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O Preço da Tentação romance Capítulo 274

Afinal, se Sérgio morresse na própria cama com dela, a família Medeiros provavelmente iria acabar com ela.

Enquanto ela se perdia em mil pensamentos, Sérgio já tinha falado:.

— Venha cá. — A voz dele soou baixa e grave, com um leve tom rouco para quem prestasse atenção.

Isabela mordeu os lábios e, ao se aproximar, teve a visão completa das costas dele.

O corte que ela mesma tinha feito na noite anterior ainda sangrava, a cena era de arrepiar. Mas, junto com toda aquela musculatura, havia um certo charme selvagem naquilo.

Vendo que Isabela estava parada atrás dele sem fazer nada, Sérgio apenas virou levemente a cabeça e a pegou olhando fixamente para suas costas.

— Já olhou o suficiente? — Perguntou ele, com um olhar de lado.

— Hã... — Ela murmurou, e depois de pensar um pouco, acabou falando. — Sr. Sérgio, o corte nas suas costas está bem feio. Será que não dá para deixar as outras coisas para depois?

Ela tinha sido delicada na forma de falar, mas Sérgio virou o rosto para encarar ela de vez, com um olhar cheio de provocação.

— Ah, é? Outras coisas? Que coisas seriam essas?

Isabela ficou sem palavras. O rosto estava esquentando, incapaz de dizer aquelas duas palavras.

Afinal, certas coisas eram para se fazer, não para falar.

Sérgio arqueou a sobrancelha e, de repente, puxou ela com força.

Ela perdeu o equilíbrio e quase caiu no sofá, mas não chegou a despencar, a mão dele a segurou firme e, num movimento suave, trouxe ela para dentro do abraço.

— O quê? Está com medo de mim?

— Não... — Respondeu Isabela, ainda sem entender o que ele queria afinal.

Ela tentou se soltar, mas ele a segurava sem deixar ela se mover.

— Me... Me solta primeiro. — Pediu ela, já um pouco aflita. — Mesmo que esteja com pressa, vai ter que esperar seu corpo melhorar primeiro.

— Ah, é? Pressa para quê? — Ele perguntou, inclinando levemente a cabeça, o canto dos lábios curvado num sorriso divertido. O tom era puro deboche, qualquer um teria percebido.

Mas Isabela não percebeu, e. Ela apenas apertou os lábios e respondeu:

— Claro que é... É aquela coisa que a gente faz sempre...

E, quanto mais falava, mais baixo ficava o tom de voz.

Ela, que normalmente era tão decidida, estava com o rosto completamente corado naquele momento, até as orelhas ardiam.

Isabela ficou um pouco surpresa e então percebeu que havia uma caixa de primeiros socorros sobre a mesinha perto do sofá.

Então era só isso que Sérgio queria que ela fizesse? Ajudasser a tratar o ferimento e fizessea fazer o curativo?

Pensando nas cenas que sua mente havia imaginado pouco antes, Isabela sentiu uma vontade enorme de se encolher e desaparecer.

Seu rosto que , já levemente corado por causa das provocações de Sérgio, ficou ainda mais vermelho.

Ela assentiu rapidamente, tentando disfarçar:

— Ah... Certo.

Ela vVirou o rosto para esconder o constrangimento e, ao mesmo tempo, pegou um antissépticoiodopovidona da caixa de primeiros socorros para desinfetar o ferimento de Sérgio.

Assim que o iodo tocou a ferida, Sérgio estremeceu levemente.

— Está doendo? — Isabela perguntou sem pensar.

Mal tinha falado, Sérgio deu uma risadinha, desviando um pouco o olhar para ela:

— Se você me pergunta assim, parecia que a gente estáava na cama.

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