O misterioso toque do amor romance Capítulo 490

Quando os lábios de Cristina encontraram a bochecha de Nathan, seu leve aroma amadeirado encheu suas narinas e a deixou atordoada. Alguns segundos depois, recuou.

Devemos parar de brincar. Seria embaraçoso se as crianças nos vissem.

Desde que seus filhos invadiram o quarto da última vez, a mulher sempre mantinha uma distância segura do marido quando estavam fora.

Enquanto isso, Leandro e Camile já estavam acordados quando o carro chegou à Mansão Jardim Panorâmico.

Uma breve soneca era tudo o que as crianças precisavam para se revigorarem.

Após descerem, ambos jogaram bola no pátio. Cristina os observava quando recebeu a ligação de Rafaela.

Em seguida, dirigiu-se ao escritório e pegou emprestado o computador de Nathan para trabalhar.

Descobriu-se que havia um problema com um dos desenhos de design. Parecia bom no papel, mas o resultado pretendido não foi alcançado quando foi materializado, exigindo uma alteração na cor.

Com base na amostra que Rafaela havia enviado, Cristina ajustou algumas vezes até ficar satisfeita.

Quando terminou, a noite já havia caído.

Ao receber uma chamada repentina de Azure, lembrou que não havia falado com sua avó nos últimos dois dias devido ao serviço.

Assim, respondeu sem hesitação: “Vovó.”

“Cristina, estava preocupada quando não ouvi falar de você nos últimos dois dias. Pensei que algo desagradável tivesse acontecido”, disse a idosa ansiosa.

O coração da mulher se aqueceu com a preocupação demonstrada por sua avó. Sentiu a vontade de desabafar e contar sobre tudo o que Aline fez.

No entanto, antes que pudesse começar, ouviu a voz da mesma ao fundo: “A Cristina disse quando vai voltar?”

Aline está com a vovó?

Cristina não queria alertar a garota sobre seu plano ainda. Além disso, suas palavras não teriam muito impacto, já que não estava ao lado de Azure.

Com isso em mente, reprimiu sua raiva e decidiu responsabilizar Aline apenas quando retornasse.

“Vovó, já assinei o contrato com a Corporação Hadley e voltarei para casa nos próximos dias”, respondeu.

A idosa assentiu ao ouvir sua voz tranquila: “Está bem, então. Tenha cuidado. Lembre-se de trazer as crianças quando vier. Estarei aqui, esperando por você.”

“Está bem. Cuide-se também.”

Ao encerrar a ligação, soltou um suspiro. Dado que tinha informações comprometedoras sobre Aline, não havia muito do que deveria ter medo.

Com os olhos estreitos, começou a traçar um plano para tirar a garota da Corporação Gibson.

Embora estivesse apenas na casa dos vinte anos, Aline era muito astuta. Portanto, derrubá-la seria uma tarefa difícil.

Mesmo que não consiga removê-la, apenas esse assunto já é suficiente para ameaçar sua posição.

De repente, uma figura imponente bloqueou a luz. Nathan então acariciou suave sua cabeça: “O que está passando por sua mente?”

“Estava pensando em voltar nos próximos dias. A vovó me ligou para me pressionar a respeito.”, respondeu Cristina.

Naquele momento, sua principal preocupação era decidir se levaria as crianças consigo, pois estava preocupada que qualquer conflito com Aline pudesse afetá-las.

“Deveria ir. Vou junto.”

Enquanto falava, aproximou-se dela. Em seguida, encurralou-a, colocando as palmas das mãos nas laterais da mesa.

“Não é tão simples quanto parece. Estou voltando para confrontar minha prima desta vez, então trazer as crianças não é uma boa ideia. Por que não fica aqui com elas em vez disso?”

Essa era a melhor ideia que conseguia conceber. No entanto, a saudade de Azure por seus bisnetos a fez segurar o queixo em contemplação.

Nathan virou-se e sugeriu com uma voz profunda: “Por que não leva o Reginaldo? As crianças terão alguns dias divertidos e não vão atrapalhar.”

“Boa ideia. Farei isso.”

Cristina deu a seu marido um olhar hesitante. Vai ignorar o trabalho assim mesmo?

“Os trouxe de presente.” Os pequenos em seguida enfiaram as sacolas nos braços de Azure.

Rompendo em um sorriso orgulhoso, elogiou os pequenos por sua consideração.

Enquanto isso, Cristina e Nathan desceram do carro. Apesar da alegria que seus bisnetos lhe proporcionaram, a expressão da idosa mudou ao ver o rapaz.

O fato de ser o marido de sua neta não amenizou a hostilidade entre a família Hadley e a família Gibson.

“Estou de volta, vovó”, cumprimentou enquanto segurava a mão do homem.

Azure, por reflexo, adotou uma atitude de superioridade: “Deveria ter vindo sozinha. Por que trouxe o estranho?”

É meu marido. Como pode chamá-lo dessa forma?

Cristina lançou uma expressão conflituosa à sua avó: “Estava preocupado comigo voltando sozinha para casa. Além disso, também queria te visitar.”

“Que atencioso. Entre agora, Cristina”, comentou a idosa de forma plana enquanto se virava e conduzia as crianças para dentro.

Enquanto o grupo entrava na casa, a mulher lançou um olhar preocupado para seu marido, mas ficou aliviada ao ver a expressão sem emoção.

Era difícil acreditar que haveria um momento em que o orgulhoso Nathan ficaria em silêncio depois de ser menosprezado.

Sua resposta indicava que estava de fato decidido a evitar conflitos com a família Gibson.

Tocada por seu gesto, segurou a mão de Nathan: “Venha agora, vamos entrar.”

Ao chegar na sala de estar, foram recebidos pela visão de Aline, que estava vestida com um vestido caro. Estava saboreando um café no sofá, emanando ares de dona da casa.

No momento em que viu o casal, cumprimentou de forma sarcástica: “Estou surpresa de vê-lo aqui, Sr. Hadley. A residência Gibson não recebe bem aqueles que compartilham seu sobrenome.”

Com uma expressão sombria, Cristina zombou: “Por que está sendo tão estranha agora? Parecia estar em bons termos com ele em Jadeborough, não é?”