O Preço da Tentação romance Capítulo 291

Flávia engoliu em seco. Em seguida, ergueu o queixo e disse:

— Eu bebo, então.

Hanna parecia não ter esperado que as coisas chegassem àquele ponto. Ela queria aconselhar Flávia, mas não conseguiu abrir a boca.

Só quando Flávia terminou o quinto copo, ela levantou a mão para deter ela.

— Flávia, chega. — Hanna sorriu de um jeito amargo. — Isso é coisa minha com a minha irmã, não tem nada a ver com vocês. Todos esses anos, eu tirei o amor de pai que originalmente pertencia à minha irmã, então tudo isso é o que eu mereço.

Depois de alguns copos, o rosto de Flávia já estava vermelho. Ela soltou um arroto e deu um tapinha no ombro de Hanna.

— Hanna, você não precisa se sentir culpada pela Isabela. Sua mãe se casou com o pai dela, isso foi coisa de adulto. Se a Isabela se incomodou, a culpa foi dela. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Flávia falava com uma confiança enorme e, em seguida, olhou para Isabela.

— Se algum dia te tratarem mal, venha me procurar.

Isabela achou engraçado ver alguém tão ingênuo e fácil de manipular como Flávia.

Ela soltou um riso frio, sem dizer nada.

Hanna, por outro lado, sorriu de forma amarga e se virou para Isabela:

— Mana, eu vou beber os próximos copos. Espero que você consiga me perdoar.

Dito isso, ela enfiou cinco copos de uma vez na boca.

Por fim, ela pegou um copo limpo, encheu de bebida e estendeu para Isabela.

— É sua vez. Se a gente terminar esse copo, será que conseguimos colocar tudo atrás da gente?

Isabela abaixou o olhar para o copo que Hanna oferecia a ela e ficou parada por um tempo.

— Mana? — Hanna chamou de novo, e depois perguntou timidamente. — Você ainda não quer me perdoar?

Isabela levantou levemente uma sobrancelha.

Ela estava curiosa para ver o que Hanna estava tentando fazer com todo aquele espetáculo.

Depois de todos aqueles anos, tirando a história com Gustavo, Hanna nunca tinha se aproveitado dela de forma alguma.

Ah, certo.

Até Gustavo era um canalha, e ela pegou o que quis sem se preocupar.

Hanna ficou paralisada por um instante, surpresa com a pausa repentina.

— Então... — Ela começou, querendo incentivar Isabela a beber, mas com medo de se expor demais. Então se levantou meio sem jeito e sorriu. — Obrigada, mana. Que presente é esse?

Isabela abriu a caixinha com entusiasmo, sorrindo:

— É um presente que combina muito com você.

Hanna sentiu, instintivamente, que nada de bom viria a seguir.

E, de fato, no instante seguinte, viu algo aparecendo dentro da caixa.

— Isso é... — Ela mordeu o lábio e franziu a testa por dentro.

Isabela tirou o item da caixa e sorriu para ela:

— É o novo conjunto que lançou esse ano. Olha, eu comprei um para você. Blusa, saia e coroa de chifres, lindo, né? — Isabela parecia totalmente inocente.

Ela nem parecia perceber que dar uma coroa de chifres de presente no aniversário de alguém poderia ser extremamente constrangedor.

Quando Hanna viu a coroa de chifres, o sorriso falso que tentava manter quase desmoronou.