Oops! O Ex é o Pai dos Quatrigêmeos! romance Capítulo 2536

Carlos disse:

"Ivo tinha seus próprios motivos, ele não queria ir até a delegacia, ninguém conseguia convencê-lo."

Helder suspirou, resignado,

"Então, só resta a você avisá-lo para tomar cuidado, se proteger. Ele é o único descendente da família Macedo, se acontecer alguma coisa com ele, a família Macedo simplesmente acaba!"

"E tem mais, você e o Ledo. A história de vocês ajudando a capturar traficantes em Serra do Trovão já se espalhou pelo Triângulo Dourado, agora vocês provocaram a fúria de muita gente, eles querem acabar com vocês de qualquer jeito."

"Vocês dois viraram o slogan do Juvêncio para recrutar gente! Ele já avisou geral: quando assumir o poder, a primeira coisa que vai fazer é se acertar com você, com o Ivo e até com o Ledo!"

"Se ele realmente chegar ao topo, vai fazer de tudo para complicar a vida de vocês."

"Em resumo, tomem muito cuidado!"

Carlos respondeu: "...Entendi."

Depois que Helder foi embora, ele caminhou sozinho até a praia, acendeu um cigarro e fumou em silêncio.

Estava com a cabeça cheia, por causa do Bruno e do Ledo.

Zaqueu não tinha mais volta, e era certo que Bruno ficaria arrasado.

E o Ledo, com apenas seis anos, já estava na mira dos traficantes. Provavelmente, pelo resto da vida, ele teria que lidar com esse tipo de gente!

Depois de meio cigarro, Ivo se aproximou.

Ao notar o semblante de Carlos, Ivo perguntou: "Está de mau humor?"

Carlos bateu a cinza do cigarro,

"Acabei de saber pelo tio Helder que o Zaqueu é mesmo quem pensávamos, o codinome dele é Sol."

O nome verdadeiro de Zaqueu, que tem relação com o nascer do sol, era justamente o oposto de Sol.

O nome dele, de fato, tinha um significado.

Ivo se surpreendeu: "Tem certeza?"

"Sim."

"...O Bruno já sabe disso?"

"Ainda não contei pra ele."

Ivo disse: "Então não conta por enquanto."

Carlos tragou o cigarro, "Eu sei."

Bruno sempre teve perfil para cuidar dos negócios da família, não era de briga nem tinha preparo pra esse tipo de coisa.

Se soubesse, só ficaria ainda mais triste.

Enquanto não for absolutamente necessário, era melhor esconder a verdade dele o máximo possível.

Ivo perguntou: "E agora, o que pretende fazer?"

Carlos franziu a testa, puxou o cigarro com força, o rosto fechado.

"A questão do vírus de oitava geração ainda não foi resolvida. Ainda tem gente perigosa por trás do Waldir, e já começaram a investigar a vovó, seguindo todos os rastros. Essas pessoas precisam desaparecer logo, não podem ficar soltas!"

Ivo sabia que a crise do vírus ainda não tinha terminado, mas o que o surpreendia era o envolvimento da avó.

"Eles descobriram que ela está viva?"

Carlos respondeu: "...Ainda não, mas já estão desconfiados."

Ivo: "Tem que eliminar todos logo!"

Depois que alguém começa a suspeitar, não demora pra investigar e acabar descobrindo tudo.

"Como pretende agir?"

Esfregou as têmporas, tentando lembrar o que tinha acontecido:

Ele tinha bebido demais, Dinara o levou até o quarto para descansar, depois... ele insistiu em abraçar Dinara e dormiu com ele a noite toda.

Não lembrava exatamente o que tinha dito, mas sabia que Dinara tentou sair, e ele não deixou...

Bruno deu um tapa no próprio rosto!

O que foi que ele fez?!

Apesar de serem dois homens, e ambos estarem vestidos — claramente nada de mais tinha acontecido —, seu comportamento foi totalmente inadequado.

Não sabia quanto tempo se passou, mas de repente alguém bateu na porta.

"Quem é?"

"Sou eu." Era a voz de Carlos.

Bruno se levantou rapidinho para abrir, "Que foi, Carlão?"

"...Vamos conversar lá dentro."

Bruno abriu espaço para Carlos entrar.

Os lençóis estavam bagunçados, parecendo que algo tinha acontecido, mas não necessariamente o que se poderia pensar.

Carlos deu uma olhada e perguntou:

"Você brigou com o Dinara?"

Bruno arregalou os olhos, "Como você sabe? Ele te procurou?"

"Sim, conversei com ele antes de vir falar com você."

Bruno ficou nervoso, "O que ele te disse?"