O Supremo. romance Capítulo 84

Rafael

Saímos em caminho para a biblioteca e chegando nós entramos em uma pequena discussão, porque a biblioteca é enorme com imensos livros como a Andréia quer que achemos a profecia em quinze minutos? Ela é doida, se acha tão fácil assim por que ela não veio fazer? Agora eu tenho que ficar aqui vendo esses dois marmanjos brigarem se vão pela escada da direita ou pela esquerda, minha Deusa eu mereço isso por tudo que eu já fiz no passado agradecendo não ter família.

- Não to nem aí eu vou por ali e vocês se decidem. – Subo pela esquerda os deixando para trás, a biblioteca é dividida por letras, cada letra um andar e precisamos subir até o P para acharmos sobre o que viemos procurar em um curto período de tempo.

Cá estou eu nessa sala com Collyn e Zeny quebrando a cabeça para descobrir a profecia, mas estou vendo que isso não vai nos levar a lugar algum com destino para o desconhecido virando a rua para minha total confusa, coço minha cabeça bagunçando meus cabelos e me levanto para beber um pouco de água quando sinto minha boca seca ou até mesmo comer alguma coisa, entro na cozinha pegando um copo e o enchendo com suco ao invés de água porque desde que eu criei apetite com meu lobo meu suco favorito é o de laranja natural, quando estou tomando meu suco sinto uma presença na cozinha, mas já sei quem é então só espero ela chegar e me abraçar por trás, deixo meu copo ainda cheio em cima do balcão me virando para a mulher da minha vida e fico ali observando seu lindo sorriso em minha direção.

- Pensei que ainda estivesse brava comigo por causa da Scarlet. – Ela fecha a cara.

Ana – Eu estava junto com Yasmin, acabou o clima e o amor. – Ela ia sair dos meus braços, mas eu a aperto mais.

- Desculpa não falo mais desse assunto, só não garanto que o Rafael não vá falar. – A criança que é minha companheira me dá língua. – Não deveria estar dormindo criança? – Ela me dá um tapa que desloca meu ombro e percebo de longe seu desespero.

Ana – Pela lua, isso é coisa da Yasmin, me desculpe meu amor ainda não me acostumei e estou aprendendo a controlar tudo isso. – Sorrio.

- Está tudo bem, afinal eu ainda sou um vampiro. – Coloco meu obro de volta ao lugar. – O único jeito de você me ferir é aqui. – Deposito sua mão em meu peito. – Agora que eu tenho um coração e ele bate bem vivo. – Ela começa a rir. – Ele é todo seu. – Ela sorri ficando nas pontas dos pés selando meus lábios.

Ana – Diferente do seu, o meu nunca deixou de bater. – Volta a rir.

- Agora quem estragou o clima foi você, sabia que ser romântico custa caro e exige muito do meu esforço? – Ela continua rindo e eu me viro de volta para meu suco que ainda está ali em cima da pia. – Repetindo a pergunta, o que ainda faz acordada aqui e não no campo de treinamento? – Ela me abraça ainda sorrindo.

Ana – Não consigo dormir sem o meu coração ao meu lado e daqui a pouco estou indo para o campo de treinamento, Andréia está uma fera e não vai ser eu a provoca-la. – A observo pelo canto do olho.

- Errado, seu coração bate dentro de você e não do seu lado, eu acho... Não, eu tenho quase certeza que pode dormir tranquilamente e descansar antes de ir. – Bebo o meu suco todo lavando meu copo o deixando escorrer.

Ana – Acho que quem deveria estar no cio sou eu e não você. – Sorrio disfarçadamente.

- Mas até onde eu sei foi você que começou. – Pisco para ela saindo dos seus braços e seguindo para a porta da cozinha. – Vai dormi criança. – Digo ante de chegar à porta.

Ana – Cuidado, ou a criança aqui coloca você para dormir junto com as estrelas. – Sorrio pelo jeito Yasmin já está afetando o seu comportamento e implicando com o Rafael número 2, chego na biblioteca e encontro aqueles dois pensando, mais alguns minutos e juro que vai sair fumaça da cabeça de cada um.

