Os CEOS de Samantha romance Capítulo 10

Samantha

Um mês se passou desde que eu me mudei para o meu novo apartamento e, até aquele momento, eu só tinha vivido coisas boas dessa nossa relação e nada havia de fato para que eu pudesse reclamar.

Aquela semana tinha sido bastante movimentada no escritório e mal tivemos tempo para qualquer outra coisa que não trabalhar e os momentos que passamos lá foram todos dedicados aos negócios da empresa, mas nem mesmo assim, eu poderia dizer que eles estavam em falta comigo de algum modo.

Mas naquela noite nós iríamos fazer algo diferente, sair um pouco da nossa rotina, onde éramos sempre nós três e todas as outras pessoas eram excluídas.

Agora eu me encontrava totalmente produzida para um grande evento de gala, depois de uma tarde no salão de beleza, enquanto aguardava o Enrico vir me buscar para irmos a um evento beneficente em que um dos patrocinadores era a Lithos & Trevisano.

Apesar de ser um sábado, e que costumamos ficar mais tempo juntos, sem nada relacionado ao campo profissional, eu ainda não os tinha visto durante todo o dia, pois mesmo sendo um dia de folga, os dois saíram cedo do meu apartamento, alegando um compromisso de negócios no clube do qual eram sócios e para o qual eles nunca me levavam.

No entanto, eu entendia que não poderia estar presente vinte e quatro horas por dia ao lado do Enrico e do Vinci e que eles tinham família e amigos, ao contrário de mim, que sempre fui muito reservada e acabei me tornando alguém sem um círculo mínimo de amigos, eram apenas a Paulínia e a Isabella, com quem eu também não tinha tanto contato assim.

De qualquer forma, achei aquilo bastante estranho, pois não tinha visto aquilo na agenda do Vinci, uma vez que eu era a sua secretária, mas não fiz confusão sobre isso e nem poderia, afinal, eu estaria também bastante ocupada naquele sábado e precisava mesmo organizar algumas coisas, além de ter agendado á tarde para cuidar de mim.

— Boa noite, meu amor – Enrico me cumprimentou, ao entrar na sala do apartamento.

Logo ele estava ao meu lado, muito próximo e beijando os meus lábios. Eu estava sentada na poltrona, tão distraída olhando o celular e pensando nas mudanças que aconteceram na minha, que nem mesmo tinha percebido quando ele entrou.

Tanto o Enrico como o Vinci tinham a chave do meu apartamento e entravam e saiam quando bem queriam, mas ainda assim, eu sempre sabia quando eles viriam pois nossa comunicação era constante.

Essa era a primeira vez que um deles vinha sozinho ao meu encontro, o que poderia ser bastante estranho, mas o Enrico era sempre tão carinhoso e só a forma como ele chegou, me chamando de amor, já teria sido capaz de quebrar qualquer gelo, mas constatei que mesmo sem a presença do Vinci, não era como se nós estivéssemos fazendo algo de errado.

Algo que eu havia notado, é que eles pareciam ter um acordo tácito de não estarem comigo sem a presença do outro, e sempre considerei aquilo bastante interessante, mas nunca comentei o fato.

— Boa noite, Enrico – Respondi sorrindo, realmente feliz ao vê-lo.

Eu achava os meus dois CEOs lindos, mas o Enrico era mais carinhoso e gentil, sempre expansivo e me deixava mais à vontade, enquanto que o Vinci era mais sisudo e eu sentia uma certa tensão ao seu lado. Mas o tesã0 que eu sentia por ele era maior que qualquer outra coisa e por isso que gostava dele mesmo com o seu jeito sisudo.

— Está pronta? — Ele perguntou, enquanto acariciava meus lábios, já me fazendo sentir um frio na barriga, apenas com esse pequeno gesto.

— Sim. Vou só pegar minha bolsa e podemos ir — Saí, mesmo desejando ficar e fui até o meu quarto, pegar o acessório.

Quando já estava de volta a sala, o Enrico pegou em minha mão e caminhamos como um casal de namorados pelo prédio, algo que ainda não havíamos feito. Ele só soltou a minha mão quando chegamos ao carro com o motorista que nos esperava na frente do edifício, para abrir a porta de trás para mim e entrou ao meu lado.

Apenas quando estávamos acomodados, foi que Enrico deu autorização para o motorista seguir para o nosso destino e rapidamente apertou um botão, que ergueu uma divisória entre nós e o homem.

— Você está linda. – Ele elogiou, já me colocando em seu colo e me beijando com paixão.

Eu não pensei nem mesmo duas vezes e o correspondi com a mesma intensidade, levando minhas mãos ao seu cabelo e recebendo sua língua em minha boca com praze'r.

— Mas antes temos uma festa para ir, que eu tenho toda a certeza de que vai ser longa e entediante. – Ele fez uma careta ao dizer aquilo.

Não pude contestar a sua afirmação, pois aquele seria o meu primeiro evento na alta sociedade de Nova York e achei melhor mudar de assunto para algo que estava me deixando bastante curiosa.

— O Vinci já está no evento?

Desde que o Enrico chegou sozinho que eu gostaria de perguntar pelo Vinci, mas tive receio de o aborrecer de algum modo. Não sabia ainda explicar o motivo, mas achei o Enrico um pouco diferente naquela noite.

— Ele precisará chegar um pouco atrasado – Enrico disse após mais tempo do que seria necessário para responder uma pergunta tão simples e direta – Problemas familiares. — Acabou acrescentando depois.

Fiquei muito curiosa com a sua hesitação e ainda mais com a sua explicação sucinta de que seria devido a problemas na família do Vinci, algo que eu realmente não tinha a menor ideia do que poderia ser. Eu ainda formulei a pergunta sobre que problemas especificamente seriam aqueles, mas não sabia se era algo que eu poderia me meter e não iria ficar nenhum pouco feliz caso ele me desse uma resposta atravessada.

A verdade é que nós três não conversávamos realmente. A nossa relação se baseava em transar e depois de satisfeitos se'xualmente, dormimos exaustos pelo se'xo e portanto, eu realmente não sabia nada sobre os homens com quem estava me relacionando, além daquilo que saia na mídia ou assuntos relacionados ao trabalho.

O fato é que desde quando comecei a trabalhar na Lithos e Trevisano, eu sempre tentava descobrir informações sobre a vida pessoal dos sócios, mas tudo o que eu encontrava ou era relacionado ao trabalho, ou informações antigas, que não mais me interessavam e eu agora estava ficando sedenta por maiores explicações da parte deles.

Eu queria saber sobre o agora e aquilo era algo que estava relacionado a minha própria vida também.

— Entendo. — Foi tudo o que eu me permiti dizer.