.

Ela fez uma careta de dor e, sem pensar, ergueu o braço para dar um tapa em Lily. Infelizmente, era Margaret quem estava na frente dela. Irene acertou um tapa bem forte no rosto da velha. A expressão de Edric mudou no mesmo instante. "Irene Nelson, você foi longe demais!"

"Como teve coragem de fazer isso?" Lily olhou para a meia-irmã, parecendo incrédula. Irene lançou um olhar feroz a ela. Viu com clareza que foi Lily quem empurrou Margaret para frente. "Sua p*ta!"

"Ela me deu um tapa e me chamou de..." Margaret estava tão fora de si que cambaleou para trás e desmaiou.

"Mãe..." Chamou Edric. "Tia Margaret..." Ele e Lily a seguraram. Em meio à confusão, Irene e Kinsey foram embora.

Elas correram de volta para o hospital. A enfermeira que estava cuidando de Eden reclamou ao vê-los: "Onde vocês tavam? Por que demoraram tanto?"

"Cadê o menino?" Perguntou Kinsey.

"Ele caiu num bueiro e ficou todo encharcado. Agora, tá com febre alta e tá recebendo uma infusão de soro", respondeu a enfermeira.

Irene sentiu um forte aperto no peito. Ela correu para o lado do filho. O rostinho dele estava vermelho por causa da febre. Ela segurou a mão da criança e disse: "Eden, eu sinto muito. Isso é tudo culpa minha. Eu falhei como mãe. É tudo culpa minha!"

"Ainda bem que alguém achou ele. Senão... Não quero nem pensar no que poderia ter acontecido", interrompeu a enfermeira.

"Quem achou ele? Quero agradecer a pessoa que salvou o meu filho", afirmou Irene.

"Foi o familiar de um dos pacientes do hospital. Ele deixou o seu filho aqui e foi embora sem falar o nome dele", respondeu a enfermeira.

"Ainda bem que alguém achou ele." O alívio estava estampado no rosto de Kinsey.

Depois que Margaret desmaiou, Edric de imediato a deitou no chão e ergueu a cabeça dela. Então, colocou um remédio na boca dela. Depois de muito tempo, a mulher recobrou a consciência.

"Mãe, como você se sente?" Ao ver Margaret abrir os olhos, Edric deu um suspiro de alívio. Ela o encarou por um momento e de repente começou a chorar.

Edric a consolou até ela se acalmar. Ela disse: "Você sempre dizia que era eu que magoava aquela mulher. Admito que fui um pouco dura por ela ser infértil. Mas você viu o que aconteceu hoje com os seus próprios olhos. Ela entrou aqui e quase me estrangulou. Antes de ir embora, ainda me deu um tapa bem na sua frente. Não importa o que eu fiz no passado, eu ainda fui a sogra dela. Além disso, sou uma mulher mais velha. Se ela tivesse o mínimo de amor por você, acha que teria me tratado desse jeito?"

Edric ficou em silêncio. Irene tinha exagerado hoje, mas Margaret também não estava totalmente isenta de culpa. Devia haver algo mais que ele não sabia. O homem ficou mudo por um instante, e então perguntou: "Mãe, é verdade que você usou o filho dela pra fazer ameaçar ela?"

"É, mas eu só queria assustar ela. Não planejava machucar de verdade a criança." Margaret não quis negar.

"Você usou o filho da Irene pra ameaçar ela. Se alguém tivesse me usado pra te ameaçar, você ficaria quieta?" Edric sabia que a mãe tinha feito algo realmente terrível para deixar Irene furiosa daquele jeito.

"Agora você tá me culpando? Mas eu fiz tudo isso pro seu próprio bem." Margaret achava que não havia feito nada de errado. "Você só tem olhos pra aquela p*ta. Enquanto isso, ainda tô esperando pra ter um neto!"

"Eu sei que você quer o melhor pra mim, mas eu sou uma pessoa, não um fantoche. Consigo pensar por conta própria, então para de impor suas ideia a mim, ok?" Explicou ele.

