Já perdi as contas de quantas vezes eu acordei, dizendo que iria agir de maneira diferente, e acabei fazendo a mesma coisa.
Eu já havia batido o recorde de burrices, e precisava parar de agir feito uma idiota.
Quando eu desci pra tomar café da manhã, os meus pais já haviam saído pro escritório.
- Bom dia Graça
Graça: Bom dia Celine, acordou melhor hoje?
A Graça é uma mulher super discreta, ela me viu várias vezes chegando da universidade com cara de poucos amigos, mas ela nunca comentou isso com os meus pais.
- Acordei com sangue nos olhos Graça, mas nada tão diferente dos outros dias não, eu não sei como estou fazendo direito, pensando a toda hora em matar alguém.
Falei colocando uma fatia de torrada na boca.
É claro que a Graça conhecia o meu humor, e sabia que eu não teria coragem de matar nem uma mosca.
Graça: Controla esse seu gênio, antes que ele controle você Celine.
- Só se eu nascesse de novo Graça, não existe jeito pra mim não.
Nós duas rimos.
Fui pra universidade com vontade de causar desordem e destruição, tirei a minha cara de deboche da gaveta, e voltei a ser a Celine dona de si, ao invés da Celine vítima das circunstâncias, ou melhor, vítima do professor cafajeste.
Quando cheguei na Universidade, o Kyle ainda não havia chegado, e por ser uma quarta-feira, eu iria ter aula com ele.
Fui pra minha cadeira do terror, a mesma que eu sempre sentava, de frente pra mesa dele.
Assim que ele chegou, passou logo a visão em mim, ele estava andando normalmente, parecia estar pronto pra outro golpe, eu daria sem nenhum peso na consciência, se ele se atravesse a me incomodar.
Kyle: Bom dia galera.
Todos responderam, e logo depois começaram a sessão de perguntas das putinhas que tinham na sala.
" O que houve Ky, que você não veio ontem" ?
" Você está bem Ky "?
" Você nunca faltou, o que houve "?
Ele olhou pra mim, e logo depois respondeu as perguntas.
Kyle: Eu tive um problema pessoal, e se é pessoal, sem perguntas, tudo bem? vamos começar a aula.
Ele voltou a olhar pra mim, e desceu o olhar até as minhas pernas.
- Filho da puta, que golpe baixo. Pensei, sentindo o meu corpo reagir.
Se eu sou só um jogo pra ele, então vamos ver se ele sabe jogar.
Abri as minhas pernas, afinal, não era pra elas que ele estava olhando?
Na mesma hora ele desviou o olhar e sentou detrás da mesa dele, o que deixava claro o quanto eu o tinha atingido.
Ele tentou continuar dando a aula dele sentado, mas eu continuei com as pernas abertas, o que dificultou a concentração dele.
No fim da aula, eu me levantei e ele continuou sentado, quando eu dei os primeiros dois passos, ele me interrompeu.
Kyle: Voltamos ao início agora?
Eu o olhei, mas não o respondi, continuei caminhando em direção a porta, tentando ignorar totalmente a existência dele.
Assim que chegou no corredor, encontrei o Luke, que logo veio me dar um beijo no rosto.
Luke: Celine, você está linda princesa.
É claro que essa cantada barata jamais iria me atrair em ocasiões diferentes a essa, mas como estar ao lado dele, fazia o professor pirar, eu dei abertura.
- Obrigada Luke, adoro quando você me elogia desse jeito.
O Kyle saiu da sala, e nossos olhares se cruzavam, e eu podia jurar que ele me mataria naquele momento se tivesse oportunidade.
Eu desviei o olhar e passei a olhar pro Luke, que estava falando algo que eu não consegui prestar atenção.
Luke: E aí? o que você me diz gatinha?
Fiquei super perdida, sem saber o que deveria responder, e fui salva pelo toque avisando pra voltarmos pras salas.
- Depois eu converso melhor com você sobre isso. Falei fugindo da conversa e indo pra minha sala.
As aulas seguiram normalmente, assim como na matéria do Kyle, eu também estava indo muito bem em todas as outras, como deveria ser.
No fim da manhã, eu fui pro meu carro, olhando pra trás, pra saber se eu não estava sendo seguida, não sei se fiquei aliviada, ou se fiquei decepcionada pelo fato do Kyle não ter ido atrás de mim.
Entrei no carro e fui pensando até chegar em casa, já faziam quatro dias que a Karen não ligava pra mim.
E eu fiquei preocupada por eu ter demorado a me dar conta disso.
Assim que cheguei em casa, fui pro meu quarto, tomei um banho e desci pra almoçar.
- Até que enfim um dia sem lágrimas, falei sentando, enquanto a Graça colocava a minha comida.
Graça: Não me diga que conseguiu matar alguém?
- Eu ainda estou matando Graça, a morte dele tem que ser lenta e dolorosa.
Nós duas rimos.
Almocei tranquilamente, depois fui pra varanda pra tentar falar com a Karen.
Karen: Oi Celine.
Eu achei estranho a forma como ela me atendeu, ela foi formal demais pro meu gosto.
- O que você tem Karen? e não adianta você me falar que não tem nada, pois você passou quatro dias sem me ligar, e me atendeu agora me chamando pelo nome, e pra você eu sou " Vaca" e não Celine.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O professor e a virgem ninfeta
Amei o livro,muito bom,me lembrou cinquenta tons de cinza, mas amei....
Caralho eu amei demais...
Parabéns pelo livro, é viciante sua escrita. Já estou no terceiro livro. A Celine é simplesmente maravilhosa!...
Eu esperei mais continuação aneeeem...
Eu amei história dois você é uma escritora maravilhosa parabéns sol Rodrigues....
Gostei demais da história, Cheio de nuances, com muito conteúdo... muito Obrigado por nos emprestar o seu talento, e também por Não enrolar. Você deixou a história limpa e sem Rodeios... Simplesmente amei......