OS FILHOS DO SHEIK (completo) romance Capítulo 43

Esam

Cidade do Porto em Portugal é realmente muito linda sua arquitetura impecável e uma cidade turística, um bom passeio para quem vem conhecer o país. E um ótimo local para levarem a encomenda que viemos buscar sem que ninguém perceba, todos acham que um bando de jovens fazendo turismo e entrando em barco somente para mais um passeio. É perfeito, e muito bem pensado, provavelmente muitas outras pessoas já passaram por aqui e seguiram um destino que não era o seu, mas foi imposto a eles.

O trafico humano consiste no comércio de seres humanos, para vários fins como prostituição, venda de órgãos e trabalho sem remuneração e exploração, até mesmo para barriga de aluguel. Poucas vezes encontramos crianças em nossas buscas, por serem levados de outra forma e geralmente são vendidas para trabalho escravo, sexual ou adotadas por famílias que compram seus filhos no mercado negro. Muitos jovens, caem nesse golpe, além de pagarem uma quantia para poder ir tentar a vida em outro país, chegando num país desconhecido ela é levada até uma boate onde fica presa em condições deploráveis e não consegue mais sair mais de lá. E tem crescido o numero de homens que vem tentar a vida como modelo e acabam nessas casas de prostituição ou trabalho escravo.

A situação que encontramos essas pessoas são deploráveis, passam fome, sede, ficam por dias trancados em algum galpão ou gaiolas e depois geralmente são levadas por barcos até o local de destino. Os alvos geralmente são pessoas vulneráveis e também sem família que muitas vezes são seqüestradas quando estão voltando do trabalho ou até mesmo fazendo um passeio na rua, e nunca mais são vistas e como não tem família ninguém nota seu desaparecimento. Outras vendem tudo e pagam os agenciadores que prometem uma vida confortável de e sucesso como modelo e acabam sem dinheiro e seqüestradas por essas pessoas.

A reunião da Cúpula, foi marcada em um galpão abandonado como sempre, o horário revelado uma hora antes da reunião, vários carros e motos chegam em alta velocidade, cada um pega uma rota diferente para não ser seguido, formamos um circulo com os veículos e esperamos o ok para podermos sair e meu pai sempre esta na reunião e é o cara que nos dá suporte. Não precisávamos fazer isso, mas queríamos fazer a diferença na vida de algumas pessoas.

A reunião dessa vez se deu a cuidados com os resgatados e com os membros da Cúpula, meu irmão foi ferido e quase morreu, ainda está na cadeira de rodas se recuperando. Eu me sinto culpado, deveria ter sido eu, ele é um cara bom eu não, ele tentou salvar a moça e acabou se ferindo.

- Bom tarde a todos – todos respondem o Sheik Rajj – Eu quero começar a reunião de hoje pedindo a todos vocês que tomem muito cuidado, como todos sabem no ultimo resgate Emhre acabou se ferindo e a pobre moça morreu, não queremos outra pessoa machucada. Se não tiverem certeza, não o faça. Espere o momento certo, todos nós queremos salvar o máximo de pessoas possível, mas nossa integridade física não pode ser abalada, todos entenderam? – Então todos nós respondemos com um aceno de cabeça – As garotas serão trazidas como turistas, um ou dois grupos talvez, não temos muita certeza de quantas são, mas nos disseram que serão vinte garotas, então não sabemos ao certo a quantidade. Verificar armas, coletes – ele olhou para Nadia que não gostava de usá-lo, e ela fingiu que não fosse com ela – posição, comunicadores e sempre alerta e o mais importante sempre protegemos uns ao outros – eu me senti mais culpado ainda – E infelizmente muitas vezes não conseguimos salvar a todos, nosso intuito é salvar todas essas pessoas, mas somos humanos e não super heróis.``

- Cam vai auxiliar a frente, já que Emhre não pode estar conosco – Nadia não gostou, ela e Cam tinham um tipo de relação estranha, mas não sou eu quem vai entender, se nem eles mesmos se entendem – O restante em suas posições de sempre.

