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O Preço da Tentação romance Capítulo 402

Suzana ainda estava com o braço engessado, mas se encolhia no canto de fora da sala de cirurgia, com os olhos vazios.

— Suzana, o que aconteceu? — Isabela se aproximou, e chamou ela.

Acordando do seu estado de choque, Suzana se virou de repente, correu até Isabela e a abraçou forte.

— Isa, buááá... — Soluçava ela.

Isabela sentiu a vulnerabilidade de Suzana e começou a acariciar suas costas com leveza.

— Calma, me diga, o que aconteceu?

Suzana soluçou por um bom tempo, até conseguir contar a história de forma interrompida.

O que tinha acontecido era simples de explicar, mas suficiente para dilacerar o coração.

Na noite anterior, a saúde de Agatha havia melhorado, mas, inesperadamente, ela pulou do prédio no meio da noite.

Suzana, que dormia ao lado, só acordou ao ouvir o estrondo da queda.

Quando se aproximou da janela e viu sua mãe lá embaixo, ela desmoronou completamente e só voltou a si com os gritos de alguém ao redor.

Ela olhou para Isabela com uma expressão de dor profunda.

— Minha mãe já está lá dentro há duas ou três horas, os médicos já emitiram vários avisos de estado crítico... — Disse ela, com voz trêmula. — Isa, eu estou com tanto medo!

Suzana sempre tinha vivido só com a mãe, sem parentes ou amigos próximos. A única pessoa com quem podia desabafar era Isabela.

Isabela mordeu levemente o lábio, abraçando Suzana.

— Vai ficar tudo bem, tá? A sua mãe vai ficar bem.

Mas parecia que o destino brincava com elas.

Mal Isabela terminou de falar, a porta da sala de cirurgia se abriu.

O médico saiu, tirou a máscara e olhou seriamente para Suzana.

Suzana imediatamente olhou para ele, cheia de esperança:

— Doutor, como está minha mãe? Ela saiu do perigo?

O médico franziu os lábios, parecendo escolher as palavras, depois de um tempo, disse:

— Srta. Suzana, fizemos tudo o que podíamos.

Suzana sentiu como se uma bomba tivesse explodido na sua cabeça.

Antes que Isabela conseguisse reagir, Suzana desmaiou. Ela rapidamente a segurou, tentando ampará-la.

— Suzana, se estiver triste, então chore à vontade.

Ela não sabia como consolar Suzana. Ela conseguia sentir aquela dor dilacerante que sentiu quando sua mãe morreu. Por isso sabia que qualquer palavra de conforto, naquele momento, para Suzana, seria como uma farpa, não adiantaria nada.

Suzana ficou paralisada por um instante, e depois pulou da cama como se tivesse acordado do transe.

— Eu não acredito! Minha mãe não morreu, não pode ter morrido!

Isabela franziu a testa e a empurrou de volta para a cama.

— Suzana! — Disse com a voz mais alta do que o normal.

Suzana congelou por um instante.

Isabela suspirou, ficou em silêncio por um segundo e falou baixinho:

— Aceita a realidade.

O semblante de Suzana mudou, seus olhos se encheram de lágrimas rapidamente.

— Saia daqui! Saia! Eu não quero te ver!

Suzana empurrou Isabela com força e gritou apontando para a porta.

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