O Rei Lycan e sua Tentação Sombria romance Capítulo 119

REI VAMPIRO

Eu sabia que o desgraçado do Aldric era forte, mas aquele maldito me colocou à beira da morte várias vezes.

Inclusive tiveram a audácia de me atacar juntos, ele e sua mulherzinha, aquela m*****a Selenia defeituosa que nem um trabalho simples conseguiu fazer direito.

Estavam me desgastando.

O sangue de Gabrielle, que havia nutrido meus poderes lentamente todos esses anos, estava salvando minha vida, mas mesmo assim, aquelas reservas de poder não eram infinitas!

Usei grande parte dele para me curar rapidamente.

A perda de sangue era significativa, e eu precisava acabar com essa luta de uma vez.

Os idiotas que trouxe estavam todos mortos. Isso era um desastre!

Ataquei de repente o Rei Lycan, aproveitando a proximidade que ele mesmo criou, com a intenção de feri-lo o suficiente para voar até Valeria e torná-la minha refém.

Ela era meu bilhete para sair daqui e levar comigo o imenso poder que deveria ainda estar em suas mãos. Eu acreditava que ainda poderia consertar as coisas.

Algo me incomodava. Meu sexto sentido dizia que eu deveria fugir o quanto antes.

Então, quando o idiota do Rei Lycan me lançou pelos ares, vi a oportunidade de me transformar em névoa e fluir até Valeria para capturá-la.

No entanto, quando invoquei os poderes de Gabrielle dentro do meu corpo, fazendo seu líquido vital fluir com o meu, ele não respondeu. Tentei novamente, várias vezes, sem sucesso.

Se antes eu estava preocupado, agora eu estava aterrorizado!

Caí de cócoras no chão, apoiando a mão na superfície fria, pronto para finalizar meus planos rapidamente, mas meus olhos se depararam com pés femininos descalços.

Fui subindo o olhar lentamente por suas pernas expostas, enquanto um arrepio percorria todo o meu corpo.

Só havia sentido um medo semelhante diante de uma única pessoa na minha vida, e não podia ser ela.

Não podia… isso só podia ser uma ilusão.

— Olá, Kael. Quanto tempo sem nos vermos. Sentiu falta da sua Rainha? — era… era… ela. Seu belo rosto, por quem me apaixonei em segredo, com uma expressão cínica e cruel. Sua boca sorria, mas aquele sorriso assassino fazia meu coração tremer ainda mais.

— Ga… Gabrielle… como? — as palavras ficaram presas na minha garganta. Meus olhos vagavam erráticos, procurando uma forma de escapar.

— Isso mesmo eu me pergunto, Kael. Como você pôde fazer isso comigo? Como pôde fazer isso com minha menina? — ela começou a caminhar em minha direção, suas palavras destilando todo o ódio que sentia por mim.

Ela sabia a verdade. Todas as minhas ações haviam sido descobertas.

Ela nunca me deu uma única chance.

— Arrancar a cabeça… que boa expressão. Gostei. Você realmente criou coragem nesses anos, Kael. Uma cobra tão rasteira crescendo ao meu lado, como nunca percebi? Vamos, use, ouse utilizar contra mim o sangue que deixei para minha filha! — rugiu, e desta vez, não hesitei.

Já havia mapeado o local e encontrado uma fenda por onde poderia escapar, embora não soubesse se levava à saída.

Movi seu próprio sangue, explodindo o poder em minhas veias, queimando minhas últimas reservas e me transformei em uma fina névoa, viajando veloz e escondido pelo ar.

Pelo visto, não tão escondido quanto eu imaginava.

Algo agarrou minha garganta com uma força que me deixou em choque.

Incapaz de controlar minha transformação, meus pulmões não conseguiam captar sequer um pouco de oxigênio.

Caí no chão alguns metros adiante, levando as mãos ao pescoço, onde garras invisíveis me sufocavam.

Passos tranquilos ecoaram atrás de mim. O suor frio escorria, encharcando minhas roupas.

Eu não podia morrer.

Não me renderia a ela sem lutar.