O Preço da Tentação romance Capítulo 438

O homem só então teve coragem de avançar, pegar a mala e sair correndo.

Nicolas o acompanhou até a porta e, pouco tempo depois, voltou com um bilhete na mão.

— Chefe, esse é o endereço que ele deixou.

Sérgio não falou nada, apenas segurou a foto com força.

A força foi tanta que os nós dos dedos ficaram levemente brancos, e ele nem percebeu.

Nicolas deu uma olhada rápida na foto, mas antes que conseguisse ver direito, Sérgio a guardou.

— Mande alguém procurar o endereço que ele indicou. Tenho que a encontrar, custe o que custar.

— Certo, vou mandar imediatamente. — Nicolas assentiu.

Com isso, Sérgio se levantou e saiu.

Nicolas observou suas costas enquanto ele se afastava, soltou um “tsk” e balançou a cabeça.

Depois, abaixou o olhar para o bilhete na mão, arqueou uma sobrancelha e saiu do quarto para dar as ordens.

...

Quando Sérgio chegou em casa, Isabela dormia profundamente.

Provavelmente com dificuldade para se mover, ela nem tinha trocado de roupa, apenas permanecendo deitada.

Ele ficou parado ao lado da cama, olhando para o rosto dela, seus olhos eram profundos e impossíveis de decifrar.

Mas Isabela não dormia de forma tranquila.

Em seus sonhos, sentia alguém a perseguir.

Era como se ainda estivesse na rua estreita, correndo de alguém.

Seus lábios vermelhos se moviam ligeiramente, murmurando algo.

Sérgio se aproximou e finalmente ouviu:

— Não chega perto, não me toca...

De repente, ela acordou assustada. Pulou da cama com tanta força que Sérgio não conseguiu desviar, e acabou recebendo um beijo lateral de Isabela.

Ela não percebeu a força que aplicou.

O beijo foi um pouco forte, surpresa da força do impulso.

Isabela, ainda assustada com a aparição repentina de Sérgio, levou a mão ao peito e perguntou:

— Quando você voltou? Por que não fez nenhum barulho?

Sérgio a observou sob a luz fraca e soltou um riso curto:

— Se não me engano, aqui é minha casa. — Ele continuou, com tom provocador. — E você não se lembra do que o médico falou?

Isabela ficou paralisada, ainda sem raciocinar direito: