O misterioso toque do amor romance Capítulo 493

Um sorriso se formou, depois que desligou o celular. Instruiu sua assistente: “Está bem. Avise a todos que a reunião pode começar agora.”

Aline seria capaz de apagar todas as informações desde que Cristina falhasse em comparecer à reunião naquele dia. Dessa forma, mesmo que apresentasse no futuro, não teria evidências substanciais para apoiá-la.

Após um momento, a garota entrou na sala de conferências de maneira descontraída.

Um grupo de executivos já estava sentado lá, esperando.

“Vamos começar a reunião…”

Antes que pudesse terminar a frase, alguém abriu a porta.

Após um estrondo alto, todos olharam. Uma figura esbelta entrou na sala de conferências.

Fios de cabelo voavam ao vento. Seu rosto claro estava coberto de sujeira, e um curativo branco manchado de sangue estava grudado em sua testa.

O olhar de Cristina era frio enquanto encarava a expressão confusa de Aline. Então soltou um sorriso.

“N-Não é você…” Quando viu a mulher entrar, seu rosto empalideceu, e um suor frio encharcou suas costas.

Não era para o carro dela ter se acidentado? Como apareceu aqui?

Cristina entrou na sala e afastou a garota do assento principal: “Este é o meu lugar.”

Aline deu alguns passos para trás e ficou de lado.

A mulher tirou o pen drive e projetou todos os dados na tela grande. Era visível para todos de maneira detalhada e clara.

“Aline, vem desviando comissões de parceiros comerciais e falsificando contas. Com base nessas acusações, posso levá-la até a delegacia. Vou lhe dar duas opções. Pode renunciar de forma voluntária ou devolver todo o dinheiro desviado.”

A garota estava encurralada em uma situação sem esperança.

Considerando o fato de que era sua prima, Cristina havia lhe dado uma saída.

A expressão de Aline endureceu. Ao olhar as informações apresentadas na tela, rangeu os dentes.

Encarava com ódio a mulher: “Como pode usar evidências fabricadas para me difamar sem investigar a questão?”

Estreitou os olhos e questionou: “Estou te difamando? Todos esses documentos têm a sua assinatura. Ainda se recusa a admitir seus erros?”

Aline ficou em silêncio como se já estivesse preparada para isso.

Nesse momento, a diretora do projeto se levantou. Baixando a cabeça, disse em voz baixa: “A Sra. Gibson não sabia de nada disso. Fui eu.”

Cristina respirou fundo. Se virou para a diretora, uma jovem em seus vinte e poucos anos: “Pensou bem antes de assumir as acusações? Uma vez provada culpada, não só terá que devolver o dinheiro, mas também terá sua licença revogada. No final, será boicotada por todas as grandes corporações.”

Para uma jovem funcionária, tais consequências severas significavam o fim de sua carreira.

A garota havia decidido arriscar tudo. Engolindo em seco, disse: “Fui eu quem fabricou todos esses documentos. A Sra. Gibson não sabia. Sempre que apresentava os papéis para assinar, incluía as contas falsas e retirava escondida as comissões.”

Essa diretora trabalhava para Aline há muito tempo. Não esperava que abandonasse a jovem para se salvar.

A expressão de Cristina se nublou enquanto chamava a segurança para levar a diretora do projeto embora.

O clima na sala de conferências não poderia estar mais tenso.

Na verdade, todos sabiam o que estava acontecendo, mas ninguém ousava falar.

Cristina não esperava que sua prima tivesse um plano de fuga e deixasse outra levar a culpa.

No entanto, não facilitaria as coisas.

Encarou Aline e disse com firmeza: “Embora a mente por trás disso não seja você, foi descuidada na supervisão, o que é considerado negligência no cumprimento do dever. Isso mostra que não é adequada para o cargo de vice-presidente. A partir de hoje, será rebaixada para o cargo de líder de grupo do projeto. Se o seu desempenho não atender ao padrão, nem pense em ser promovida.”

Com isso, Cristina olhou para todos e disse: “A reunião está encerrada.”

Então saiu da sala de conferências.

Sua voz era leve, mas a aura gélida que exalava era palpável.

Cristina assentiu: “No entanto, é minha prima e alguém que minha avó preza. Não consigo me sentir capaz de prejudicá-la.”

Às vezes, odiava a si mesma por ser tão sensível. Mesmo que outros fossem cruéis com ela, não conseguia se forçar a machucá-los.

“Não precisa se preocupar. Cuidarei disso.” Nathan com cuidado enfaixou seu ferimento e parou de mencionar esse tópico.

Neste momento, o celular da mulher tocou.

Era uma ligação de Samuel.

“Cristina, ouvi dizer que voltou. As informações te ajudaram?” A voz de era tão suave quanto o sol se pondo.

Embora Nathan e Samuel fossem ambos homens, seu marido era como um sol escaldante ao meio-dia, capaz de derreter o coração mais frio. Seu amigo, por outro lado, era bastante diferente.

“Isso me ajudou muito! Obrigada! Por favor, me envie a conta.” Cristina sorriu.

As coisas não teriam corrido tão bem se não tivesse a ajuda do rapaz.

Samuel riu: “Já pedi ao meu assistente que enviasse. Já comeu? Conheço um bom restaurante. Que tal irmos almoçar juntos?”

A mulher hesitou ao olhar para seu marido, cuja expressão tinha se tornado sombria: “Claro, mas….”

Estava prestes a sugerir fazer planos para outro momento quando Samuel a interrompeu: “Já estou embaixo da sua empresa. Desça.”

Com isso, o rapaz desligou a chamada.

Tão rápido? Já está embaixo?

Cristina lançou um olhar constrangedor para seu marido: “Que tal você voltar primeiro? Jantaremos juntos, está bem?”