O misterioso toque do amor romance Capítulo 484

Gordas gotas de chuva respingaram no rosto de Cristina, as limpou e fixou o olhar na estrada à sua frente.

Não só não tinha nada consigo, como também não conhecia o entorno. De repente, um sentimento de impotência a dominou, e lágrimas surgiram.

Não posso chorar ou ter medo. Leandro e Camile estão me esperando. Devo voltar para casa inteira e fazer Aline pagar!

Com a ajuda de dois galhos robustos, avançou devagar. Como a face do penhasco estava atrás dela, seguir para longe era o caminho correto.

No entanto, sua perna machucada e a chuva forte a impediam de avançar.

Além disso, Cristina não sabia se alguém viria salvá-la. Afinal, Aline não informaria ninguém sobre seu desaparecimento quando era uma tentativa deliberada de prejudicá-la.

Se ninguém soubesse que estava presa ali, não teria escolha a não ser sair da floresta por conta própria.

Pensamentos sobre o quão grande era o local e se animais selvagens existiam lá corriam por sua mente. Quanto mais pensava nisso, mais sem esperança se sentia.

Apesar da dor persistente em sua perna, da energia diminuindo e da incerteza sobre os perigos que a aguardavam, não podia apenas ficar lá e esperar.

Dentes cerrados, Cristina continuou marchando para frente. Logo estava encharcada, e o vento frio a fazia tremer.

Mais rápido. Preciso ser mais rápida.

Quando estava cansada, apoiava-se em uma árvore para se abrigar da chuva, seu corpo encolhido devido ao frio. Na verdade, estava tão fria que mal conseguia sentir a dor na perna agora.

Seus lábios tremiam. Naquele momento, uma figura veio à sua mente. Essa pessoa tinha um rosto encantador e familiar e apareceria sempre que estivesse em perigo.

Por infelicidade, estava em uma floresta, o que levaria algum tempo para o homem localizá-la mesmo que pegasse um avião. Não havia como aparecer do nada.

De repente, um clarão de relâmpago cortou o céu, fazendo Cristina gritar de susto.

Qualquer movimento mínimo na floresta, como os pássaros perturbados nas árvores e o balançar das folhas, a assustava.

Isso é alguma espécie de piada? Já estou me sentindo miserável, e agora os pássaros e as folhas também estão me provocando.

Não querendo mais ficar naquele lugar, Cristina se levantou com a ajuda dos galhos e se apressou para frente. Sua testa estava franzida e sua mandíbula estava cerrada. Tudo o que desejava era sair da floresta o mais rápido possível.

Quando a água da chuva rolava pelo seu rosto, lambia os lábios para saciar a sede.

Nesse momento, outro estrondo de trovão soou. A mulher logo protegeu a cabeça com os braços e fechou os olhos de susto. No mesmo instante, a firmeza que demonstrara antes, desmoronou.

Assim como a água da chuva, suas lágrimas escorriam pelo rosto até chegarem aos lábios, mas tinham um gosto amargo.

De repente, houve um estrondo alto acima de sua cabeça antes que uma massa de galhos caísse.

Cristina olhou para cima com medo, incapaz de processar o que deveria fazer naquele momento. Justo quando as folhagens estavam prestes a esmagá-la, uma figura se lançou em sua direção.

A pessoa envolveu um braço forte e musculoso ao redor de sua cintura e a protegeu.

Mesmo que seu frio tenha sido afastado pelo calor da pessoa, ainda estremeceu de susto.

Enquanto isso, os galhos caíram nas costas do homem com um estrondo antes de deslizarem para o chão ao lado.

Os olhos de Cristina se arregalaram de medo, e seu corpo congelou. A expressão grave e austera do homem, envolta na luz, a atingiu em cheio no coração.

“Está machucada?”, perguntou Nathan com uma expressão dolorosa no rosto.

Respirando fundo para se recompor, balançou a cabeça e perguntou: “C-Como me encontrou?”

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