O misterioso toque do amor romance Capítulo 382

“Tenham cuidado. Nossos esforços serão em vão no momento em que ela começar a suspeitar”, alertou outro homem.

O homem que segurava a câmera parecia sério. Eu não estava sendo descuidado. Ela é muito vigilante.

Com um suspiro fraco, verificou a galeria da câmera. Cada fotografia continha Cristina como o assunto principal.

Enquanto examinava as fotos, os olhos do homem se arregalaram depois de encontrar uma imagem em particular. “Eu tenho uma foto do colar dela!”

“Isso é ótimo. Apresse-se e envie para o Sr. Gibson!”

O homem não pôde conter o sorriso. Seu empregador lhes disse que seriam pagos em dobro, desde que tirassem uma foto contendo o colar.

Enquanto isso, todos já estavam reunidos ao redor de uma grande mesa redonda no momento em que Cristina chegou.

Ela recebeu muitos olhares desagradáveis por estar atrasada.

Todas as cadeiras à mesa já estavam ocupadas, então a mulher puxou um banco e estava prestes a sentar quando Francis deu um tapinha no assento vago ao lado dele. “Sente-se aqui.”

“Está tudo bem. Consigo ouvir tudo daqui.”

Cristina se sentou atrás de um fotógrafo, parecendo calma com um toque de austeridade.

Aos olhos dos outros, recusar a oferta de Francis era um ato imperdoável, mas para ela, isso não era nada de incomum.

Uma atmosfera hostil envolveu a sala no mesmo instante.

“Vamos continuar”, disse Francis.

A roteirista voltou à realidade e continuou a falar enquanto olhava o roteiro, que estava incompleto porque não tinha conhecimento suficiente dos trajes envolvidos.

Assim que estava prestes a se virar e pedir a opinião dos estilistas, Francis encerrou a reunião.

“Isso é tudo por hoje. Nos encontraremos novamente neste fim de semana, então façam o possível para concluir todas as suas tarefas”, instruiu.

Depois disso, Cristina passou pelo vestiário, que continha uma grande variedade de roupas de grife, a maioria das quais havia sido fornecida a Francis por meio de patrocínios.

A empresa agora tinha apenas alguns artistas, então todos os seus recursos vinham praticamente de Francis.

A jovem designer achou que pegaria algumas roupas e as entregaria à roteirista para que esta pudesse escrever o roteiro com base nas descrições das roupas.

De repente, o som da porta se fechando veio de trás.

“Cristina, por favor, demita-se”, exigiu Penelope ao entrar.

“Quero sair deste emprego mais do que você quer que eu saia, então, se tem o poder de pedir a Francis que me demita, por favor, faça isso. Ficaria eternamente grata”, respondeu com indiferença, sem se virar.

Para ela, as artimanhas de Penelope não eram nada mais do que brincadeira de criança... chatas e sem substância.

Com um bufar, Penelope tirou o celular e mostrou algumas fotos de Cristina fazendo a maquiagem de Francis. “Você não acha que os fãs começariam a vasculhar seus podres se eu postasse essas fotos?”

O sorriso presunçoso em seu rosto se alargou enquanto continuava provocando a jovem. “Então, vou espalhar rumores de que você está tentando seduzir Francis... Oh! Eu quase esqueci que você tem filhos. O que eles diriam se vissem essas fotos? Mal posso esperar!”

Cristina olhou as fotos, com sua expressão se nublando ao notar que todas as fotos foram tiradas de ângulos sugestivos.

Ela então se aproximou, levantou o braço e o moveu.

TAPA!

Uma marca vermelha apareceu no rosto de Penelope imediatamente, e seu celular caiu no chão. “Como você se atreve a me bater?”

Cristina pegou o dispositivo, examinou todas as fotos nele e as deletou uma a uma. Depois de pensar um pouco, reformatou todas as imagens no telefone e o jogou de lado como se fosse lixo.

“Como você ousa deletar todas as minhas fotos?” Penelope ficou tão enfurecida que poderia matar.

“Você as tirou em segredo. Eu as deletei para que você não corra o risco de ser processada por Francis.” A expressão da designer permaneceu gelada. Todas as fotos haviam sido tiradas enquanto Francis estava trabalhando.

Algumas imagens o mostravam sem camisa, o que tornava as coisas especialmente estranhas.

Ela feriu alguém, mas não está pedindo desculpas?

Penelope apertou o nariz de dor. Ela podia ter se machucado, mas achou que valeria a pena se isso significasse ver seu desafeto sair.

Francis se voltou para Cristina. “Você não vai se explicar?”

“Não há nada para explicar aqui. Você pode apenas fazer o que eles pedem”, respondeu, encolhendo os ombros, sem intenção de se explicar.

No entanto, assim que se inclinou para pegar sua bolsa caída e caminhou em direção à porta, Francis segurou seu pulso. “Está bem. Se você não vai se explicar, vou fazer isso por você.”

Todos os funcionários presentes ficaram atordoados.

Será que o Sr. Fernando ainda vai apoiá-la depois de tudo o que aconteceu? Isso poderia causar revolta!

Francis calmamente pegou seu celular, mostrando a tela com tudo o que acabara de acontecer dentro da sala.

“A câmera de segurança não estava quebrada?”

“Foi consertada há muito tempo. Temos tantas roupas de grife aqui, então, é claro que precisamos de vigilância.”

A expressão de Penelope piorou ao ouvir as palavras de sua colega.

Ela havia ido atrás de Cristina e mexido com ela na crença de que as câmeras de segurança não estavam funcionando.

Agora tudo, desde a conversa delas até o fato de que Penelope havia atacado a jovem primeiro, estava sendo exibido de forma clara.

“Penelope é quem deve pedir desculpas”, disse Francis com frieza.

Cristina ergueu um pouco a cabeça, com seus olhos parecendo gelados.

Todos os outros trocaram olhares, sem coragem de defender Penelope.

Aqueles que haviam apoiado abertamente a colega se sentiram ainda mais envergonhados, como alguém se sentiria depois de acusar injustamente o inocente.

No entanto, uma delas se recusou a recuar. “Você fez isso de propósito, não fez, Cristina?”, ela questionou, avançando. “Por que você não tentou se explicar ou provar sua inocência? Você gosta de criar essas cenas?”