Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 62

Daniel enxugou as lágrimas e murmurou com uma voz embargada: "A tia me disse a verdade, ela é a pessoa mais bondosa que eu já conheci, como ela pode ser má? Eu deveria refletir sobre mim mesmo, por que passei todos esses anos em uma casa onde sou um estorvo."

A expressão de Orlando ficou ainda mais sombria: “Você ensinou isso a ele?”

“Eu... eu não..." Luna olhou para Orlando, sabendo que tinha sido enganada pelo garoto e agora estava sem palavras, sentindo um pânico terrível. Ela olhou para Linda em busca de ajuda.

Linda, perspicaz, apressou-se em dizer: “Senhor, desta vez foi realmente o jovem mestre que cometeu o primeiro erro. A Srta. Teixeira já foi muito paciente com ele”.

O olhar gélido de Orlando passou por Linda: “Você sempre parece encontrar uma maneira de defendê-la”.

Linda hesitou, com a voz trêmula: “Senhor... Estou apenas relatando o que vi, honestamente”.

Orlando olhou para Luna.

Luna, cobrindo o peito com as mãos, estava chorando como uma flor na chuva, a imagem da miséria.

“Por que você arrancou as flores?" Orlando baixou o olhar para o garotinho em seus braços, sua voz se suavizou consideravelmente.

“Foi porque o papai tinha prometido fazer um pequeno parque de diversões para mim, mas no final ele o deu para a titia..." Daniel baixou a cabeça, claramente magoado.

Orlando franziu a testa.

Ele se lembrou dessa situação, naquele momento ele viu o mocinho sempre triste e decidiu fazer um parque de diversões para ele em casa.

Mas depois Luna disse que queria plantar flores, e ele, sem pensar muito, concordou.

Ele percebeu que tinha agido mal. Uma promessa feita não deveria ser mudada tão facilmente.

"Sim, desta vez eu estive errado." Orlando afagou a cabeça do mocinho: "Eu me arrependo, não acontecerá novamente."

"Sério? Aquele lugar ainda pode ser transformado em um parque de diversões para mim?"

"Pode."

Daniel se aconchegou no colo de Orlando, espiando Luna e fazendo uma careta para ela, colocando a língua para fora em silêncio: “Bleh bleh bleh～”

Os olhos de Luna se arregalaram: “Você! Orlando, ele está fingindo!”

Quando Orlando baixou o olhar, o jovem ainda estava mostrando aquela expressão de tristeza, medo e angústia, esfregando os olhos vermelhos incessantemente.

Luna ficou atônita.

Desde quando Helios Capelo havia se tornado tão astuto?

Velha bruxa, achou que eu não conseguiria lidar com você?

“O ato já acabou?”

A voz suave de Orlando veio de cima.

Orlando o colocou na cadeira, endireitando-o antes de pegar um lenço para limpar seu rosto coberto de lágrimas e ranho.

Daniel piscou algumas vezes, sob o olhar penetrante de Orlando, ainda tentando se defender: “Pai, eu não estava fingindo”.

Orlando soltou uma risada fria: “Se eu não pudesse ver através desses truques, então eu seria seu pai”.

Daniel inclinou a cabeça e olhou para ele: “Como papai sabia?”

"Mesmo que você normalmente não goste dela, nunca teve medo dela. Você estava tremendo como se estivesse passando por uma peneira, se isso não é atuação, o que seria?"

Tendo criado seu filho por cinco anos, ele o conhecia muito bem. O garoto era parecido com a mãe, teimoso, não gosta de perder e nunca está disposto a fazer concessões.

Ele só não sabia de onde vinha aquele jeito astuto que ele demonstrava agora.