O misterioso toque do amor romance Capítulo 500

No caminho de volta, Nathan ligou para os empregados para prepararem o jantar.

Na Mansão Jardim Panorâmico, Leandro e Camile sentiram o aroma da comida assim que saíram. As crianças estavam famintas e não conseguiam mais se conter, estavam quase babando.

Entraram rápido na casa e se acomodaram ao redor da mesa de jantar. Cristina juntou-se a eles e também se sentou. Os três, impulsionados pela fome, devoraram a comida, prestando pouca atenção em manter uma postura composta.

Após saciar a fome, uma onda de fadiga os atingiu.

Os empregados logo levaram os pequenos para cima para que se arrumassem e, após o banho, adormeceram.

Enquanto isso, dentro do banheiro do quarto principal, Cristina estava deitada na banheira, a água quente dissipando seu cansaço. À medida que o vapor subia, sua visão aos poucos se tornava embaçada.

Começou a refletir sobre os eventos do dia. O susto persistia em seus pensamentos, e quase pensou que não conseguiria voltar em segurança.

No entanto, o incidente também permitiu que descobrisse as verdadeiras intenções dos Gibsons. A enganaram em prol do ganho financeiro.

A mente de Cristina foi invadida por pensamentos e perguntas. Se for esse o caso, por que a vovó transferiu as ações para mim? Poderia ser que foi um movimento calculado para me manipular a cortar os laços com Nathan? Como podem se aproveitar tão fácil da própria família?

A constatação de que seus parentes estavam dispostos a se rebaixar a meios tão desprezíveis para seu próprio ganho a deixou desanimada, enquanto o ódio crescia em seu coração.

Com isso em mente, resolveu nunca mais colocar os pés na residência dos Gibson, pois a haviam decepcionado por completo.

Cristina relaxou seu corpo, submergindo-se na banheira. De repente, um choque de surpresa percorreu quando uma mão grande mergulhou na água, agarrando seu pulso com firmeza e a puxando para fora da água com força.

“O que há de errado?” Os olhos de Nathan estavam cheios de choque, como se tivesse acabado de testemunhar algo perigoso.

No entanto, a mulher apenas queria relaxar sua mente.

“Estou bem. Só..”

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Nathan a envolveu em seus braços, segurando-a firme como se tivesse medo de que ela desaparecesse: “Estou aqui agora. Não precisa mais ter medo”, tranquilizou ele.

O olhar de Cristina se tornou frio enquanto o encarava. Apertou os dentes enquanto explicava: “Não estou com medo. Só não descobri como lidar com eles.”

“Não importa o que escolher, tem todo o meu apoio.”

A mulher acenou leve com a cabeça, um brilho gelado passando por seus olhos. Juro pegar tudo o que a família Gibson possui e tirar tudo de Aline.

Quando seu pensamento chegou aí, explicou para o homem: “Primeiro, precisamos interromper o investimento na Corporação Gibson. Além disso, só vimos…”

Enquanto isso, em um quarto de hospital em Hallsbay, Aline recobrou a consciência e foi dominada por uma dor latejante na cabeça. Ao reunir seus pensamentos, as lembranças de seu confronto com Cristina e a subsequente queda pelas escadas vieram à tona.

Tocou a campainha várias vezes, mas ninguém respondeu aos seus chamados por ajuda. Sem outra opção, teve que tomar as rédeas da situação e sair da cama por conta própria.

Ao se aventurar pelo corredor, seu olhar pousou em uma mulher vestida com uma camisola hospitalar que se aproximava. Uma expressão fugaz de espanto passou por seu rosto quando ela a encarou. Sobrecarregada pelo choque, parecia prestes a desmaiar.

Aline franziu o cenho. Qual é o seu problema?

Se dirigiu ao posto de enfermagem, onde notou uma enfermeira no turno da noite cochilando. Sentindo-se angustiada, bateu os nós dos dedos na mesa para chamar a atenção e afirmou com firmeza: “Quero receber alta.”

A enfermeira olhou para cima e arregalou os olhos de surpresa. Levou um tempo antes de voltar a si: “Uh… posso ter o número do seu leito?”

“Não sei. Meu nome é Aline Gibson. Verifique por si mesma.”

Surpresa pelas reações peculiares que recebeu, não pôde deixar de sentir uma sensação de desconforto. Há algo assustador na minha aparência? A queda deformou meu rosto ou algo assim?

Com esse pensamento, ficou preocupada e procurou uma maneira de se olhar.

Vendo que havia um grande espelho de meia altura no escritório, Aline se dirigiu até lá. Quando sua reflexo entrou em foco, também, ficou chocada. Encarando-a estava um rosto marcado por uma cicatriz longa e irregular, estendendo-se da testa até o centro das sobrancelhas. As características antes familiares agora pareciam ferozes e intimidadoras.

“Ah!” Um grito escapou. Pegou qualquer coisa ao alcance e arremessou contra o espelho com toda a força, continuando a fazer isso com tudo o que podia ser lançado.

A enfermeira correu para perto, sua voz cheia de preocupação: “Por favor, precisa se acalmar. Ficar tão agitada assim só vai atrapalhar sua recuperação.”

Tudo isso é culpa dela! Não teria rolado pelas escadas se não fosse por ela. Vou garantir que pague por isso!

Não se importam comigo, a falta de consideração por meus sentimentos é evidente. Portanto, eu não deveria ter reservas também, e se estou fazendo isso, não vou mostrar piedade.