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O Preço da Tentação romance Capítulo 41

Na foto, os dois pareciam muito jovens, encostados um no outro como um casal apaixonado.

Ela guardou a foto discretamente dentro do envelope e saiu da cafeteria com passos firmes de salto alto, como se nada tivesse acontecido.

À tarde, passou o dia todo atolada de trabalho. A ideia era sair mais cedo para descansar um pouco, mas, justo quando estava se preparando para ir embora, Suzana entrou no escritório com um sorriso cheio de segundas intenções.

— Cof. — Ela levou a mão até o nariz como se disfarçasse alguma coisa. — Srta. Isabela, tem alguém querendo falar com você.

Isabela arrumava a bolsa enquanto olhava de lado para ela:

— Quem é?

Antes que Suzana respondesse, a porta se abriu de novo e Gustavo entrou segurando um buquê de flores.

— Isa, vim te buscar. Vamos embora juntos.

Isabela largou as coisas com certa impaciência, respirou fundo para recompor a expressão e só então levantou o rosto para ele:

— Obrigada.

Ainda não era o momento de bater de frente.

Ela nem estendeu a mão para as flores. Apenas chamou a secretária:

— Veja se acha um vaso e coloque essas flores para mim.

Gustavo, sem ver nenhum traço de alegria no rosto dela, mordeu levemente os lábios e se aproximou:

— Ainda está cedo... Que tal a gente jantar juntos?

Isabela deu um sorriso forçado:

— Claro.

Gustavo então pegou a mão dela e foi puxando para fora:

— Descobri um restaurante novo, dizem que é ótimo.

Ao passar por Suzana, Isabela piscou e fez um gesto com a cabeça, indicando para ela jogar as flores fora.

Já bastava ter que lidar com Gustavo, não queria ainda ter que encarar aquelas flores ridículas no trabalho.

Suzana arqueou a sobrancelha e respondeu com um sinal de "ok".

Foram até o restaurante e, durante a refeição, Isabela mal prestou atenção. Comeu com Gustavo por pura formalidade, só querendo terminar logo e ir embora. Mas, assim que saíram do restaurante, Gustavo atendeu uma ligação. Sem dizer nada, ele simplesmente ligou o carro e levou Isabela direto para um clube.

Quando chegaram, a sala privativa já estava cheia de gente. Assim que viram os dois entrando juntos, a galera começou a fazer piada.

No meio daquele clima, Gustavo, todo cheio de si, passou o braço pelos ombros de Isabela.

— Gustavo, eu sabia que você tinha marcado com a gente aqui hoje para comemorar alguma coisa. Então era para comemorar que finalmente conquistou a gata, né? — Alguém gritou, rindo, enquanto levantava para servir uma dose de bebida para cada um dos dois. — Vocês dois têm que brindar, sem desculpa!

Isabela, que até então achava que Gustavo tinha sido chamado de última hora, percebeu naquele momento que foi ele mesmo quem tinha armado aquilo tudo. Ela olhou para ele, desconfiada:

— Por que não me avisou antes? Nem me preparei para isso.

Gustavo abaixou o olhar e respondeu:

— Relaxa... Somos todos amigos próximos. Está com vergonha de quê?

Ele pegou um copo e entregou outro para Isabela:

— Para comemorar que a gente voltou. Surpresa boa, né?

Surpresa boa o caralho!

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