O misterioso toque do amor romance Capítulo 483

Enquanto Cristina descia devagar, de repente sentiu a corda tremer. Isso é estranho. Por que o cabo está tremendo mesmo quando não me movo?

Assim que ergueu a cabeça, a amarra perdeu todo o suporte, fazendo com que caísse.

Seu corpo se tensionou, e levou vários segundos após o impacto para sua mente recuperar a clareza.

O que acabou de acontecer?

Virou a cabeça e viu que sua corda havia se rompido.

Como um bom cabo poderia se romper? Espere um segundo, as bordas estão lisas, como se tivessem sido cortadas. A única pessoa comigo agora era a Aline. Deve ter mexido na minha corda!

A raiva se acendeu dentro dela. Supôs que a garota estava com medo da alavanca que possuía, levando-a a sabotar a amarra.

Independente do motivo, as ações de Aline haviam colocado sua vida em perigo.

Cristina reuniu seus pensamentos e decidiu que era melhor sair deste lugar o mais rápido possível.

Se moveu um pouco, aliviada por suas mãos não estarem feridas, mas experimentou uma sensação latejante em seu corpo. Quando se sentou e tentou colocar peso no pé, uma dor aguda e intensa subiu por seu tornozelo.

Oh não, acho que machuquei a perna na queda!

Cristina tentou encontrar o celular no bolso para pedir ajuda, mas, após procurar em todos, não conseguiu localizar. Era provável que tivesse caído quando se acidentou.

Ao examinar os arredores, tudo o que podia ver eram árvores, deixando-a desorientada e incapaz de encontrar seu caminho.

O que devo fazer? Não consigo me mover e não tenho nenhum meio de comunicação. Não faço ideia de como escapar dessa floresta….

Enquanto isso, Aline havia pousado em segurança. Descartou a outra metade da corda de Cristina, fingindo que nunca havia escalado juntas.

Ao voltar para a área de descanso, trocou olhares com seus colegas e logo começou a empacotar, se preparando para partir.

“Ei, tem certeza de que todo mundo do seu grupo está aqui?”, perguntou um membro da equipe com preocupação.

Se olharam, e um deles disse com um sorriso: “Sim, todo mundo está aqui. Deve ter cometido um erro.”

“Engano? Lembro que eram sete, mas agora só tem seis. Será que me enganei?”, respondeu a pessoa.

“Deve estar enganado. Somos apenas seis”, confirmou outro colega mais uma vez.

O membro da equipe franziu a testa, mas parou de pressionar a questão. Afinal, muitas pessoas vinham escalar durante o dia, então não seria surpreendente se lembrar errado.

“Está bem, então deveriam sair agora. Está prestes a chover, e todas as atividades de escalada ao ar livre serão suspensas.”

A pessoa encarregada conduziu o grupo até o ônibus turístico e logo foram transportados de volta para o hotel.

Ao descerem do transporte, uma figura imponente projetou uma sombra: “Onde está Cristina?”

Olharam nervosos para Nathan, enrolando-se para responder à sua pergunta.

Será desastroso se o Sr. Hadley descobrir que a deixamos de forma intencional para trás na área de escalada. Que má sorte! Por que teve que aparecer neste exato momento?

Aline percebeu que não podiam mais esconder a verdade. A única maneira de sair dessa situação era agir como se tivesse acabado de descobrir que a mulher estava desaparecida.

Fez um show de contar seus colegas antes de fingir choque: “Oh não, estamos sem alguém! Parece que é a Cristina!”

O rosto de Nathan escureceu, e uma onda de raiva o percorreu. Seus olhos escuros se estreitaram enquanto segurava Aline pela gola: “O que aconteceu? Por que estão de volta sem ela?”

O homem estava furioso. Diante de seu interrogatório, o grupo ficou em silêncio.

Gotas de suor começaram a se formar na testa de Aline enquanto tentava inventar uma explicação: “Não percebemos quando saímos. A Cristina é sempre tão distante, e como não somos próximos dela, é compreensível que não tenhamos notado que estava desaparecida.”

Por sorte, havia pensado à frente e preparado suas palavras com cuidado para evitar ficar confusa.

Com o tempo se tornando perigoso, e se algo terrível acontecer?

Ao contemplar as rochas imponentes, uma sensação sombria o envolveu.

Sem hesitar, procurou com cuidado a área desde o topo da montanha para baixo, mas não encontrou nenhum rastro. Ficou claro que Cristina não tinha descido da montanha.

A única possibilidade restante era que tinha caído.

Os olhos do homem escureceram. O céu já estava sombrio, e se começasse a chover, era impossível prever os perigos que Cristina poderia enfrentar.

“Já enviamos uma equipe de apoio. Teremos que esperar”, relatou a pessoa encarregada sobre o progresso.

Nathan examinou o mapa, franzindo a testa: “Não há tempo. Irei primeiro, e vocês podem seguir depois que a ajuda chegar.”

Todos presentes ficaram surpresos com suas palavras.

Santiago no mesmo instante bloqueou o caminho: “Sr. Hadley, é muito perigoso. Não temos ideia da situação lá dentro. É muito arriscado se aventurar.”

“Nunca encontrei desafio que não pudesse lidar. Deixá-la sozinha lá dentro é a situação mais perigosa”, afirmou Nathan.

Pegou uma mochila de emergência, verificando seu conteúdo para garantir um suprimento amplo de recursos. Com a bolsa presa às costas, fez os preparativos finais antes de partir.

“Sr. Hadley, vou acompanhá-lo”, disse seu assistente sem hesitar, prendendo uma mochila grande. Não podia deixar seu chefe enfrentar o perigo sozinho.

“Fique para trás e espere a equipe de resgate chegar antes de entrar.”

Se os dois entrassem, não sobraria ninguém do lado de fora para coordenar os esforços.

Santiago ficou lá, cheio de hesitação, enquanto observava Nathan desaparecer nas profundezas da floresta.

Apesar da dor, Cristina reuniu toda sua força e ficou de pé devagar, usando um galho robusto como uma muleta improvisada. Lançou seu olhar sobre a extensão interminável de árvores, incapaz de compreender o tamanho da jornada à frente para escapar.

Naquele momento, o céu começou a chuviscar, cada gota descendo sem parar sobre a paisagem…