OS FILHOS DO SHEIK (completo) romance Capítulo 71

Cam

Eu era apenas um menino quando fui até Shariff, minha mãe era uma das mulheres mais lindas que eu já tinha visto na vida, até conhecer aquela garotinha. Os cabelos cor de ouro pareciam raios de sol que brilhavam num dia quente no deserto. E eu sabia que como a luz do sol era bonita, mais também podia ferir.

- Os cabelos dela parecem ouro mamãe.

- Sim , os cabelos dela são como a luz do sol.

- Ela é a segunda garota mais bonita que eu já vi.

- Ela é linda meu filho, trate sempre as mulheres com muito carinho, nunca se esqueça disso.

- Eu vou tratá-la como uma princesa mamãe – eu fiquei com vergonha – A minha princesa.

Na nossa cultura o homem pede à mulher que deseja ou que a família escolhe em casamento desde pequenos. Um acordo é tratado e assim a noiva se prepara para o noivo, mas os tempos estão mudando e hoje podemos escolher nossa esposa e quando iremos nos casar e se será por amor ou para ter mais poder.

Meus pais sempre me deixaram livre e meus avós se casaram por amor. Eu na verdade não penso em casamento tão cedo. Meu pai esperou a mulher certa e foi agraciado por uma companheira maravilhosa, eu quero esperar o momento certo e esperar um bom tempo, pois eu terei que ter um herdeiro.

Minhas palavras caem por terra quando vejo Nádia adolescente descendo do avião, a forma como os cabelos dela balançavam e como ela suavemente passou a mão neles, queria eu passar as mãos nos cabelos dela. A forma que ela apertava os olhos azuis por causa da claridade e acertava os óculos de grau no rosto a deixava, perfeita. Ela seria a minha princesa.

Eu a vi indo até a estufa naquele dia, e eu tinha que tentar. Aproximar dela era algo quase impossível, ela é a garota que tem dois irmãos e o que mais fode com tudo, você sabe o que mais fode tudo? Não? O cara é meu melhor amigo. Preciso preparar o terreno.

Fui atrás dela e dei a ela o primeiro beijo de uma garota, ela estava fascinada com as rosas negras de mamãe. Aproveitei sua distração e a beijei. Já tinha beijado três outras garotas era expert no assunto. E depois que sai deixando-a somente porque mamãe e tia Helena tinham chegado na estufa, fui falar com meu pai.

- Papai – entro no escritório – Quero um acordo de casamento com o pai de Nádia – falei com o tom mais sério que consegui.

- Com a Nádia, filha do Rajj – ele apontou para cima – Aquela que está hospedada em casa, neste momento?

- Sim, essa mesma – o garoto sério continuava em mim.

- Da onde você tirou essa idéia, filho? – ele riu – Acha que Rajj vai fazer acordo para casar Nádia? – ele sentou em sua cadeira de couro atrás da mesa – Filho, Rajj não vai fazer os filhos dele se casar por contrato, parece que você não freqüenta a casa deles e vê como eles a tratam, temos uma cultura, mas podemos não segui-la.

- Mas eu a quero papai.

- Então a conquiste – ele deu de ombros – Eu tentei conquistar uma mulher antes de conhecer sua mãe, sabe – ele mexe as mãos – Na época eu queria muito ajudá-la e a queria como minha princesa, mas o destino dela não era ficar comigo e sim com o homem que ela amava – ele sorri – Mas o meu destino era sua mãe, um tempo depois de conhecê-la eu me apaixonei perdidamente por Camile e ela era a minha conquista.

- Mas papai eu quero pedi-la.

- Para pedi-la conquiste-a e ela virá até você sem contratos ou imposições, e repudiamos imposições, sabe disse.

- Obrigada pela dica pai.

- Disponha meu filho, sempre estarei aqui.

Entreguei a ela uma rosa negra e expressei minha intenção que ela pensasse em mim, e fiquei ansioso por saber se ela iria cultivar ou jogar fora á rosa negra. Sei que não trás um bom significado, mas ela é linda.

Dessa vez demoramos mais tempo para nos vermos novamente, com a escola e a faculdade que logo viria, mas conseguimos ir até Shariff eles estavam tendo alguns problemas e papai foi ajudá-los. Ficaríamos dois dias em Sharif e depois voltaríamos para Dulbaí para tratar de negócios e eu já estava começando a interagir no governo para me adaptar assim como Esam aqui em Shariff.

- Cam que saudades irmão – Esam vem até mim.

- Esam quanto tempo.

- Que bom receber você em nossa casa – ele como sempre muito bem vestido – Todos ficaram nos esperando no palácio.

Fomos para o palácio, mas eu não a vi em nenhum lugar e fiquei intrigado será que ela tinha feito alguma viagem ou estava doente, fiquei com Esam o final do dia todo no escritório e enfim fomos jantar, era ali que minha esperança estava pulando para fora de minha garganta, eu iria vê-la. E lá estava ela, com sua prima e muito amiga Nathalia. Eu sabia que Esam era apaixonado pela moça e a olhava de canto de olho e eu também aproveitava para olhar o sol quente da minha manhã.