"Tá bom, não vou mais fazer isso, mas não vou só perdoar ela pelo que aconteceu hoje. Ela não tinha motivo nenhum pra me bater. Se a notícia se espalhar, de onde vou tirar coragem pra olhar na cara das minhas amigas? Não vou deixar ela sair impune. Essa mulher precisa pagar pelo que fez!" Gritou Margaret, decidida.

"Mãe, o que é que você quer?" Edric estava frustrado além da conta. Mesmo sabendo que era bem provável que a culpa fosse de Margaret, ele ainda se sentia muito triste por Irene ter atacado a mãe dele. Ainda que a mulher mais velha estivesse errada, ela ainda era a ex-sogra de Irene. Será que a ex-esposa ao menos pensou em como ele seria impactado pelas ações dela?

"Quero que você chame a polícia e deixe eles lidarem com isso. Quero que a Irene pague por ter me agredido", exigiu Margaret.

"Mãe!" Edric massageou as têmporas. Não tinha como defender Irene, considerando o que ela fez. Se a mãe levasse mesmo o assunto à polícia, a ex-esposa com certeza teria problemas. O que ele deveria fazer?

"Edric, eu sou a sua mãe. Eu te coloquei no mundo e te criei. Vai ficar de braços cruzados e deixar ela me bater?" Enfatizou Margaret.

Vendo que o filho estava em silêncio, ela tentou se levantar. "Se você não vai chamar a polícia, eu faço isso sozinha. A casa tem câmeras de vigilância, é só passar os vídeos pros policiais. Não acho que ela vai conseguir escapar da lei."

"Mãe, por favor, perdoa ela. Ela já tá numa situação de m*rda!" Ele deteve a mãe.

"Tia Margaret, por favor, esquece o que a Irene fez. Cuidar do filho sozinha não tá sendo fácil pra ela. Ela deve ter entrado em pânico hoje, e foi por isso que perdeu a paciência com você", Lily, que estava em silêncio até então, também tentou persuadir Margaret.

"Lily, você é muito gentil e inocente. Se ela fosse tão obediente e atenciosa quanto você, acha que eu precisaria fazer isso?" Margaret sibilou de ódio: "Eu não ligo, ela não vai sair impune."

"O que você quer? Vai ficar satisfeita se ela for presa por alguns dias? Mãe, ela ainda tá machucada e tem um filho de três anos pra criar. Você tem coragem de fazer uma coisa dessas?" Perguntou Edric.

"Sim, ela tem um filho, e ele é um menininho tão adorável. Faz isso por ele; perdoa a Irene", implorou Lily.

Margaret se lembrou do rosto fofo de Eden. Ela própria já havia sido mãe solteira, então sabia muito bem o que o menino significava para Irene. Apesar de tudo, ainda estava relutante em não se vingar. "Eu posso deixar barato, mas, Edric, você precisa me prometer uma coisa."

"O quê?" Perguntou ele.

"Corta ela da sua vida e fica noivo da Lily o quanto antes. Você nunca mais pode ter nenhum contato com aquela mulher", exigiu Margaret.

Edric não disse nada. Lily interrompeu na mesma hora: "Eu terminei com ele".

"O que você disse? Quando?" Margaret estava chocada.

"Nós terminamos ontem. Mas, por favor, não fica brava com ele. Fui eu que pedi pra gente terminar. Me sentia tão exausta nesse relacionamento e não queria mais continuar assim", explicou Lily.

"É mentira. Deve ter sido ideia do Edric. Foi por causa da Irene, né?" Margaret encarava o filho.

"Não, não tem nada a ver com ele. Foi ideia minha. Não queria mais viver desse jeito. Já tô gostando de outra pessoa", respondeu a garota.

A mulher lançou um olhar feroz para Lily e depois para o filho. De repente, ela revirou os olhos e acabou desmaiando outra vez; não estava fingindo!

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