Ovelha em Roupas de Lobo (Laika) romance Capítulo 63

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Senti sua respiração quente em meu pescoço. Estava encurralada. Seu hálito ardente contra minha pele, seus braços ao redor dos meus seios, e seu membro pressionado contra minhas costas. Literalmente sentia minha umidade escorrendo entre minhas coxas, mesmo estando firmemente fechadas.

Não me lembro quando peguei no sono. Mas quando acordei novamente, sua rigidez ainda estava pressionada contra mim, duro como pedra. Seu braço continuava me envolvendo e ele respirava lentamente. Olhei ao redor e o sol da manhã já penetrava em sua tenda. Sabia que precisava preparar sua refeição do dia. Delicadamente, removi seu braço poderoso de mim e me sentei na cama, tomando cuidado para não acordá-lo. Quando tive certeza que dormia, puxei a corda para me libertar e fazer as tarefas.

Sua tenda ainda estava desarrumada com seus pertences. Típico dele. Fiquei até surpresa que ainda estivesse na cama comigo. Sabia que ele costumava acordar cedo. Já o tinha visto várias vezes fazendo seus homens treinarem antes do amanhecer.

— O que você está fazendo, Laika? — ele resmungou.

— Ah... eu... Você precisa me deixar ir para que eu possa fazer as tarefas domésticas e preparar sua refeição.

Os guerreiros não brincam com comida. Eu sabia disso e não queria provocá-lo mais. Será que ele já havia esquecido as ordens que me deu?

— Venha aqui. — ordenou, ainda de olhos fechados.

Não entendi e não sabia como obedecê-lo. Mas ele me puxou para baixo e acabei deitada em seu peito, com seu braço me envolvendo.

— Fique assim por alguns minutos. — murmurou.

Fiquei ali ouvindo seu coração batendo em meu ouvido, ou seria o meu? Meu corpo enrijeceu quando ele desamarrou a corda que prendia nossas mãos e a enrolou ao meu redor, me apertando contra seu torso. Ficamos assim por um tempo. Meu coração martelava contra meu peito e a alegria saltava dentro de mim.

— Saudações, amanhecer. — sussurrou.

Era difícil saber se falava comigo ou não. Ele se sentou e me olhou por um momento.

— Não se preocupe com água. Tem gente para encher o tambor. — Seu tom assumiu a mesma seriedade de ontem.

— Sim, Alfa Karim.