O misterioso toque do amor romance Capítulo 346

Foi realmente obra de Melissa! Cristina discretamente mordeu o lábio enquanto a raiva a invadia.

Apenas quando o barista terminou de preparar o café dela e a chamou, ela saiu de seus pensamentos.

Cristina pagou pelo café, pegou a bebida e saiu.

Enquanto isso, Melissa acabou de saber pela professora do jardim de infância que Cristina havia retirado as crianças da escola.

Sentindo-se triunfante, ela elogiou Norman por fazer um bom trabalho.

“Mamãe, quando você vai me levar para brincar da próxima vez?”, Norman falou humildemente.

Melissa havia lhe dito para tratá-la como Mamãe e Nathan como Papai, e como ele ansiava por afeto parental, sentia que seu relacionamento era real sempre que os chamava dessa maneira.

“Estou muito ocupada com o trabalho, então não tenho tempo para levar você para brincar. Não temos uma babá em casa?” Melissa parecia um pouco impaciente.

A voz de Norman ficou mais submissa. “A babá não é a Mamãe.”

“Tudo bem, está bem. Vou te levar para brincar neste fim de semana.” Melissa achou que Norman ainda tinha algum valor para ela, então queria apaziguá-lo para evitar que ele fosse desobediente no futuro.

Ela teve que ir ao depósito para verificar um lote de materiais.

Havia vários depósitos, principalmente para o armazenamento de mercadorias.

Usando saltos altos, ela avançou. Depois de verificar os materiais e se preparar para sair, percebeu que a porta que deixou aberta na entrada agora estava trancada.

Melissa bateu na porta. Normalmente, ninguém iria ao depósito.

Uma vez que a porta estava trancada com um código e geralmente inacessível a pessoas de fora, ninguém estava encarregado de vigiá-la.

Nesse momento, o ar condicionado ficou subitamente mais frio.

O ar gelado continuou a soprar pelos dutos como água jorrando de uma represa quebrada, espalhando-se por todo o depósito.

A temperatura caiu rapidamente, fazendo Melissa tremer. Percebendo que algo estava errado, ela rapidamente pegou o telefone para ligar para Santiago em busca de ajuda.

Ao desbloquear o dispositivo, ela percebeu que não havia sinal.

Melissa praguejou e bateu na porta algumas vezes com frustração. Infelizmente, apenas um silêncio total se seguiu.

Inicialmente, ela ainda tinha alguma energia, mas depois de bater algumas vezes, ela perdeu suas forças e só pôde se encolher em um canto.

O calor gradualmente desapareceu de seus membros, e suas mãos e pés eventualmente ficaram rígidos.

Um tempo indeterminado passou antes que a porta fechada fosse lentamente aberta.

Uma figura esguia entrou. Cristina a olhou fria e com desdém, revelando um sorriso.

“É você! Você fez isso de propósito...” A voz de Melissa tremia quando ela falou.

Ela queria se levantar e dar um tapa em Cristina, mas não conseguia se mexer.

Cristina havia usado um bloqueador de sinal para impedir Melissa de estabelecer contato com o mundo exterior.

Naquela noite, ela suportou o ar condicionado mordaz por mais de meia hora. Agora, ela estava apenas fazendo Melissa sofrer da mesma maneira por uma hora. A simples ideia disso fez Cristina sentir que estava sendo benevolente.

Ela se aproximou e a encarou com uma expressão gelada. “Não é agradável ficar presa em um lugar com ar gelado, não é?”

Ela queria que a mulher provasse do próprio veneno.

Os olhos de Melissa se avermelharam enquanto observava a figura de Cristina se afastando.

Quando entrou no elevador, se deparou com Santiago, que parecia preocupado e carregava uma sacola de comida.

“Você está almoçando tão tarde?” Cristina tinha uma boa impressão dele, então fez uma pergunta educada.

Santiago respondeu: “Não é para mim. Esta comida é para o Sr. Hadley. Ele não tomou café da manhã e agora está com dor de estômago, então só pode comer mingau.”

Ela abaixou levemente os olhos. Eu não o proibi de tomar café da manhã, então sua dor de estômago não é da minha conta.

Ela fez beicinho. Será que ele acha que seu corpo é robusto? Já está tarde e ele nem almoçou.

Ela respondeu com um tom comandante: “Não. O mingau vai esfriar mais tarde.”

O ar-condicionado no escritório estava configurado em uma temperatura baixa. Portanto, a comida ficaria fria em pouco tempo.

Só então Nathan colocou o documento em sua mão e olhou para ela com diversão. “É raro você se importar comigo.”

Os ouvidos de Cristina coraram quando gaguejou: “S-Santiago está ocupado, então estou apenas ajudando.”

Seu olhar intenso a deixou desconcertada. Ela se virou para sair.

“Já que trouxe a comida aqui, por que não me alimenta também?” Nathan segurou seu pulso, não apenas impedindo-a de se afastar, mas também a puxando para seus braços.

A leve fragrância que chegou ao seu nariz a fez se sentir relaxada.

Cristina corou ainda mais. Desde que ela mostrou menos resistência a ele na frente das crianças, ele estava se aproveitando mais dela.

“Quando suas mãos ficaram com problemas? Como é que eu não sabia disso?”

Ele a segurou mais firme e falou roucamente: “Se estiver disposta a cuidar de mim, não me importo de perder os braços.”

As bochechas de Cristina ficaram alguns tons mais vermelhas. Ela lutou para se libertar, mas não teve sucesso. Sem outra opção, ela mordeu o braço dele impiedosamente e conseguiu se soltar.

“Parece que você se envolveu em muitos relacionamentos com outras mulheres nos anos em que não nos vimos, Sr. Hadley. Até suas habilidades de flerte melhoraram.” Ela revirou os olhos para ele com irritação. “Infelizmente, suas palavras doces não funcionam em mim. Se não quer comer, pode morrer de fome. Isso pode até funcionar a meu favor, já que ninguém vai competir comigo pelas crianças.”

Com isso, ela saiu da sala, deixando-o com a visão de sua figura se afastando.

Nathan fez uma careta. Mesmo que ele tivesse superado sua aversão às mulheres, nunca se apaixonou por nenhuma outra durante todos aqueles anos.

Cristina era a única mulher que ele amava.

Assim como antes, seus sentimentos por ela permaneciam inalterados.