E então ele nos liberou para poder seguirmos e nos prepararmos para a operação, nesse momento de reunião, não podíamos nos interagir, pois tudo tem que ser rápido para que não tenha erro.

- Pai – eu fui até onde ele estava.

- Espero você no palácio no baile que sua mão vai dar, não me decepcione – ele me abraçou por um tempo e nada mais foi dito – Precisamos de você filho.

O baile para arrecadação do CAE Centro de Ajuda das Estrelas, mais uma instituição que nos iríamos ter nas terras da Usina para cadeirantes ou quem perdeu algum membro, ou precisa de fisioterapia ou até mesmo cirurgia ou próteses. Uma idéia brilhante que meu irmão teve e mamãe abraçou a causa, e o SEX vai destinar uma boa arrecadação, temos um projeto de doações dos sócios, que já embutido no seu valor mensal de pagamento dos sócios.

Eu e Cam estamos á meia hora esperando Nadia para começarmos a operação, eu sei que ela esta fazendo isso somente para irritá-lo, estamos já a postos caso eles se movimentem.

- Alvos a esquerda - eu digo, estão todos na escuta.

- Sim – Cam responde.

- Sim – tio Alex responde.

- Sim irmãozinho – Nadia responde, mas não sabemos a posição dela.

- Nadia onde você está.

- Próximo dos alvos a direita, tem outro grupo com oito garotas e dois homens.

- O grupo da esquerda temos sete garotas e as outras onde estão?

- Deve ter outro grupo – Cam mal termina de dizer.

- A não brinca espertão – ela diz para irritá-lo.

- Nadia foco – é o que eu digo para que Cam não comece a briga.

- Acho que meus sobrinhos estão exaltados hoje, mas devemos primeiro terminar a operação – era uma bronca – A van já esta preparada – o pessoal da van nos deu ok.

- Preparados crianças?

Era hora do show, não sabíamos onde estava o outro grupo de moças, mas iríamos salvar o maior numero possível, muitas vezes e com dor no coração não conseguíamos resgata todos. O grupo da esquerda era meu e eu tinha que chegar até os homens, nosso atirador já estava aposto de cima de um prédio para atirar, tio Alex e papai nos dava reforço. Eu iria interceptar um grupo e Nadia e Cam o outro, ela esbarra em um dos homens que esta com o grupo de oito garotas e dois homens, e joga seu charme o cara cai na dela e o outro que prestava atenção logo é derrubado por Cam e morto, e ela atira no outro. A van preta logo aparece e Nadia ajuda as meninas a entrarem, eu uso a mesma técnica mas eu não sou loira e peituda como minha irmã, e o um deles vem para cima de mim, e eu deixo ele me dar um soco e o outro vem pra cima com uma arma.

- Alvo um na mira – tio Alex diz.

- Alvo dois na mira – papai diz.

- O terceiro é meu – os três me olham e as mulheres gritam assustadas na entendendo o que esta acontecendo.

O tiro um atinge o alvo, o tiro dois atinge o alvo e o terceiro um homem muito grande cheio de tatuagens, eu o soco uma, duas, três vezes e ele somente balança a cabeça, porém continua de pé, ele olha os dois caras que estavam com ele caídos no chão um está morto e o outro se retorce e o grandalhão resolve colocar sua raiva em cima de mim, e aponta uma arma para as garotas para que elas não fujam dele.

- Fiquem quietas suas vadias eu mato vocês – as garotas juntaram-se com medo de serem atingidas com o tiro que ele prometia a todo momento e algumas delas em pânico chora.

Ele me soca e o homem realmente era muito grande, no ponto em minha orelha papai pede para tentar deixá-lo parado para que eles possam atirar sem machucar ninguém. As moças tremem e estão apavoradas tenho medo que alguma delas acabe saindo correndo e ele atire. Não fique com pena desses homens, pois ele matam e se aproveitam delas e não tem um pingo de pena ou remorso.

