O viking bruto romance Capítulo 30

KLAUS

Faltando um dia para o julgamento eu perco o sono.

Estudei o caralho de asa que eu poderia encontrar nesse país e minha cabeça está fervendo com tantas informações. Mas eu não vou perder esse julgamento. 

Ah, não vou.

Estudei principalmente as atualizações mais recentes nas leis, principalmente as questão relacionadas a crimes de homicídio e memorizei cada artigo em minha mente.

- O senhor não perde por esperar, promotor.

A polícia tentou prender meu cliente mas eu fiz uma petição espetacular para o juiz,pedindo que ele aguardasse em liberdade até o julgamento e meu cliente teve que pagar uma quantia generosa de fiança para ficar solto.

DIA DO JULGAMENTO

Acordo cedo e vou me arrumar. Jade acordou junto comigo e se arruma também.

Ela olha pra mim e fala:

- Boa sorte, meu leão, eu confio na sua capacidade. Você vencerá, meu leão.

- Obrigado, minha joia preciosa.

Ao chegar no tribunal, vários jornalistas correm até mim, querendo conhecer o jovem advogado que enfrentará o promotor mais temido do estado do Arizona.

Um deles se aproxima e me faz uma pergunta:

- Senhor Klaus Westrauss, como o senhor classifica o dia de hoje? Está com medo?

Eu paro e o encaro, enquanto todos olham para mim e falo:

- Classifico como o dia que o senhor Sean McCalister terá sua primeira derrota. E respondendo a sua pergunta, a palavra medo não existe em meu vocabulário. Eu tenho sangue viking. É mais fácil o medo ter medo de mim. Com licença.

O burburinho aumenta e eu vou entrando segurando a mão de Jade e guiando  até lá dentro.

Os jornalistas se amontoam ao meu redor, ensandecidos, fazendo perguntas e uma multidão se forma do lado de fora.

Chegando na sessão, Jade me beija, me abraça e fala:

- Boa sorte, meu amor. Saiba que você pode tudo!

- Obrigado meu amor, eu te amo. Agora só observe seu homem ganhar essa porra! - eu a beijo todo apaixonado.

- Simmmm! - ela fala animada, me dando forças.

Coloco minha beca preta, a qual os advogados usam nos julgamento e a sessão inicia.

Sala de tribunal

Ao fundo, o juiz bate o martelo iniciando a sessão. A seu lado está o júri formado por um pequeno grupo de homens e mulheres, ao todo 12. À frente estou eu, advogado de defesa, o promotor Sean McCalister e o réu, meu cliente. A audiência conta com cerca de 200 pessoas no recinto.

O juiz começa a falar:

- Declaro aberta a sessão, onde está sendo acusado, Jeffrey Reynolds, dos assassinatos de sua esposa, Annie Marie Johnson e o homem que estava com ela, Andrew Steverson, aqui na cidade de Phoenix, no estado do Arizona. Que se manifeste primeiramente a defesa do réu!

- O meu cliente é inocente, Meritíssimo. - eu falo.

- Discorra sobre a sua declaração, senhor advogado de defesa. - o juiz pede.

Começo a falar sobre todos os passos do meu cliente e coloco uma dúvida na cabeçados jurados:

- O que queria reiterar aqui, é que é nítido o racismo nesta acusação leviana contra o meu cliente. O fato dele ser negro, neste país onde o racismo estrutural é exacerbado,conta como principal ponta de acusação, tendo a promotoria e a própria polícia dúvidas e um fraco material acusatório.

O promotor se levanta possesso e começa seus ataques:

- Protesto meritíssimo! O advogado do réu está a princípio,desenhando justificativas envolvendo o racismo!!

- Protesto negado. Prossiga a defesa.

Sean McCalister arregala os olhos puto da vida e se senta inconformado.

Continuo falando e demonstro todas as provas que consegui juntar nas últimas semanas e vejo que todos ficam impressionados com minha oratória. O juiz só falta deixar o queixo cair impressionado comigo.

 - A arma do crime de nada incrimina meu cliente, a acusação carece de uma denúncia robusta, infelizmente. - eu digo de forma impassível.

O promotor fica vermelho de raiva e se levanta mais uma vez, quase gritando:

- Protesto meritíssimo!!!!! O ilustre colega agora tenta banalizar o crime e tira da prova material, toda a gravidade ! Data vênia, meu colega está traçando um caminho perigoso para obter êxito em sua defesa! Peço, meritíssimo, que aceite o meu protesto

O juiz olha com receio para o promotor e fala:

- Protesto aceito. Doutor Klaus, limite-se aos fatos e argumentos sem a generalização perigosa ou inconveniente.

Encaro por uns segundos o promotor e falo:

- Por ora, excelência, dou-me por satisfeito. Prefiro me manifestar após os depoimentos das testemunhas. 

Eu me sento e o juiz fala:

- Com a palavra, o excelentíssimo senhor promotor.

Sean vai até a frente e começa seu espetáculo. Eu o observo de forma fria e calculista e percebo o quanto ele é fodástico. Mas não vou me iludir com isso agora, eu preciso vencê-lo.

- Não devemos dar valor a barbárie, meus caros! Nada justifica esse assassinato brutal e infame. As provas estão mais que estampadas em nossos rostos!!! Não sejamos condescendentes com esse criminoso ou estaremos sendo pior que ele, aplaudido a impunidade!!!! - ele fala querendo acabar comigo.

Eu me levanto puto e falo:

- Eu protesto,meritíssimo!! A acusação agora se vale da generalização!!!! Há crime e há atenuantes!!!!

O juiz olha pra mim e fala:

Protesto negado. Continue a promotoria.

Sean olha pra mim com um sorrisinho debochado e continua acabando com meu cliente:

- A promotoria sabe que há atenuantes, pois a própria lei maior o prevê! No entanto, onde está aquele artigo que atenua a perda??? Onde está previsto que o mau exemplo seja evitado? A dor dessa família é infindável meus caros e este homem que aqui se encontra, matou a sangue frio essas vítimas! Que ninguém compactue com a violência que tanto desumaniza o homem!

O promotor destroça o acusado com palavras e todos o olham muito admirados.

Em seguida ele olha para o juiz e fala:

- Meritíssimo, deixo minhas considerações para que os jurados reflitam sobre elas.

Ato contínuo, o juiz pede que entre no recinto as testemunhas que se tratam dos policiais e dos homens das ambulâncias.

O promotor fica sorrindo achando que já ganhou mas ele nem sonha que eu tenho uma carta na manga, talvez duas.

No discorrer do julgamento, os policiais, todos brancos, acusam o meu cliente de ser o assassino mesmo se valendo somente de o terem visto na cena do crime.

Após isso, peço para chamarem uma testemunha de defesa e o Juiz a chama:

- Por favor, adentre no recinto, a testemunha de defesa, o policial Jeremy Scott.

O promotor fica possesso e se levanta quase gritando:

Protesto!!!!! A testemunha é parcial!!!!

- Protesto negado.  Senhor Jeremy, jura dizer a verdade e nada mais que a verdade sob pena de perjúrio? - o juiz diz.

- Sim, senhor. - o policial jura.

- Promotoria, se manifeste.

Sean se aproxima do policial e começa a intimidá-lo:

- O senhor esteve presente na cena do crime?

- Sim, senhor.

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