Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 61

"Vá chamar o Helios para cá." A voz de Orlando Capelo soou grave.

Luna Teixeira e Linda trocaram olhares cúmplices e sorriram discretamente.

Ao se aproximar de Orlando, Luna suspirou resignada: “Deixa pra lá, Orlando, eu não culpo o Helios, ele ainda é uma criança, é normal não entender, mas quando o Helios descer, por favor, não seja duro com ele, apenas fale com calma.”

Daniel Freitas caminhou calmamente até a entrada da escada, apenas para ver aquela mulher malvada começando seu teatro.

Ele também não podia ficar para trás.

Daniel caminhou lentamente até Orlando, olhou com o canto do olho para Luna e, sem esperar por ninguém, correu assustado para se esconder atrás de Orlando.

O jovem estava usando roupas leves e, com sua aparência tímida, parecia um tanto patético e indefeso.

Luna estreitou os olhos: “Que diabos esse rapazinho está tramando?”

O coração de Orlando se afundou um pouco: “Helios, venha aqui!”

Daniel ergueu cuidadosamente os olhos para Orlando, que também se virou para olhar para ele.

“Papai... Estou com medo...”

A voz do mocinho tremia, e seu pequeno corpo também, como se visse alguma terrível fera.

Orlando franziu a testa, pensando que ele estava com medo de ser repreendido por ter feito algo errado: "Você sabe o que fez?"

Daniel assentiu vigorosamente: "Eu sei que errei."

Luna sorriu satisfeita.

Parece que sua disciplina estava surtindo efeito.

Esse pequenino já estava começando a temê-la.

Orlando olhou para o rosto do garotinho, vendo sua expressão triste, seu coração se abrandou e sua voz se suavizou: “Onde você errou?”

Daniel, com a cabeça baixa, disse: “Eu não obedeci, fui tolo, sou apenas uma criança, eu deveria ceder à tia em tudo.”

Luna piscou os olhos de surpresa.

“Sou um estranho nesta casa, seja qual for a vontade da tia, não devo discutir com ela, papai, cometi um erro, prometo que nunca mais vou me atrever.”

Quanto mais Daniel falava, mais sua voz ficava rouca, até que finalmente se transformou em um soluço.

Luna permaneceu congelada no lugar, sem ousar se mover.

O que ele estava dizendo?

Luna tentou ansiosamente estender a mão para afastá-lo, mas uma mão grande a precedeu, trazendo a pessoa para frente, a voz de Orlando soou profunda: “Quem lhe ensinou a dizer isso?”

Daniel continuou de cabeça baixa: "Ninguém me ensinou, papai, por favor, não culpe a tia, não foi ela quem me disse."

Luna ficou paralisada, sentindo como se tivesse recebido um tapa na cara.

"Não, Helios, o que você está dizendo..." Luna se desesperou, apressando-se a se agachar na frente de Daniel.

Daniel recuou rapidamente com medo.

Daniel continuou a se mover habilmente sob várias mesas, enquanto Luna estava a ponto de explodir: “O que você está esperando? Faça-o parar”.

Vários funcionários correram para ajudar.

Daniel chorava e se esquivava.

Ele era muito ágil, ninguém conseguia pegá-lo.

Por um momento, a sala de estar estava em total desordem.

Orlando fechou os olhos profundamente, levantou-se e um brilho frio apareceu em seus olhos. Quando o mocinho estava prestes a rastejar para debaixo de outra mesa, ele estendeu a mão, agarrou-o e o levantou em seus braços.

O menino estava soluçando, com o rosto coberto de lágrimas e muco, e se aconchegou no peito de Orlando, esfregando as lágrimas e o muco no terno caro de Orlando.

Orlando deu um tapinha nas costas do jovem: “Não chore, eu estou aqui, ninguém vai te machucar”.

O menino chorou ainda mais alto, debatendo-se nos braços de Orlando: “Estou indo embora, quero ir embora, sou um rejeitado, tenho que sair daqui, não posso incomodá-lo”.

Orlando apertou os braços em volta do menino, demonstrando uma paciência rara enquanto o confortava: “Você é meu filho, não é um rejeitado. Esta sempre será sua casa”.

“Isso é verdade? Posso realmente ficar aqui para sempre? E se a tia ficar com raiva?" disse Daniel, lançando um olhar atento para Luna.

Luna, desesperada, recorreu à sua arma secreta, deixando as lágrimas caírem com força: “Elios, eu sei que você me odeia, mas você não pode me acusar injustamente, eu nunca disse essas coisas.”

Ela olhou para Orlando: "Orlando, você acredita em mim, você realmente acredita, como eu poderia ser tão cruel..."

"Sim, sim, sim, a tia não é cruel, o cruel sou eu, é isso, certo?"