O Preço da Tentação romance Capítulo 292

Ela não demonstrou surpresa alguma.

Isabela suspirou, um pouco desapontada:

— Como assim você não gostou? Eu escolhi esse presente especialmente para você, você gostou, né?

Hanna forçou um sorriso.

— Não, eu gostei mesmo.

O que Isabela queria dizer com aquilo?

Estaria zombando de Lívia por ter traído, ou estava debochando de si mesma?

Hanna rangeu os dentes de raiva, mas tinha que manter sua imagem de pessoa gentil e amável diante de todos.

Mesmo contrariada, só pôde engolir seco.

Mas ela não precisou falar, alguém falou por ela.

— Isabela, se você dar um presente, tudo bem, mas o que significa isso?

Flávia franziu a testa olhando para Isabela, continuando a defender Hanna.

Isabela lançou um olhar a ela.

— Você está com problema de audição? Não ouviu Hanna dizer que gostou?

— Ela só não quer te contrariar na frente de todo mundo. — Flávia se levantou de novo. — Isabela, não exagere.

— Ah é? — Isabela sorriu de forma maliciosa.

Hanna sentiu o coração disparar ao ver aquele sorriso. Ela rapidamente segurou Flávia pelo braço:

— Flávia, está tudo bem, eu realmente gostei desse conjunto.

Naquele momento, ela queria mesmo era fechar a boca de Flávia.

“Que idiota!”.

Se Isabela se irritasse, poderia acabar revelando a traição da mãe dela ali, e ela se tornaria motivo de piada.

Flávia não sabia o que Hanna estava pensando. Ela segurou a mão dela e disse com firmeza:

— Com a gente aqui, não precisa ter medo da Isabela. Ela te maltrata em casa, tudo bem, mas agora ainda te provoca fora. Você disse que ontem ela até te bateu, não foi?

Hanna mordeu os lábios.

Se não tivesse tanta gente, ela teria tapado a boca de Flávia.

Isabela, cansada da encenação de Hanna, se levantou:

Mas, ao abaixar a cabeça, um lampejo frio e cortante passou pelo olhar dela.

Isabela ignorou tudo, caminhou com elegância pelos corredores de salto alto e saiu da sala.

— Olha só para ela, parecendo uma fada malvada. — Flávia resmungou.

Hanna deu uma risadinha forçada:

— Flávia, não fala assim... A mana até que é legal.

— Você que acha que ela é sua irmã. — Flávia riu com sarcasmo. — Eu duvido que ela te considere gente.

Hanna ficou sem palavras.

Era uma frase difícil de engolir.

Ela sorriu sem jeito:

— Vou lá fora ligar para meu amigo, ele não conseguiu achar lugar.

E então saiu pela porta.

No canto mais isolado, tirou o celular e discou um número.

— Ela já foi embora. Pode usar o segundo plano.