O Pai Encantado do Meu Bebê romance Capítulo 34

Não consigo dormir; fico pensando no meu passado. Não esperava compartilhá-lo tão casualmente com outras pessoas.

Flashback

É o primeiro dia da faculdade, e eu estou procurando a sala de aula quando esbarro nele: alto, magro, mas ainda com um bom físico, e um belo rosto por trás dos óculos.

"Desculpa."

Ele me olha e sorri. "Tudo bem. Você está perdida?"

Balanço a cabeça. "Não, acho que não, só estou procurando a minha sala."

"Ah!" Então, ele tira o cronograma das minhas mãos e lê.

“A gente faz algumas matérias junto, posso te mostrar nossa sala, se não se importar", oferece gentilmente.

"Tudo bem." E esse é o começo da nossa amizade. 

Ele é famoso não apenas na nossa turma, mas em toda a universidade. Além de bonito, é inteligente — apesar de não ser nerd, não deixe os óculos enganarem —, tem um bom senso de humor e é popular entre as garotas. É o completo oposto de mim, que sou uma nerd completa.

Como não tenho amigos, fico no meu próprio mundo com meus livros e meus desenhos. Queria cursar arquitetura desde criança, mas resolvi fazer administração de empresas em vez disso, já que logo terei que cuidar dos negócios da família.

Meus desenhos me aproximam dele, que sempre vem me atazanar quando me vê sozinha. Apesar disso, não me irrito; ele é a única perturbação que gosto de ter.

“Por que você não estuda arquitetura? Você é muito boa nisso”, sugere ele.

"Eu queria, mas logo vou ter que cuidar dos negócios da minha família", digo.

“Sim, eu sei, mas a empresa da sua família oferece serviços de arquitetura e engenharia, não é?”

Faço que sim.

“Então! É perfeito para você. Você pode fazer arquitetura e até engenharia e depois se inscrever para um mestrado em administração de empresas."

Ele tem razão, era um plano perfeito. Fico tão feliz com a sugestão que, quando vejo, o estou abraçando.

"Obrigada!"

Ele me abraça de volta. "De nada, minha Quinn."

Eu me desvencilho do abraço.

"Desculpa, não queria te abraçar, só fiquei muito feliz", digo, corada.

“Não se preocupe, minha Quinn. Sempre receberei seu abraço de braços abertos.”

Então, nós rimos.

A partir de então, ficamos mais próximos. Ele sempre me acompanha durante os intervalos, e também me apresenta a seus amigos. Acho que ter amigos não é tão ruim assim.

Além disso, ele vai à minha casa para passarmos o fim de semana juntos, e até segura minha mão de vez em quando. Sei que já estou me apaixonando por ele, mas quem não estaria?

“Acho que, ano que vem, a gente não vai mais estudar junto. Com certeza vou sentir sua falta, minha Quinn", diz ele.

Sinto um friozinho na barriga sempre que ele me chama de “minha Quinn”, já que meu sobrenome lembra "queen", "rainha", em inglês. Acho isso tão fofo.

“A gente não vai mesmo, eu queria me transferir para uma faculdade especializada em arquitetura e engenharia.”

"Quê? E eu, minha Quinn?

Fico confusa. "Hã? Como assim?"

“Você vai me deixar se mudar de faculdade!”

Dou risada. "Claro que não! A gente ainda pode se ver depois das aulas e passar os finais de semana na minha casa.”

Ele faz beicinho, e eu acho tão fofo. “É difícil de acreditar que a gente não vai mais ser colega de classe, ainda mais que a gente vai estar em faculdades diferentes.”

Não consigo conter a risada; ele estava agindo como uma criança.

"Ah, meu benzinho vai fazer birra?", brinco.

Ele olha para mim e fica mais tranquilo. "Então eu sou seu benzinho agora?"

“Era brincadeira!", digo enquanto rio.

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