O marido misterioso romance Capítulo 93

Margaret disse que Edric os levaria para casa, mas foi John quem dirigiu. Lily e Deborah sentaram-se no banco de trás, enquanto Edric estava no banco do passageiro. Embora estivessem em quatro dentro do carro, a atmosfera estava inesperadamente deprimente. Ninguém falou uma palavra durante o caminho todo.

Confuso, John olhou para o chefe. Por que parecia que Edric estava de mau humor? O que tinha acontecido?

Quando chegaram à casa da família Cook, Edric não desceu do carro. Lily também não se agarrou a ele como de costume. Em vez disso, ela se despediu de maneira sensata e saiu.

Quando o carro dele desapareceu de vista, Lily suspirou e perguntou: "Mãe, você acha que a Margaret acreditou no que você disse pra ela?"

"Mesmo que não tenha acreditado agora, vou insistir até que ela acredite!" Bufou Deborah. Ela sentiu o rosto ficar tenso de tantos sorrisos forçados que teve dar apenas para explicar as coisas a Margaret mais cedo. Pensando em como tudo aconteceu por causa de Irene, ela xingou em voz baixa: "Maldita seja aquela p*tinha! Ela voltou justo agora de propósito. Mas que m*rda!"

"Sim, eu fiquei tão nervosa hoje. Pensei que ela fosse fazer uma confusão, mas no fim acabou não fazendo nada", concordou Lily.

"Falando nisso, como tão indo as coisas com o Edric?" Perguntou a mãe.

"Ele confia em mim. Parece que não vamos ter problemas por enquanto", respondeu a filha.

"É verdade. O Edric sempre te achou uma garotinha inocente. Além disso, se sente culpado por você não poder ter filhos. É provável que ele não vá desconfiar de você. Mas você precisa tomar cuidado no futuro", avisou-a Deborah.

Ela continuou: "Por mais que esteja tudo certo com o Edric, ele ainda é respeitoso demais com a mãe dele. Se a Irene tivesse feito um esforço pra agradar a Margaret naquela época, ela não teria acabado nesse estado tão patético. Você precisa se lembrar de não provocar ela, não importa o que aconteça. Enquanto a Margaret estiver feliz, o Edric também vai estar".

Lily concordou. Lembrando-se de como a mulher havia ameaçado tirar a própria vida para forçar o filho se divorciar de Irene, ela decidiu que jamais deveria contrariá-la e sempre deveria bajulá-la.

As duas ficaram na porta por um tempo. Só então decidiram abri-la e entraram na casa. Irene já havia acordado do cochilo e comia na sala de jantar. Maisy e Steven estavam sentados ao lado dela e a observavam.

Agora que havia tomado banho e dormido um pouco, Irene parecia revigorada. Ela não estava tão letárgica quanto antes e comia com gosto o macarrão que a empregada havia feito. "Maisy, já faz muito tempo desde a última vez em que comi seu macarrão. Continua a mesma delícia de sempre!"

Maisy olhou com amor para Irene. "A partir de hoje, cozinho o que você quiser todos os dias!"

"Obrigada!" Irene deu um sorriso doce para a empregada e continuou comendo.

Steven ouviu o barulho da porta e se virou. Quando viu Deborah e Lily, ele falou com frieza: "Ah, vocês voltaram".

Com um sorriso largo no rosto, Deborah se aproximou e perguntou: "Steven, por que a Irene tá comendo macarrão? A gente deveria levar ela num restaurante".

"Ela disse que não queria incomodar, então pediu pra Maisy fazer um pouco de macarrão", respondeu Steven.

"Amanhã, faço questão de preparar a comida pra dar as boas-vindas a ela", disse Deborah.

Irene comeu o resto da comida e pousou os talheres no prato. Então, levantou-se da mesa e falou: "Tô satisfeita. Antes de eu subir, Maisy, por favor, me ajuda a arrumar a louça!"

Ela havia ignorado Deborah por completo, mas a mulher não ficou nem um pouco irritada com isso. Muito pelo contrário; não parava de sorrir.

Steven ficou satisfeito com o comportamento da esposa. Quando viu que a filha havia subido, fez um gesto para que Deborah fosse ao escritório. Os dois entraram, e ele fechou a porta e perguntou: "A Margaret não disse nada, né?"

"Não, ela só tá muito surpresa com a presença da Irene. Eu disse pra ela que o Thomas levou a sua filha embora quando ela era criança, e nós não sabíamos nada dela até agora", respondeu a mulher.

Steven assentiu. "Quer ela acredite ou não, é isso aí. A Margaret é uma mulher horrível. Quando vi como ela foi agressiva com a Irene hoje, fiquei muito preocupado que a Lily pudesse acabar na mesma situação..."

"A Lily vai ficar bem. A Margaret não sabia que a Irene era a sua filha naquela época, mas agora as coisas são diferentes. Ela tem que tratar a nossa filha bem por respeito a você", argumentou Deborah.

O homem concordou. Ele estava tão feliz com o fato de Irene ter decidido voltar para casa. Em seguida, disse a Deborah: "Agora que a minha filha tá de volta, você precisa se lembrar de ser legal com ela. Os humanos são seres emocionais. Se tratar a Irene bem, tenho certeza de que ela vai mudar de ideia em relação a você".

"Eu sei. Não se preocupa. Vou tratar a Irene como se ela fosse a minha própria filha", respondeu a mulher.

Steven murmurou em um tom que não era mais tão áspero: "Obrigado!"

Quando Edric voltou para casa, já fazia muito tempo que Margaret o esperava na sala. "Filho, por que você voltou tão tarde?"

Ele foi até ela, sentou-se e perguntou: "Mãe, por que você ainda tá acordada?"

"Não vê que tô te esperando? Como eu poderia dormir depois de acontecer uma coisa tão grande? Tava te esperando pra gente conversar sobre isso", respondeu Margaret.

"E o que mais tem pra dizer?" Questionou ele.

"Você não tá surpreso?" Ela estava muito insatisfeita com a atitude do filho. "Já vi muitas coisas na minha vida, mas nunca me deparei com algo tão absurdo. A Irene e a Lily, na verdade, são irmãs, mas por que não são nem um pouco parecidas?"

"Até mesmo gêmeos biológicos não são idênticos, que dirá meios-irmãos", respondou Edric com franqueza.

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