O Pai Encantado do Meu Bebê romance Capítulo 32

Hoje é o aniversário de 5 anos dos gêmeos, e a maioria dos convidados ficaram maravilhados com a ilha. Fico orgulhosa sempre que ouço algum elogio, principalmente quando se tratam das casas e das suítes.

“Quem é o arquiteto daqui?”, pergunta Elena, mãe de Cassie.

“Quem projetou e construiu tudo foi a Cabello International Corporation”, responde Ulisses.

A mulher me encara e começa a me elogiar. “Também tenho uma ilha, que foi presente do meu marido, mas não é tão grande como esta. Posso contratar a sua empresa para fazer uma reforma na minha?”

“Claro, eu iria adorar.”

Elena me entrega seu cartão de visita. “Aqui, meu cartão. Desculpa, sei que era para ser um momento de descanso, mas não consegui me segurar. Fiquei muito impressionada com o seu trabalho agora que vi tudo de perto.”

"Sem problemas. Vou pedir para a minha secretária entrar em contato e marcar uma reunião assim que a gente voltar para Manila."

Além dela, outros pais também me pediram para trabalhar com eles. Alguns querem que eu reforme casas de repouso e resorts particulares. No final das contas, tê-los convidado não foi tão ruim. De alguma forma, criei uma conexão com eles, e, o mais importante, consegui vários projetos. Adoraria organizar outros eventos assim no futuro.

Para descansar, todos os convidados são enviados para as suas respectivas casas. Jace, Nick e Luna, que vieram sozinhos, ficam com as casas de um quarto só; já os colegas de escola dos gêmeos, que vieram com os pais ou com as babás, ficam com as de dois.

A festa irá começar na hora do almoço, para os convidados terem tempo suficiente para explorar a ilha.

Obviamente, ficamos na maior casa daqui, junto com a família Escarrer. Ela tem dois andares e três quartos, além de um terraço e uma piscina no enorme jardim tropical.

Dentro é espaçoso, arejado e agradável, com cores quentes e naturais. Ela oferece vistas incríveis do jardim tropical para a praia de areia branca, e, quando a noite cai, é possível ver o brilho âmbar hipnotizante do pôr do sol.

Os pais de Ulisses vão ficar na suíte principal, e Kaela e eu vamos dividir um quarto. Ulisses, por outro lado, ficará num quarto separado, com as crianças, apesar de eu ter certeza de que elas vão pedir para eu me juntar a eles.

Informamos a todos que a festa será realizada no restaurante da ilha, com os chefs de Nick, que vêm sempre que organizamos algo ou tiramos umas férias aqui.

Kaela e Luna organizaram um pequeno cronograma para os convidados. Elas contrataram um palhaço para entreter as crianças com brincadeiras e truques de mágica incríveis.

É claro que Alistair está tentando achar a brecha do truque, e parece frustrado por não conseguir. Quando o palhaço nota isso e o chama para ver o truque mais de perto, ele fica ainda mais frustrado.

Nesse meio-tempo, Ulisses e eu batemos um bom papo com os pais das crianças.

“Vocês criaram bem os filhos de vocês, não pensam em se casar pelo bem deles?", pergunta Elena.

Sorrio sem jeito para ela. Não conseguimos muito impedir as pessoas de se intrometerem no nosso relacionamento.

“Estamos felizes com o que temos agora. Como você mesma disse agora há pouco, conseguimos criá-los bem, apesar de não estarmos num relacionamento." Digo apenas isso.

“Desculpe me intrometer, é que vocês combinam tanto”, acrescenta Elena.

"Nós chegaremos lá, não tem por que apressar as coisas." Foi a vez de Ulisses responder.

“Bom, espero que vocês dois acabem juntos. Tenho certeza de que as crianças vão ficar muito felizes quando isso acontecer.”

Apenas sorrio e não respondo mais. Tenho a impressão de que, se continuasse dando brecha, ela não pararia mais. 

“Nunca ouvi falar de você com outra pessoa além de Ulisses. Já se apaixonou antes?", pergunta Elena, curiosa.

“Antes, eu achava que nunca tinha me apaixonado, mas cinco anos atrás, me lembrei de alguém de quem eu gostava”, compartilho com eles.

Ulisses franze o cenho, parecendo chocado e curioso ao mesmo tempo. Nunca contei isso a ele.

Todos ficam em total silêncio, esperando eu continuar.

“Era um colega meu na faculdade. Eu era ingênua e uma romântica incurável; ele, o típico garoto de filme: doce, inteligente e bonito.

“Sempre fazíamos trabalhos juntos, por isso ficamos próximos. Tão próximos a ponto de as pessoas acharem que éramos um casal.

“Eu me apaixonei pela forma como ele me tratou naquela época, por como ele fez eu me sentir especial. Então, ele me beijou, e eu o beijei de volta. Achei que era recíproco, mas não era.”

"Por quê? O que aconteceu?" Elena não se conteve.

Solto um suspiro e continuo a história. “Quando eu vi ele com outras garotas e fui confrontá-lo, com ciúmes, fiquei muito surpresa com a resposta.”

Todos parecem imersos na minha história.

“Ele disse que não tinha por que eu ficar com ciúmes porque nós éramos só amigos”, conto.

"Que idiota!", exclama Janice, mãe de Daniel, o melhor amigo de Alistair.

Apenas sorrio para ela. "Concordo com você. Eu disse: 'Amigos não se beijam', e ele respondeu com indiferença que sim, que nós nos beijamos, mas que éramos só amigos. Depois disso, passei a evitá-lo e pedi para os meus pais me transferirem para outra universidade."

***

Como era de se esperar, Amelia e Alistair me pedem para dormir com eles, e, como estão exaustos por causa da festa, caem no sono rapidinho após o banho.

Finalizo minha rotina noturna de cuidados com a pele quando vejo Ulisses na varanda do quarto. Vou até lá chamá-lo para dormir.

"Ellie, você nunca me contou dele."

Fico confusa. "Dele quem?"

“Seu primeiro amor!”, diz ele com desgosto.

Dou risada. “Não sei por que eu contaria. Tinha quase me esquecido dele."

“Mas você lembrou, disse que foi cinco anos atrás. A gente já tinha os gêmeos nessa época. Por que pensou nele de repente?"

“Foi sem querer, Ulie. Não o reconheci quando o vi pela primeira vez. Ele está meio diferente agora."

Ele engasga. "Você o viu! Em pessoa! Seus sentimentos voltaram quando isso aconteceu? Me conta, Ellie!

“Não.”

"Como você pode ter tanta certeza? E se ele dissesse que estava apaixonado por você? O que você faria?"

"Nada. Eu nunca iria permitir que eu me apaixonasse por alguém como ele, mesmo ele me dizendo que gosta de mim. Nunca", digo com frieza.

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