O Preço da Tentação romance Capítulo 223

— Então, a comida chegou, vamos comer. — Isabela sorriu meio sem jeito.

Ela estendeu a mão e pegou um pedaço de bife para Sérgio. Depois, olhou para ele com um jeito de quem queria agradá-lo, na tentativa de que ele tivesse misericórdia e a deixasse em paz.

Mas Sérgio só deu um sorriso, pegou o cigarro e deu uma tragada.

Através da fumaça branca, Isabela conseguiu ver no olhar dele, meio que sorridente, mas profundo.

— Srta. Isabela, você é realmente compreensiva. — Sérgio falou de um jeito tranquilo, com uma pitada de provocação descontraída. Só que a mão dele ficou cada vez mais ousada.

Ele fixou o olhar no rosto de Isabela, que já estava ficando vermelhinha, e brincou:

— E não vai pegar nada para o Sr. Felipe?

Isabela ficou sem palavras.

Depois de um tempo, ela deu um sorriso e respondeu:

— O Sr. Felipe está longe, ele sabe se virar sozinho.

Falando isso, ela abaixou a mão e segurou a mão dele, que estava passeando livremente, e fez um gesto com o dedo, como um gatinho.

O recado estava claro: Me poupa, por favor!

Sérgio olhou para ela toda nervosa e soltou uma risadinha, mostrando os dentes brancos e bonitos.

Se não fosse pela mão dele estar tão descontrolada naquele momento, Isabela quase acreditaria que ele era tão inofensivo quanto parecia.

Pedro levantou o olhar, observando a troca entre os dois, e entendeu a situação.

Ele sempre foi prático, pensou um pouco e se levantou:

— Poxa, acabei de lembrar que tenho uma coisa para fazer, vou nessa. — Depois disso, ele virou para Felipe e disse. — Você vem comigo.

— Se quer ir, vai sozinho. Eu estou com fome, vou comer. — Felipe respondeu, sem paciência.

Ele disse isso enquanto olhava direto para o rosto de Isabela.

Pedro revirou os olhos, nem se importou se Felipe queria partir ou não, puxou o colarinho dele e saiu falando:

— Preciso da sua ajuda numa coisa.

Isabela ficou sem palavras olhando os dois se afastando, depois virou para Sérgio.

Apesar do tom baixo, Sérgio estava tão perto que quem visse de trás podera achar que eles estavam fazendo algo proibido ali mesmo.

O rosto de Isabela ficou vermelho, mas Sérgio nem deu sinal de que ia parar. A mão dele deslizou para dentro da saia dela, subindo pouco a pouco.

Ela levou um susto e, com um olhar quase suplicante, disse:

— Não é o que você está pensando, sério. Ele que se machucou ontem, e hoje eu levei ele no hospital para dar uma olhada.

— Ok...

Ela mal tinha terminado de falar, e Sérgio já tinha apertado a parte mais sensível dela lá embaixo.

Ela gemeu baixinho.

— Hã. — Sérgio parecia satisfeito, e um sorriso malicioso apareceu no canto da boca.

Ele parecia estar gostando daquele momento, como se ela fosse uma pequena fera que ele podia controlar a vontade, dependendo só dele.

Isabela segurou a mão dele com força e, quase implorando, pediu:

— Por favor, não faça isso aqui.