O Vício de Amor romance Capítulo 76

A chamada foi desligada e Natália continuou de pé em frente à janela segurando o celular, sem ação, ainda olhando para fora embora não conseguisse ver nada na escuridão.

- Mamãe. - Matheus chamou.

Natália virou, olhou para o rosto do filho e sorriu:

- Por que está me chamando?

Matheus colocou o tablet de lado e correu para ela, abraçando sua perna e fazendo bico:

- Mamãe, minha irmã está dormindo, você vai me dar banho hoje?

Ela beliscou as bochechas dele e disse, com extremo mimo:

- Okay.

Matheus sorriu, agarrando a beira da camisa de Natália, uma pequena animação surgindo em seu coração agora que poderia ficar um tempo sozinho com sua mãe sem sua irmã pegajosa.

Se sua irmã estivesse acordada, ela se agarraria a sua mãe mais uma vez, não deixando que ele tivesse algum tempo sozinho com ela.

Natália acendeu a luz do banheiro, acionou a água e deixou encher uma piscina de água quente.

Matheus já tinha começado a se despir, tirando a roupa completamente:

- A água está pronta... - Natália se virou e viu seu filho já despido, seus olhos passando pelo corpinho pálido.

Matheus se viu nu... e se apressou em cobrir entre suas pernas, corando. - Mamãe.

Natália o provoca de propósito:

- Meu filho, ainda com vergonha?

A cabeça de Matheus estava baixa, seu rosto corado.

De timidez.

Natália parou de provocar e o carregou para dentro da banheira, Matheus se escondendo sob a água, apenas a cabeça de fora. Natália derramou shampoo em seu cabelo e massageou de forma gentil.

Matheus era obediente o suficiente para se agachar na água e deixar Natália lavar seu cabelo. Enquanto olhava para o rosto gentil de sua mãe, ele chamou:

- Mamãe.

- Hmm?

Matheus sorriu e não disse nada.

Em seu coração, no entanto, ele estava determinado a encontrar um bom homem para cuidar de sua mãe.

Natália suja o nariz dele de espuma, pensando que ele só estivesse sendo travesso a chamando para não dizer nada, sem saber que ele estava determinado a encontrar um bom homem para ela.

Só que bons homens não são tão fáceis de encontrar.

No último dia de Julho, Natália retornou a Santa Cruz com seus filhos.

Já que a parte domiciliar já estava arranjada, ela só teve que trazer as crianças, uma pequena quantidade de roupas e coisas do tipo.

Matheus estava calmo, diferente de Mariana, cujo prazer, ou desprazer, estava escrito por todo o seu rosto. Também estava animada em pegar um avião. Este era seu segundo voo, o primeiro quando ela tinha apenas três anos de idade, por isso não se lembrava.

A pequena considerava tudo impressionante, tocando e enfiando o dedo, as mãos não conseguiam parar.

Natália não podia fazer nada.

Ela só conseguia segurá-la inquieta em seus braços. Ainda bem que estavam sentadas próximas a Fernanda e Matheus, assim não perturbavam ninguém.

- Mamãe, eu quero suco. - Vendo a aeromoça servindo suco ao outros passageiros, Mariana pediu.

Hoje Mariana vestia um vestido azul bebê, pele branca delicada, cabelo escuro em duas tranças e olhos claros e brilhantes que pareciam falar.

- Que tipo de suco você gostaria de beber? - A aeromoça perguntou de forma gentil enquanto se abaixava e olhava para a garotinha.

Mariana piscou e apontou para o copo verde.

- Este é suco de kiwi, pode ser azedo. - A aeromoça explicou.

Mariana não pareceu com medo da acidez e concordou.

A aeromoça entregou o suco de kiwi para ela e, talvez porque ela era tão fofa, perguntou:

- Qual o seu nome, pequena?

Mariana sorriu, mostrando uma linha de dentes brancos como leite:

- Meu nome é Mariana Ribeiro, mamãe e vovó me chamam de Mariana.

- É um belo nome. - A aeromoça elogiou.

Natália acariciou o cabelo da filha.

- Sua filha é linda. - Sorriu a aeromoça.

- Obrigada. - Natália acenou educadamente.

Matheus olhou para sua irmã e virou a cabeça para olhar pela janela, não parecendo gostar da abordagem.

A aeromoça empurrou o carrinho de bebidas para longe e, não muito depois, a voz do capitão ressoou:

- Passageiros indo para Belo Mato, Santa Cruz, por favor, se preparem, o avião irá pousar no Aeroporto Internacional de Dom Gonçalves em dez minutos.

Dez minutos depois.

O avião pousou. Natália segurava Mariana, que dormia em seus braços. Fernanda segurava a mão de Matheus, que desceu do avião e agora olhava ao redor, investigando o local.

No fundo de sua mente, ele pensava, foi aqui que mamãe nasceu.

- Eu vou pegar as bagagens. - Fernanda largou a mão de Matheus:

- Siga sua mãe até a saída e espere por mim.

- Tudo bem. - Com Matheus, não tinham com o que se preocupar, ele era muito atento.

- Nati. - Anderson veio na direção deles com Renata ao seu lado.

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