O Preço da Tentação romance Capítulo 273

— Você... — O Sr. Medeiros levantou a vara e o encarou.

Mas Sérgio já tinha dado passos em direção à saída.

Quando chegou à porta, a Sra. Medeiros apareceu apressada, com uma expressão de que claramente tinha acabado de receber a notícia.

— Sogro, o Sérgio acabou de se machucar, ele não pode...

— Mãe. — Sérgio a olhou com o olhar sério e a testa levemente franzida. — O que você está fazendo aqui?

Ao perceber que Sérgio não tinha sido punido, a Sra. Medeiros ficou um instante sem reação.

Acabou gaguejando:

— Eu... Eu ouvi dizer que você incendiou a Casa do Luar.

O olhar de Sérgio se tornou mais fechado, estava claro que ele não queria se prolongar naquele assunto.

— Tenho outras coisas para resolver, vou indo.

E, sem dizer mais nada, deixou a Sra. e o Sr. Medeiros para trás, atravessando a passos largos o portão do altar da família Medeiros.

— Está vendo? Esse é o filho bem educado que você criou. — O Sr. Medeiros resmungou, furioso.

Sem poder fazer nada contra Sérgio, acabou descontando a raiva na Sra. Medeiros.

Ela apertou os lábios e respondeu com respeito:

— Sogro, eu assumo todos os prejuízos da Casa do Luar dessa vez.

— Humph. — O Sr. Medeiros soltou um resmungo e se virou, saindo.

Assim que Sérgio deixou o portão do altar, viu Nicolas se esgueirando por ali.

Quando notou que Sérgio saía inteiro e sem ferimentos, Nicolas suspirou aliviado.

— Chefe...

Sérgio não se surpreendeu por ele ainda estar ali, apenas perguntou, encarando ele:

— Foi você quem chamou ela?

O "ela" era a Sra. Medeiros.

Nicolas coçou a cabeça.

— É que... Fiquei com medo de você levar uma punição pesada do Sr. Medeiros...

Sérgio abriu a porta do carro em silêncio, entrou e só então disse, com a voz baixa e firme:

— Não quero que isso se repita.

— Sim, senhor. — Nicolas concordou de imediato.

Quando Sérgio voltou ao Paraíso, Isabela ainda dormia profundamente na cama.

Isabela não precisava de explicações para entender muito bem o que aquele olhar queria dizer.

Se fosse outra pessoa, ainda machucada, falando algo assim, talvez ela não acreditasse, m.

Mas sendo Sérgio... Ela não tinha como duvidar.

Afinal, em certos aspectos, ele podia ser descrito como... Um verdadeiro pervertido.

— Não, não, não... Já estou levantando. — Ela respondeu rápido.

Num pulo, ela se virou e se sentou na cama, lançando a Sérgio um sorriso cauteloso:

— Vou ali me arrumar rapidinho.

O jeito dela era como o de um coelhinho branco assustado, com medo de ser pego pelo lobo mau.

Sérgio arqueou a sobrancelha e, quando ela entrou no banheiro, se virou e se sentou no sofá ao lado.

Quando Isabela saiu novamente, viu que Sérgio já estava sem camisa, sentado no sofá.

O olhar dela caiu direto nos braços fortes e definidos dele.

Por um instante, ela ficou parada, sem entender o que ele estava pretendendo.

Ele tinha se machucado no dia anterior, e já estava com tanta pressa assim agora?

Ela engoliu seco, pensando em como poderia recusar Sérgio naquele momentodali a pouco.