- Vamos começar porque não temos a madrugada toda. – Eles se jogam no sofá que tem ali.

Collyn – Eu não gosto de ler. – Resmunga.

Zeny – Mas você lê quadrinhos. – O olho intrigada.

Collyn – Ah então me desculpa, vou reformular a frase. – Se senta e me encara sério. – Eu não gosto de ler coisas chatas. – Volta a se deitar no sofá. – Melhorou? – Suspiro e olho para o Zeny.

Zeny – Não me olhe assim, eu já li muita coisa chata na faculdade e sabe como é difícil fazer curso de medicina nos anos sessenta? – Estou cercado de pessoas preguiçosas.

- Vocês nem dormem mesmo e se eu quiser nem eu durmo, estamos perdendo o pouco de tempo que a irmã de vocês deu, então é melhor começarmos a agir ou se preparem para ficarem vegetando uma semana nesse sofá e espero que a Andréia não encontre vocês. – Eles se levantam.

Collyn – Em uma biblioteca desse tamanho não é possível que não tenha alguma escada... – Ele para do nada pegando um livro e sorrindo. – Olha, eu queria esse gibi há muito tempo. – Respiro profundamente.

- Se usasse toda essa inteligência e disposição nos livros teria progredido mais na sua vida. – Meus olhos estão vermelhos. – Ele coloca a mão no peito fingindo estar ofendido.

Collyn – Doeu. – Suspiro até meus olhos voltar ao normal. – Espero que só tenha um livro de profecias. – Ele olha para aquelas fileiras e fileiras de livros. – Fala sério. – Suspira.

Zeny – Fala sério, dois. – Isso vai demorar.

- Três. – Pelo menos nisso pensamos todos iguais de que aquilo pode demorar e nós estamos perdendo o tempo que nos deram.

Collyn – Bem que alguém poderia nos dar uma forcinha. – Praticamente grita e um livro se mexe voando direto para as suas mãos. – ‘’ Como ser forte.’’ – Lê o que está na capa. – Isso só pode ser sacanagem com a minha cara, essa biblioteca me odeia. – Mas pode ser muito bom para a gente.

Zeny – Acho que a sala funciona por comandos.

Collyn – Como assim? – O olho com uma sobrancelha arqueada.

Zeny – É meu irmão e tonto. – Ele dá de ombros.

Collyn – Não me peça para ser inteligente a essa hora. – Reviro os olhos.

Zeny – Rafa, por favor, explique para ele. – Sorrio travesso.

- Era uma vez, em uma imensa biblioteca... – Ele me interrompe com raiva.

Collyn – Vai logo ao ponto eu não sou criança. – Mas faz birra igual a uma, ele é até pior que o meu filho.

- Nessa enorme livraria teria coragem de andar até procurar um livro? – Ele nega. – Então pode chamar que ele irá cair em seu colo, é uma biblioteca enfeitiçada para tornar tudo mais fácil. – Ele faz uma cara de surpresa.

Collyn – Volte a sua fileira. – O livro voa e retorna ao seu lugar rapidamente. – Mas será que em só um livro de profecias? Essa é a pergunta que não quer calar até agora.

Zeny – Só tem um jeito de saber isso. – Ele me olha.

- Livro de profecias. – Falo alto, mas nada acontece. – Será que... – De repente a mesa de centro que tem entre os sofás desce e de lá surge um livro enorme bem grosso, Zeny tenta chegar perto do livro flutuado em nosso meio. – Não. – Ele se afasta e eu me aproximo bem lentamente quando estico meu livro tentando tocar sou arremessado para bem longe, me levanto rapidamente e corro ficando ao lado deles novamente.

Livro – O que desejam saber? – Essa voz não me é estranha, acho que já ouvi a alguns, muitos anos atrás.

Zeny – Queremos saber sobre a profecia árvore e do Jeremy. – Ele é interrompido.

Livro – Só pode me fazer perguntas a pessoa que tiver alguma relação com a profecia em questão. – Mas se não sabermos a profecia como vamos descobrir quem estar relacionado com ele entre nós?

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