Nos sentamos longe, não tive muita sorte desta vez, eu a observei de canto de olho, ela e a prima conversavam animadamente e Emhre sempre junto com elas. E eu tinha inveja dele, como Esam era mais sério e não gostava muito de se misturar ficávamos separados, para minha infelicidade. Ela estava mais linda do que nunca, os óculos de grau a deixa com um ar misterioso, não sei explicar ela cresceu alguns centímetros, mas nada comparado com minha altura, o cabelo estava mais curto, o corpo mais definido e lindo.

- Como vai Nádia? – ela se assusta com a minha voz.

Eu vi o momento que ela tinha saído da sala onde todos estavam, e aproveitei para segui-la, menti para Esam que iria ao banheiro e assim sai atrás dela como um cara apaixonado que eu era. Quando ela se virou vi o lindo rosto dela.

- Estou bem Cam e você?

- Eu estou melhor agora vendo você.

- Que bom para você, eu preciso ir – e ela começou a andar rapidamente e se foi.

E ela foi se afastando de mim, mas é claro que não a deixaria, não depois de tanto tempo sem vê-la e me lembrar do nosso primeiro beijo todos os dias. Fui atrás dela, eu precisava mostrar a ela o quanto eu a amava. Ela entrou no solar, e eu fui atrás conhecia bem o palácio. Observei-a de longe, ela pegou algo e escondeu dentro de um armário.

- O que você está guardando com tanto cuidado – ela se assustou e caiu levando ao chão o que estava guardando.

- Cam você me assustou, por que veio atrás de mim?

- Eu queria falar com você.

- E não podia me esperar lá embaixo com todos – ela estava tentando juntar o que tinha derrubado.

- A rosa negra – eu a vi caída no meio da terra - Você estava guardando a rosa que te dei?

- Não é da sua conta Cam, você pode me deixar sozinha?

Ela estava muito irritada, tentava pegar a terra que havia caído e colocava no vaso novamente e flor negra caída, eu tentei ajudada-la, e me sentei do lado dela e peguei a terra e ajudei a colocar de volta no vaso.

- Não preciso da sua ajuda.

- Nádia, eu quero ajudá-la e sei que eu fui o culpado por você ter derrubado – ela sussurrou algo como foi mesmo – Eu fico feliz por ter guardado a flor que te dei.

- Guardei porque fiquei com pena de jogar uma flor tão linda fora.

Eu sorri e ela revirou os olhos, e então não me contive e a beijei sem nem ao menos tirar os óculos dela,ficou um pouco confuso e nos dificultou um pouco. Ela desperta um Cam que existe em mim na qual não sei lidar, sentimentos e a escuridão que me rodeia vai embora por um tempo, ela é minha luz. E seus beijos, mesmo que sem muita experiência, é o melhor que já provei.

- Isso não pode acontecer – ela me empurra nos tirando daquele momento.

- E por que não pode? – ela tenta falar mas não diz nada – Eu sei que você gosta de me beijar.

- Eu não quero ficar beijando qualquer um por ai.

- Eu sou qualquer um para você? – ela não responde – Eu quero você Nádia, e você será minha princesa – eu fico em dúvida se conto para ela minha intenção – Eu quero você como a minha princesa, eu ia pedir sua mão ao seu pai, mas meu pai disse que eu deveria conversar com você primeiro.

- Você está maluco? Ia me pedir em casamento para papai?

- Sim, eu ia – ela se levanta e eu também – Mas meu pai me disse para falar com você primeiro e se você aceitaria.

- Papai nunca daria minha mão, ele quer que eu me case por amor, assim como ele e mamãe – ela tirou a terra da roupa.

- Eu sei, mas estou disposto a firmar um compromisso entre nós dois – me aproximei e segurei suas mãos – Eu quero me casar com você.

- Nós somos muito novos Cam.

- Mas eu quero ter uma vida longa com você, e quando fizermos dezoito anos podemos nos casar e aproveitar nosso tempo juntos, viajar e conhecer o mundo, pois sabe que quando eu tomar conta de Dulbaí eu não terei tempo para nada a não ser compromissos.

- Você esta me pedindo em casamento? – ela estava assustada.

- Sim, estou.

- Eu não sei o que dizer – ela coloca a mão na boca – Eu...

- Estou apaixonado por você, fique comigo pela eternidade, quero fazê-la feliz.

- Somos tão novos e ficar noiva assim.

- Não gosta de mim? – eu estava com medo da resposta – Não quer ficar comigo?

- Você sempre chamou minha atenção – ela ficou envergonhada – O meu primeiro beijo foi com você e você sabe pela minha inexperiência – ela baixa a cabeça – E foi tão mágico para mim, sonhei com outro beijo seu e quis guardar a flor que me deu hoje por vergonha de ter tanto carinho por ela, medo que visse e me achasse uma tola por ter cuidado dela com tanto carinho.

- Eu achei um máximo e foi o sinal que eu precisava para saber do seu carinho por mim – eu estava sorrindo – Vamos ficar juntos, case-se comigo?

- Eu – ela não sabia o que dizer – Sim eu me caso com você.

- Então firmamos o nosso compromisso hoje, somos noivos – e eu só sabia sorrir – Estou tão feliz, a minha vontade é de gritar para o mundo ouvir – eu vou até a sacada do solar.

- Não seu doido, temos que ir devagar e falta pouco para os meus dezoito anos, podemos esperar para anunciar.

- Como você quiser, por mim já iria agora falar com seu pai.

- Vamos com calma.

Minha estadia no palácio dessa vez não será ao lado de Esam como em todas as outras vezes e sim ao lado do meu raio de sol.

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