O cara é realmente muito esperto, pois acaba indo para trás das garotas, e pede que elas fiquem em volta dele, dessa forma sabia que não tinha como ninguém atingi-lo. Ele deu ordem para elas andarem junto dele, rumo onde o barco estava a espera para atravessá-las, eu tentava negociar com ele e sabia que ele já tinha pedido ajuda através do radio que ele usava e precisávamos sair dali rápido. Eu já estava dando como perdido, as garotas se ele entrasse no barco nós não iríamos conseguir pegá-los. Não envolvíamos a polícia nos nossos resgates, pois tínhamos também o teto de vidro, eu era dono SEX e estaria mais fodido do que os outros, minha cabeça mesmo sendo uma cabeça que não era conhecida sempre estava a premio. Ninguém imaginava que o dono de um dos clubes mais famosos como o SEX, era o filho de um Sheik bilionário como meu pai. Eu não fazia por dinheiro, mas eu era o REI e dava as cartas.

Ele se aproximava cada vez mais do barco com as garotas ao seu redor, meu pai pediu que nós desistíssemos da missão, estava ficando arriscado já que o homem atirou algumas vezes em minha direção. Mas estávamos tão perto de ajudar aquelas garotas. Papai estava com medo que acontecesse comigo o mesmo que aconteceu com Emhre, um misto de sentimentos passava pela voz dele a cada comando dado e ele pedia para abortar a missão. Cam tinha ajudado Nadia e veio tentar ajudar também não conseguia chegar no homem, ele estava totalmente protegido pelas garotas se atirássemos podíamos atingir uma delas.

O grandalhão continuava andando com as mulheres quando finalmente conseguiu chegar no barco, eu estava próximo, mas não tinha muito o que fazer, se continuasse alguém sairia ferido ali. Nadia já estava longe com as garotas que ela conseguiu interceptar ainda bem, temia pela vida de minha irmã se estivesse ali. Uma das moças chorava desesperadamente, ela estava tendo um ataque de pânico, e não a culpo ela sabia que teria um destino cruel. Ao chegar no barco ele pegou duas dela e colocou na sua frente e praticamente jogava as outras para dentro, ele gritava para que entrassem logo e elas não queriam. No barco deveria ter mais homens que iriam ajudar na travessia, o barco era pequeno e rápido, quanto menos tempo levassem, mas eles ganhariam dinheiro com as moças. Mas o estranho que ele parecia sozinho.

A mulher que estava chorando muito tentou pular do barco, numa tentativa vã de não ser levada e assim que chegou na beirada do barco e o grandalhão atirou antes que ela pulasse, seu corpo caiu na água fazendo barulho as outras mulheres gritavam e choravam pelo fim da companheira que provavelmente já estava juntas a dias, nos deixando frustrados por não poder fazer nada por elas.

- Merda, perdemos uma.

- Esam abortar, se acontecer alguma coisa com você meu filho – ele ficou em silêncio - Uma delas já foi morta e não temos mais o que fazer.

Nós tínhamos perdido, eles não conseguiam acertá-lo de onde estavam em cima do prédio e tínhamos que abortar mesmo a missão. O grandalhão me olhava e ria como dissesse eu venci. E o gosto da derrota é amargo, mas ele realmente venceu. Eu o olhava de longe e se pudesse matá-lo naquele momento eu faria sem pestanejar, e para minha surpresa o homem caiu e as garotas gritaram ainda mais. O que estava acontecendo?

Então vi Nadia no barco, com a arma na mão e sorrindo de lado, com uma cara de psicopata que ela fazia quando matava alguém, as vezes até eu tinha medo da Rainha de Gelo do Deserto. Eu iria querer saber como ela conseguiu entrar naquele barco e matar o homem.

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