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O Preço da Tentação romance Capítulo 436

Isabela estava encolhida nos braços de Sérgio quando ele a levou para dentro do hospital.

Ela manteve o rosto enterrado no peito dele o tempo todo, como se estivesse morrendo de medo de ser reconhecida, bem com jeitinho de quem tinha feito algo errado.

Sérgio abaixou os olhos para a olhar.

Vendo o rosto dela um pouco inchado e avermelhado, soltou um resmungo.

— O que foi? Está achando humilhante ser carregada por mim? — Perguntou ele com aquele tom frio de sempre.

Isabela apertou os lábios.

— Não é isso... Só não quero te causar problemas. Se alguém tirar uma foto da gente, amanhã já vai estar em todas as manchetes. Aí você ainda vai ter que explicar que eu sou sua irmãzinha ou sei lá o quê.

“Ela é tão “atenciosa”, né?”

Mas parecia que Sérgio não apreciava nem um pouco.

Mal ela terminou de falar, viu o maxilar dele se contrair, ele estava claramente rangendo os dentes.

— Se consegue falar tanto assim... Deve ser porque a lesão não foi tão séria. — Disse ele, num tom que misturava ironia e irritação.

Isabela resolveu ficar quieta, sentiu que não valia a pena discutir com aquele homem.

Alguns minutos depois, Sérgio a colocou diante do médico.

Após a examinar, o médico disse:

— Fora o tornozelo torcido, está tudo bem. Vai precisar de uns dias de descanso. — Em seguida, ele olhou para Sérgio e continuou. — Como namorado, você tem que cuidar bem dela, hein.

Isabela abriu a boca para corrigir, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, ouviu Sérgio responder com naturalidade:

— Certo. Tem mais alguma coisa que eu precise saber?

O médico hesitou um instante, olhou para ele e depois para ela, com um ar compreensivo.

— Por enquanto, nada de atividades físicas intensas, ok? Nem as... Na cama — Falou ele, com um sorrisinho de canto. — O machucado é sério, precisa repousar bem.

Mesmo com a cara de pau que tinha, Isabela sentiu o rosto pegar fogo na hora.

E Sérgio, impassível, olhou o médico com toda a seriedade do mundo e perguntou:

— Entendi, e se eu não conseguir me segurar? — Perguntou, num tom perfeitamente calmo.

Isabela quase engasgou.

Naquele momento, ela só queria desaparecer, sumir dali, cavar um buraco e se enfiar dentro.

Sabia que Sérgio nunca media as palavras, mas não esperava que ele fosse tão descarado.

“Meu Deus... Será que dá para abrir um buraco no chão e me deixar entrar?”, pensou ela consigo mesma.

O médico ficou sem reação por um segundo, ajeitou os óculos e respondeu:

— Mesmo assim, vai ter que se segurar.

Sérgio arqueou uma sobrancelha, se virou para Isabela e disse, palavra por palavra, com aquele ar provocante:

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